Doenças Cardíacas e Pulmonares: Sintomas e Tratamentos
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Endocardite: Infecção do Coração
Infecção do revestimento interno do coração (endocárdio), geralmente envolvendo as válvulas cardíacas.
Normalmente, a endocardite ocorre quando germes de outras partes do corpo circulam pelo sangue e se anexam a áreas danificadas do coração. Pessoas com válvulas cardíacas danificadas ou artificiais, ou outros problemas cardíacos, correm mais risco.
Os sintomas variam com base na gravidade da infecção, mas podem incluir febre, calafrios e fadiga.
O principal tratamento é feito com antibióticos. Às vezes, uma cirurgia é necessária.
Causas
- Bactérias: Staphylococcus aureus, Enterococo, Pneumococo
- Fatores de Risco: Uso de drogas intravenosas
Sintomas Clínicos
As pessoas podem ter:
- Dores locais: nas articulações ou nos músculos
- No corpo: febre, calafrios, fadiga, mal-estar ou suor noturno
- Também é comum: sopro no coração
Tratamento
Medicamentos
- Antibióticos: Vancomicina, Ceftriaxona, Cefotaxima
Cirurgia
- Substituição de válvula cardíaca
Pneumonia: Infecção Pulmonar
A pneumonia é um tipo de infecção respiratória aguda que afeta os pulmões. Estes são formados por pequenos sacos, chamados alvéolos, que — em pessoas saudáveis — se enchem de ar ao respirar. Os alvéolos dos pacientes com pneumonia estão cheios de pus e líquido, o que torna a respiração dolorosa e limita a absorção de oxigênio.
Causas
- Streptococcus pneumoniae: a causa mais comum de pneumonia bacteriana em crianças.
- Haemophilus influenzae de tipo b (Hib): a segunda causa mais comum de pneumonia bacteriana.
- Vírus Sincicial Respiratório: a causa mais frequente de pneumonia viral.
- Pneumocystis jirovecii: uma causa importante de pneumonia em crianças menores de seis meses com HIV/AIDS, responsável por pelo menos um em cada quatro falecimentos de lactentes soropositivos para o HIV.
Sintomas
- Tosse com catarro ou pus, febre, calafrios e dificuldade respiratória.
- Dores locais: costas
- Tipos de dor: aguda no peito
- Tosse: com catarro ou seca
- No corpo: calafrios, fadiga, febre, mal-estar, pele fria e úmida ou suor
- No sistema respiratório: falta de ar ou respiração rápida
- Também é comum: ritmo cardíaco acelerado
Tratamento
Medicamentos
- Antibióticos: Azitromicina, Ceftriaxona, Levofloxacina
Cuidados Médicos
- Oxigenoterapia
O que é Insuficiência Cardíaca?
A insuficiência cardíaca, também chamada de insuficiência cardíaca congestiva, é uma doença na qual o coração não consegue mais bombear sangue suficiente para o resto do corpo, não conseguindo suprir as suas necessidades.
Tipos
A insuficiência cardíaca pode ser dividida principalmente em dois tipos:
- Insuficiência cardíaca sistólica: ocorre quando o músculo cardíaco não consegue bombear ou ejetar o sangue para fora do coração adequadamente.
- Insuficiência cardíaca diastólica: os músculos do coração ficam rígidos e não se enchem de sangue facilmente.
Ambos os problemas têm uma coisa em comum: o coração não consegue mais bombear sangue suficiente rico em oxigênio para o resto do corpo.
Causas
A insuficiência cardíaca é uma doença crônica de longo prazo, embora possa, às vezes, se desenvolver repentinamente. Ela pode afetar apenas um dos lados do coração, sendo chamada, dependendo do caso, de insuficiência cardíaca direita ou insuficiência cardíaca esquerda. Mesmo que ela se desenvolva em somente um lado do coração, ambos os lados acabam sendo afetados conforme o tempo vai passando.
Como a função de bombeamento do coração está comprometida, o sangue pode retornar a outras áreas do corpo, acumulando-se, por exemplo, nos pulmões, fígado, trato gastrointestinal, braços e pernas. Daí o outro nome dado à doença: insuficiência cardíaca congestiva. Com isso, faltam oxigênio e nutrientes para os órgãos onde houve acúmulo de sangue, prejudicando e reduzindo a capacidade destes de trabalhar adequadamente.
Também podem levar a esta condição clínica alterações nas válvulas cardíacas, níveis pressóricos não controlados, inflamações do músculo cardíaco, doença de Chagas e outras causas.
Fatores de Risco
Um fator de risco único pode ser suficiente para causar insuficiência cardíaca, mas uma combinação de fatores, de acordo com médicos, também pode aumentar o risco da doença:
- Pressão arterial elevada
- Doença arterial coronariana
- Ataque cardíaco
- Diabetes e alguns medicamentos para tratar a doença
- Apneia do sono
- Cardiopatias congênitas
- Infecção por vírus
- Consumo de álcool
- Batimentos cardíacos irregulares, a exemplo de arritmia.
Os sintomas mais comuns da insuficiência cardíaca são:
- Falta de ar na atividade física ou logo após estar deitado por um tempo
- Tosse
- Inchaço dos pés e tornozelos
- Inchaço do abdômen
- Ganho de peso
- Pulso irregular ou rápido
- Sensação de sentir o batimento cardíaco (palpitações)
- Dificuldade para dormir
- Fadiga, fraqueza, desmaios
- Perda de apetite, indigestão
- Diminuição da atenção ou concentração
- Redução do volume de urina
- Náuseas e vômitos
- Necessidade de urinar durante a noite
- Bebês podem apresentar suor durante a alimentação (ou outra atividade).
Alguns pacientes com insuficiência cardíaca não apresentam sintomas. Nessas pessoas, os sintomas podem aparecer somente sob as seguintes condições:
- Ritmo cardíaco anormal (arritmias)
- Anemia
- Hipertireoidismo
- Infecções com febre alta
- Doença renal.
Exames
- Eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações: possibilita a identificação de alterações de sobrecarga ou dilatação do músculo cardíaco e a presença de arritmias.
- Raio-X de tórax: avalia o tamanho do coração, presença de líquido nos pulmões e presença de infecções associadas.
- Ecocardiograma bidimensional: avalia o músculo cardíaco, a função do coração e as válvulas cardíacas.
- Angiotomografia coronariana: identifica a presença de placas de gordura e variações anatômicas.
- Ressonância cardíaca: calcula a função do coração, o tamanho das câmaras cardíacas, a presença de infartos e fibrose no músculo e ajuda no diagnóstico das causas da patologia.
- Cineangiocoronariografia: identifica a presença de placas de gordura e possibilita o tratamento seja de valvulopatias ou obstruções coronarianas.
Tratamento
Serão utilizados anti-hipertensivos para controle da pressão arterial e diuréticos para diminuir o inchaço das pernas e o líquido no pulmão.
Medicamentos
Tipos e Causas de Derrame Pleural
Pode haver acúmulo de fluidos ao redor dos pulmões devido a um mau bombeamento do coração ou a uma inflamação.
Os sintomas incluem tosse, dor aguda no peito ou falta de ar.
Os tratamentos incluem antibióticos, diuréticos e a remoção do líquido.
O derrame pleural é dividido basicamente em dois tipos, sendo esta distinção importante para o estabelecimento da causa.
1) Transudato
O líquido pleural transudativo é claro e transparente, sem células, com baixa concentração de proteínas, indicando um acúmulo de um líquido semelhante ao líquido pleural normal.
O derrame pleural que se manifesta com líquido tipo transudato é normalmente causado por:
- Insuficiência cardíaca.
- Cirrose.
- Síndrome nefrótica.
- Insuficiência renal avançada.
- Hipotireoidismo descompensado.
- Diálise peritoneal.
Em geral, qualquer doença que evolua com ascite pode também cursar com derrame pleural, pois há comunicação entre a cavidade abdominal e o tórax.
2) Exsudato
O líquido pleural exsudativo é rico em proteínas e células inflamatórias, tem aparência mais viscosa e opaca, por vezes, com sinais de sangue misturado, podendo nos casos de infecções se apresentar tipicamente como uma coleção de pus.
O derrame pleural que se manifesta com um líquido tipo exsudato, normalmente ocorre por inflamação da pleura, podendo ser causado por vários grupos diferentes de doenças, incluindo infecções, doenças sistêmicas e cânceres. As doenças mais comuns que causam derrame pleural exsudativo são:
- Pneumonia.
- Tuberculose.
- Cânceres com metástases para a pleura.
- Mesotelioma.
- Linfoma.
- Embolia pulmonar.
- Lúpus.
- Artrite reumatoide.
- Outras doenças autoimunes.
- Pancreatite.
- Complicações intra-abdominais, como peritonites ou abscesso.
- Síndrome de hiperestimulação ovariana.
- Radioterapia.
Quando ocorre o acúmulo de um líquido francamente purulento, damos o nome de empiema pleural. Existem ainda outros tipos de líquidos que podem se acumular na pleura, tais como:
- Sangue, chamado de hemotórax, que costuma ocorrer em traumas penetrantes do pulmão.
- Urina, chamado de urinotórax, condição rara que pode ocorrer em obstruções das vias urinárias.
- Triglicerídeos e lipídios, chamado de quilotórax, normalmente causado por obstrução dos vasos linfáticos da pleura.
A dor e a falta de ar são basicamente os dois sintomas próprios do derrame. Os outros sintomas que normalmente acompanham o quadro costumam ocorrer devido à doença de base, como febre e tosse na pneumonia, tosse com raias de sangue no câncer de pulmão, ascite na cirrose, pernas inchadas na insuficiência cardíaca.
Como se Faz o Diagnóstico do Derrame Pleural?
Um exame físico bem feito, com uma boa auscultação dos pulmões, é capaz de sugerir a presença do derrame pleural sempre que houver mais de 300 ml de líquido acumulado. O excesso de líquido se interpõe ao pulmão e às costas, e os ruídos pulmonares ficam inaudíveis.
Exames
- Tomografia Computadorizada (TC)
- Ultrassonografia
- Radiografia Simples
Procedimentos e Tratamento
Realiza-se uma toracocentese para retirar de 50 a 100 ml do derrame, geralmente ao nível do 3º espaço intercostal.
Infecções são controladas com antibióticos, insuficiência renal com hemodiálise, doenças autoimunes com imunossupressores, etc.