Da Devastação à União: A Jornada da Europa

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1. O Processo de Criação da UE

Após a devastação causada pela Segunda Guerra Mundial, a Europa buscava a paz duradoura. A integração europeia emergiu como um antídoto ao nacionalismo exacerbado.

O primeiro passo bem-sucedido foi a formação da Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) em 1944, estabelecendo um mercado interno com livre trânsito de pessoas, serviços e mercadorias.

Em 1950, o Plano Schuman propôs a integração das indústrias de carvão e aço, criando a CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço). Formada por França, Alemanha Ocidental, Itália e os países da Benelux, a CECA visava eliminar a concorrência interna e fomentar a cooperação.

Em 1957, o Tratado de Roma, assinado pelos membros da CECA, estabeleceu a CEE (Comunidade Econômica Europeia), com o objetivo de criar um mercado comum europeu.

O Reino Unido, com fortes laços com suas colônias, juntou-se à Comunidade em 1973, juntamente com Dinamarca e Irlanda, após realizar ajustes necessários. A Guerra Árabe-Israelense de 1973 gerou uma crise energética e problemas econômicos na Europa.

Grécia (1981), Espanha e Portugal (1986) expandiram a Comunidade. O Ato Único Europeu, assinado em 1986, lançou um programa para eliminar barreiras comerciais e criar o "mercado único".

Em 1992, o Tratado de Maastricht foi assinado nos Países Baixos.

2. Os Fundamentos do Tratado de Maastricht

Assinado em 7 de fevereiro de 1992, o Tratado de Maastricht expandiu os objetivos do Tratado de Roma (1957):

  • Formação de um espaço econômico com livre circulação de mercadorias, capitais e pessoas.
  • Crescimento econômico compatível com a gestão ambiental.
  • Criação da União Monetária Europeia.
  • Reafirmação da identidade europeia.
  • Cooperação em justiça e segurança interna.
  • Desenvolvimento de legislação supranacional.
  • Criação gradual da cidadania da União, com direitos iguais em todos os países e o passaporte europeu.
  • Respeito às identidades nacionais.

Em 1995, Áustria, Finlândia e Suécia aderiram à UE. Os Acordos de Schengen permitiram viagens sem passaporte entre os países signatários. Milhões de jovens estudaram em outros países com apoio da UE.

Os ataques de 11 de setembro de 2001 intensificaram a cooperação contra o terrorismo.

3. O Terceiro Mundo

O termo "Terceiro Mundo", de origem política, foi cunhado em 1955 para designar países que não se alinhavam nem com o bloco socialista nem com o capitalista durante a Guerra Fria. Esses países, autodenominados "não alinhados", reuniram-se pela primeira vez em Bandung, Indonésia, em 1955.

A Conferência de Bandung (18-24 de abril de 1955) visava promover a cooperação afro-asiática e combater o colonialismo e o neocolonialismo. Os princípios acordados incluíam respeito aos direitos humanos, soberania, igualdade entre nações, não intervenção em assuntos internos e resolução pacífica de conflitos.

Com o tempo, o termo "Terceiro Mundo" tornou-se sinônimo de subdesenvolvimento.

4. Indicadores de Subdesenvolvimento

Indicadores são variáveis que medem aspectos quantitativos e qualitativos de eventos e ações, auxiliando na avaliação de políticas e resultados. Permitem comparar situações e analisar tendências ao longo do tempo.

Indicadores de subdesenvolvimento incluem:

  • Economia: baixo PIB, baixo PIB per capita, desequilíbrio na balança comercial, dependência de poucas atividades econômicas, falta de pesquisa científica e alta taxa de desemprego.
  • Social: baixa ingestão calórica, baixa expectativa de vida, alta taxa de natalidade, analfabetismo e trabalho infantil.
  • Política: regimes democráticos frágeis.

Indicadores não são sinônimos dos problemas que representam, como fome e pobreza.

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