Diagnóstico Imunológico: Sífilis e Barreiras Naturais da Saliva

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Diagnóstico Sorológico para Sífilis

O diagnóstico sorológico para sífilis utiliza a interação antígeno-anticorpo para identificar processos infecciosos ou doenças autoimunes. A sífilis é uma doença infecciosa humana, causada pela bactéria Treponema pallidum, uma espiroqueta. É classificada como uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), mas também pode ser transmitida por transfusão de sangue e via placentária (sífilis congênita).

Métodos de Diagnóstico

O diagnóstico final é realizado pela identificação de anticorpos treponêmicos através de reações imunogênicas, como:

  • Reação de Floculação: VDRL (Venereal Disease Research Laboratory)
  • Reação de Hemaglutinação Indireta: TPHA (Treponema Pallidum Hemagglutination Assay)
  • Outros testes específicos: FTA-Abs, ELISA, RPR.

Estágios da Sífilis Adquirida

  • Incubação: 10 a 90 dias.
  • Sífilis Secundária: 4 a 10 semanas.
  • Fase de Latência: 1 a 2 anos.
  • Sífilis Terciária: Compromete o sistema nervoso central e causa alterações cardiovasculares.

Diferença entre Testes Treponêmicos e Não Treponêmicos

Quando o Treponema pallidum se fixa no tecido conjuntivo, ocorre lise e proteínas são liberadas na corrente sanguínea, sendo pesquisadas no soro do paciente.

  • Testes Não Treponêmicos (Inespecíficos): Pesquisam o anticorpo reagina (não específico para o T. pallidum). Exemplo: VDRL.
  • Testes Treponêmicos (Específicos): Pesquisam anticorpos diretamente contra o T. pallidum. Exemplos: TPHA e Imunofluorescência Direta.

Cárie Dentária: Etiologia e Resposta Imune

A cárie dentária é uma doença infectocontagiosa. O aumento de açúcares na dieta, na presença de bactérias cariogênicas, leva à produção de ácidos que reduzem o pH, dissolvendo o esmalte. Isso favorece a colonização bacteriana, que metaboliza fatores de aderência e ácidos. Esse processo sofre interferência na resposta imune.

Bactérias Cariogênicas

As principais bactérias envolvidas incluem:

  • Bactérias do grupo Streptococcus mutans (S. mutans)
  • Lactobacillus acidophilus
  • Actinomyces viscosus

O grupo S. mutans é dividido em 7 sorotipos (A a H). As espécies mais destacadas e isoladas na boca são S. mutans e S. sobrinus. O S. sobrinus possui alta capacidade de sintetizar polissacarídeos extracelulares aderentes a partir da sacarose.

Barreiras Naturais da Saliva

As barreiras naturais da saliva são variáveis e essenciais na defesa contra antígenos cariogênicos. Elas incluem:

  • Lisozimas: Possuem ação antimicrobiana. Bactérias Gram-negativas são mais resistentes.
  • Lactoferrina: Glicoproteína combinada com ferro, liberada no fluido gengival e saliva, com ação bacteriostática.
  • Peroxidases: Compreende duas enzimas (SPO ou LPO).
  • Cromogranina A: Proteína que demonstra atividade contra bactérias Gram-positivas.
  • Fibronectina: Aglutina bactérias, facilitando sua eliminação através da saliva.
  • Outras: Aglutininas, cistatinas e mucinas.

Imunoglobulina A (IgA)

O fluido gengival pode ser visto como uma barreira natural a antígenos cariogênicos, que podem alcançar as superfícies epiteliais e as mucosas. A IgA possui dois tipos estruturais: IgA secretora e IgA sérica. As IgAs secretoras predominam na saliva sob a forma dímera, sendo formadas por duas moléculas de imunoglobulinas ligadas por uma cadeia polipeptídica extra, chamada Cadeia J.

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