Doenças Crônicas: Prevenção e Estilo de Vida

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Etiologia e Hipertensão Arterial

Etiologia: aqui entendida como parte da medicina que trata da causa das doenças.

É comum escutarmos que esta ou aquela pessoa tem pressão alta e isto é compreensível tamanho o número de pessoas acometidas por este mal. Mas, afinal, o que é hipertensão? Qual sua relação com o sedentarismo, a obesidade e os maus hábitos alimentares? Estas são algumas questões que tentaremos responder neste tópico.

O Mecanismo da Pressão Arterial

Vamos começar entendendo o mecanismo da pressão arterial. O sangue bombeado pelo coração é transportado pelas artérias, veias e capilares para todos os tecidos e órgãos do corpo. Este processo envolve duas fases distintas do batimento do coração: a sístole, que é a fase de contração em que o coração impulsiona o sangue pelo corpo, e a diástole, quando o coração “relaxa” brevemente para que suas câmaras sejam enchidas de sangue e reinicie o novo processo de bombeamento.

Durante a fase da sístole o sangue invade as artérias e na sua passagem pressiona suas paredes, tencionando-as. Esta tensão é medida por um aparelho (esfigmomanômetro) colocado externamente ao vaso, por sobre a pele. A função do aparelho é pressionar no sentido contrário ao do sangue, medindo assim a pressão arterial sistólica. Durante o período de “relaxamento” do coração, conhecido como diástole, conseguimos mensurar a pressão diastólica.

Ao medirmos a pressão arterial de alguém precisamos de referências para sabermos o atual estado de saúde da pessoa avaliada. Pressões em torno de 120 por 80 mmHg (milímetros de mercúrio) são consideradas normais, conhecidas por nós apenas como 12/8.

Hipertensão: A Assassina Silenciosa

A hipertensão arterial geralmente não apresenta sinais precoces de sua existência que possam advertir o portador desta patologia, por isso é conhecida como “assassina silenciosa”. Ela sozinha aumenta potencialmente o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares como veremos a seguir.

Fatores de Risco e Diretrizes

Quando associada a outros fatores de risco como tabagismo, colesterol alto, alimentação rica em sal e gorduras, estresse e histórico familiar, pode se tornar realmente uma doença muito perigosa.

As doenças hipertensivas aumentam muito o peso sobre a morbimortalidade geral e, em especial, sobre as cardiovasculares. Após destacar a alta correlação entre a hipertensão arterial e algumas das mais temíveis doenças crônicas, um grupo de especialistas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2004) anunciou, durante a publicação das IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, que esta doença configura-se como um dos principais agravos à saúde no Brasil, elevando sobremaneira o custo médico-social.

Tratamento Não-Medicamentoso

Estes especialistas anunciaram ainda que o combate a esta doença tão perigosa e comum na população brasileira só seria eficaz através de uma abordagem multiprofissional, dado ao caráter multifatorial da doença. Anunciaram, também, as medidas de maior eficiência no tratamento não-medicamentoso. São elas:

  • Redução do peso corporal e manutenção do peso ideal (IMC entre 20 e 25 kg/m²).
  • Redução da ingestão de sódio (o ideal seria ingerir até 6 g/dia de sal, correspondente a 4 colheres rasas de café).
  • Maior ingestão de potássio (dieta rica em vegetais e frutas, entre 2 e 4 g/dia de potássio).
  • Redução de bebidas alcoólicas (30g álcool/dia, aproximadamente uma cerveja de 600 ml).
  • Exercícios físicos regulares (pelo menos 30 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana).

Hipertensão, Obesidade e Sedentarismo

Observe que todas estas medidas estão diretamente associadas ao estilo de vida positivo, reforçando o quanto este estilo de vida é importante no combate à morbimortalidade causada pelas doenças crônicas.

Só para reforçarmos o que estamos dizendo, segundo Nieman (1999), a obesidade sozinha triplica o risco de hipertensão arterial. Imagine só quando associamos a outros fatores de riscos, como, por exemplo, o sedentarismo. Estima-se que o sedentarismo aumenta em até 50% o risco de hipertensão. Ainda bem que basta perder peso para diminuir muito os valores de pressão arterial, mas a melhor estratégia é associar uma alimentação saudável a um programa regular de atividade aeróbia.

Diabetes Melito

O diabetes melito ou simplesmente diabetes, a exemplo das demais doenças crônicas, tem sua etiologia ainda um tanto confusa. Existem dois tipos de diabetes diagnosticados, o insulino-dependente ou do tipo 1 e o não insulino-dependente ou do tipo 2.

É uma desordem metabólica que diminui a capacidade do organismo em metabolizar (“queimar”) a glicose, que é responsável por alimentar de energia as células do nosso organismo.

Diabetes Tipo 1: Insulino-Dependente

No caso do diabetes tipo 1, o pâncreas deixa de produzir ou produz em baixa escala o hormônio insulina, que é responsável por permitir a entrada da glicose no interior das células (uma espécie de chave). Assim, a glicose se acumula no sangue e depois é eliminada pela urina através dos rins.

Por razões ainda não bem esclarecidas, as células betas, que são as células pancreáticas responsáveis por produzirem a insulina, são atacadas pelo sistema imunológico e deixam de produzir a insulina. Por isso, a pessoa acometida por este tipo de diabetes precisa receber insulina para que as concentrações de glicose sejam metabolizadas e o corpo possa receber esta energia tão importante, daí o nome insulino-dependente.

Como este tipo de diabetes se iniciava mais na juventude, ficou conhecido como diabetes juvenil, nome que hoje não mais se aplica, pois este tipo de diabetes pode aparecer em qualquer idade.

Sintomas do Diabetes Tipo 1

Os sintomas do diabetes tipo 1 são facilmente identificáveis:

  • Micção excessiva e frequente;
  • Fome insaciável;
  • Sede intensa;
  • Perda de peso;
  • Visão turva, náuseas e vômitos;
  • Fraqueza, tontura, irritabilidade e fadiga extrema;
  • Dificuldade de cicatrização de pequenos ferimentos, na gengiva por exemplo.

Diabetes Tipo 2: Não Insulino-Dependente

O diabetes tipo 2, não insulino-dependente, tem um mecanismo etiológico diferente. Neste caso, o pâncreas produz a insulina, mas as células do organismo, que precisam da glicose para se alimentar, começam a ficar insensíveis à insulina. É como se a fechadura, neste caso, os receptores de insulina, não reconhecessem a chave.

Como resultado desse processo, começa a se acumular no sangue a insulina e a glicose, sobrando para os rins a difícil tarefa de eliminá-los pela urina. No caso do diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas as células do corpo ficam insensíveis ao hormônio. O portador dessa doença só em alguns casos/momentos vai precisar de insulina externa. Por isso, o termo não insulino-dependente.

Diabetes, Estilo de Vida e Complicações

Os sintomas do diabetes tipo 2 são mais discretos e não se pronunciam com tanta nitidez como os do tipo 1; são mais lentos e geralmente se pronunciam após os 30 anos e vão aumentando com o passar da idade. Um fator isolado que acelera bastante o processo de instauração do diabetes 2 é o aumento do peso. Só nos Estados Unidos, 85% dos diagnósticos de diabetes 2 foram feitos em pessoas com excesso de peso e à medida que aumenta o IMC aumenta potencialmente o risco desta diabetes.

Sabemos também que a grande maioria, cerca de 90% dos casos de diabetes, são do tipo 2. Fica até fácil sabermos o porquê, pois sua alta relação com o estilo de vida sedentário, com a má alimentação e com a obesidade explica boa parte deste fenômeno.

Devido ao efeito tóxico dos níveis elevados de glicose na corrente sanguínea sobre os vasos, nervos e outros tecidos do corpo, o portador de diabetes tem aumentada sua vulnerabilidade ao surgimento de várias doenças. As pessoas com diabetes estão até quatro vezes mais susceptíveis a morrerem por doenças cardiovasculares. Cerca de 75% dos casos de óbito por diabetes estão ligadas às doenças cardiovasculares.

Os valores recomendados de concentração de glicose sanguínea não devem ultrapassar 110 mg/dl (miligramas por decilitro) após 12 horas de jejum.

Exercício e Diabetes

Qual é a boa notícia? Isto mesmo, os exercícios aeróbios regulares, associados à boa alimentação e à adoção de um estilo de vida positivo, combatem principalmente o diabetes 2, chegando à incrível marca de 90% dos casos serem resolvidos com esta mudança no estilo de vida.

É bom relembrá-lo que a adoção do estilo de vida positivo combate à obesidade, à hipertensão, ao colesterol alto e, consequentemente, diminui substancialmente os riscos das doenças cardiovasculares.

Durante o exercício, como já foi colocado anteriormente, o corpo entra em estado de prontidão, potencializando o metabolismo para as solicitações de gasto energético. Durante este período, os músculos podem aumentar de 7 a 20 vezes a captação de glicose, aumentando a sensibilidade dos receptores na presença, inclusive, de pouca insulina. Isso faz com que as taxas de glicose sanguínea caiam abaixo dos patamares normais. Este fenômeno, dependendo da duração e intensidade do exercício, pode durar de várias horas até dois dias após a sessão. Se estas sessões se repetem regularmente, este efeito pode se tornar crônico, trazendo enorme benefício para os diabéticos.

Porém, alguns cuidados devem ser tomados durante a prática dos exercícios. Por exemplo: deverá monitorar seus níveis de glicemia para evitar a hipoglicemia, facilmente identificada na sensação de tontura que este estado provoca. Se o diabético for insulino-dependente, deve tomar cuidados adicionais com os pés, pois é natural a perda de sensibilidade nas extremidades do corpo, o que pode ocasionar pequenos ferimentos que, como você já sabe, tornam-se sempre mais difíceis de curar no diabético, principalmente, nos pés. Mas, isso não deve ser impedimento para a prática esportiva dos diabéticos tipo 1. Temos casos de atletas até de triathlon que controlam seus níveis durante as provas.

Colesterol Alto

O colesterol alto é um dos principais fatores predisponentes para as doenças cardiovasculares, mas em concentrações normais torna-se imprescindível para o bom funcionamento do organismo. Então, vamos entender melhor como é este mecanismo.

Colesterol: Essencial vs. Elevado

Nosso organismo produz colesterol para seu próprio funcionamento, mas também absorve colesterol dos alimentos, principalmente, os de origem animal. Quando os níveis de colesterol estão elevados, uma parte do excesso fica depositada nas paredes das artérias, aumentando, com isso, os riscos de doenças cardiovasculares. Mas, basta iniciarmos uma mudança do estilo de vida para termos uma diminuição deste risco.

Mas, afinal, o colesterol é bom ou ruim para o organismo? Como funciona?

LDL e HDL: O Bom e o Mau Colesterol

O colesterol, a exemplo dos triglicerídeos e de outras gorduras ou lipídeos, é carregado pela corrente sanguínea por transportadores conhecidos como lipoproteínas, que se dividem em lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e de alta densidade (HDL).

O LDL-colesterol é tido como mau colesterol, pois influencia para o “acúmulo de gordura” nas paredes das artérias, aumentando os riscos das doenças cardiovasculares. Os níveis considerados aceitáveis não podem ultrapassar 130 mg/dl (130 miligramas de LDL-colesterol por decilitro de sangue). Seu nível ideal é de 100 mg/dl.

Já o HDL-colesterol é conhecido como o bom colesterol, pois é responsável por levar o colesterol até o fígado para ser transformado em ácidos biliares ou simplesmente bile e, às vezes, até para ser eliminado do organismo pelas fezes, configurando-se no mecanismo de controle do colesterol.

Podemos dizer que o LDL-colesterol é o mau colesterol, pois influencia no “acúmulo de gordura” nas paredes das artérias. E o HDL-colesterol é o bom colesterol, pois leva o excesso até o fígado para ser transformado, controlando as taxas de colesterol sanguíneo. Da mesma forma que exemplificamos a insulina como uma chave que facilita a entrada da glicose na célula, o HDL-colesterol seria uma espécie de caminhão de lixo que coleta a gordura pelo organismo e a recicla ou joga fora através do fígado.

Níveis Ideais e Impacto do Estilo de Vida

Quando os níveis de HDL-colesterol são elevados (≥ 60 mg/dl), observamos uma redução dos riscos de doenças cardiovasculares. A proporção ideal de colesterol seria de 100 mg/dl para o LDL e 60 mg/dl para o HDL, ou seja, um colesterol total de 160 mg/dl. A notícia ruim é que as pessoas com HDL superior a 60 mg/dl são bem raras. Provavelmente, isto estaria ligado a algum fator genético ainda não explicado.

Quando o colesterol total ultrapassa 200 mg/dl é preciso ficar atento para os riscos que isso pode trazer. Você já avaliou seus níveis de colesterol, ok? É sempre recomendado monitorá-lo.

A notícia boa é que o exercício aeróbio regular aparece em primeiro lugar na ordem de importância para o aumento do HDL e diminuição do LDL, seguido pela redução do peso corporal, interrupção do tabagismo e diminuição do consumo de álcool. Para a redução do LDL também é preciso uma reeducação alimentar, principalmente, no tocante à redução do consumo de gordura saturada, tão abundante em alimentos industrializados.

Doenças Cardiovasculares

Foi possível perceber que as doenças cardiovasculares são as que mais predispõem as pessoas ao quadro de morbimortalidade. Só para termos uma ideia do impacto destas doenças, além de serem responsáveis por mais da metade do total geral de óbitos nos países desenvolvidos, como já observamos na unidade anterior, se elas fossem eliminadas, teríamos um acréscimo de 10 anos na expectativa de vida.

Temos mais de 20 diferentes doenças ligadas ao coração e aos vasos, por isso o termo “doenças cardiovasculares” é entendido de forma genérica. Estudaremos, então, as principais. Vamos começar!

É inquestionável o papel das doenças cardiovasculares na morbimortalidade no mundo contemporâneo ocidental, tanto para os países desenvolvidos quanto para os em desenvolvimento. As doenças cardiovasculares, especialmente a cardiopatia isquêmica e o acidente vascular cerebral, são e serão, conforme projeção para 2020, as principais causas de morte, morte prematura e de anos perdidos com incapacitação.

Termos Chave

  • Cardiopatia isquêmica: acontece quando o suprimento de sangue é interrompido, causando a isquemia, ou seja, a morte do tecido cardíaco por falta de suprimento sanguíneo.
  • Lipoproteínas oxidadas: neste processo o LDL pode ser oxidado pelo fumo e/ou pela ausência das vitaminas antioxidantes (A, E e C).
  • Monócitos: leucócitos ou glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo.
  • Fagocitose: é a ingestão e destruição de uma partícula ou microrganismo por uma célula, conhecida como fagócito.
  • Fatores de risco primário: já amplamente comprovados, em que não há mais dúvidas de sua participação na etiologia da doença.
  • Fatores de risco secundário: tão importantes quanto os primários, ainda precisam passar por mais estudos para uma melhor compreensão no mecanismo etiológico da doença.

Cardiopatia Coronariana e Aterosclerose

Para estudarmos a doença coronariana, precisamos entender a sua etiologia. Neste contexto, vamos estudar a aterosclerose que, em linhas gerais, é conhecida pela formação de uma placa de substância gordurosa na camada interna dos vasos sanguíneos. É tida como fator subjacente em aproximadamente 85% dos casos de doenças cardiovasculares.

A aterosclerose pode desencadear a cardiopatia, o acidente vascular cerebral (AVC) e a doença arterial periférica. A aterosclerose é tida como fator subjacente em aproximadamente 85% dos casos de doenças cardiovasculares.

Formação da Placa Aterosclerótica

Vejamos como se forma a placa aterosclerótica. O mecanismo é bem complexo e controverso, mas vamos abordá-lo superficialmente e de forma didática. Segundo Nieman (1999), o processo tem início na lesão da parede do vaso ocasionada por vários fatores associados, entre eles podemos destacar: o nível elevado de colesterol e as lipoproteínas oxidadas, a pressão arterial elevada, o tabagismo, a má alimentação, entre outros.

Em resposta a esta lesão, os monócitos são atraídos para o local, se acumulam no revestimento interno do vaso (conhecido como íntima) e se transformam em macrófagos (células comedoras). Estes macrófagos, ao realizarem a fagocitose, liberam proteínas que estimulam a produção de colágeno e de outras substâncias que formam o tecido fibroso da placa aterosclerótica.

Como resultado deste processo, temos um estreitamento progressivo da luz do vaso, que, por conseguinte, pode desencadear um ataque cardíaco, um AVC ou até uma doença arterial periférica (varizes).

Fatores de Risco para Doença Coronariana

Você já está percebendo porque colocamos as doenças cardiovasculares nesta sequência. Veja só os fatores de risco para o surgimento da doença coronariana, principal doença cardiovascular. Antes, porém, precisamos dividir estes fatores em primários e secundários para entendermos melhor o quanto os fatores associados podem predispor a pessoa a esta doença tão perigosa e também, quanto o estilo de vida positivo pode contribuir na prevenção e no combate a esta doença.

Os fatores primários podem ser alteráveis, basta a pessoa se esforçar e modificar seu estilo de vida. São eles:

  • A hipertensão arterial.
  • Os lipídeos sanguíneos (LDL-C elevado e HDL-C reduzido, triglicerídeos elevados).
  • Tabagismo.

Os fatores secundários são divididos em alteráveis e inalteráveis.

Alteráveis:

  • Diabetes.
  • Estresse.
  • Sedentarismo.
  • Obesidade.

Inalteráveis:

  • Idade.
  • Gênero masculino e hereditariedade.

Ainda segundo estes renomados cientistas, a hipertensão tornou-se a principal preditora da doença coronariana, especialmente, quando associada a outros fatores aqui apresentados.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Outra doença muito perigosa é o acidente vascular cerebral, conhecido simplesmente como AVC ou ainda derrame. O nosso cérebro requer aproximadamente 25% do volume de sangue bombeado pelo corpo e ainda 75% da glicose presente no sangue. Então, não se assuste com a fome que sentimos quando estamos estudando, mas é que realmente precisamos nos alimentar bem nesta hora, mas não vamos exagerar!

Diferente de outros órgãos do corpo, como, por exemplo, os músculos, o cérebro não possui energia armazenada em forma de glicogênio e se ficar privado de sangue por pouco tempo já será suficiente para perder a função da região afetada e as consequências podem ser irreversíveis ou até fatais.

Tipos de AVC e Fatores Subjacentes

Os AVCs podem ser isquêmicos, onde o suprimento sanguíneo é interrompido e a área afetada sofre uma necrose, ou hemorrágico (derrame), onde acontece o sangramento dentro do cérebro. Este primeiro tipo de acidente pode ser transitório, quando um coágulo ou trombo sanguíneo interrompe transitoriamente a passagem do sangue, ou ainda, o definitivo, quando esta interrupção causa a morte da região afetada por falta de sangue. No caso do hemorrágico, acontece o rompimento da artéria cerebral e o vazamento do sangue para outras regiões do cérebro. Este tipo é mais raro, mas muito mais fatal.

Em ambos os casos, a aterosclerose e a hipertensão são os fatores subjacentes.

Estilo de Vida e Prevenção

Como sempre, a boa notícia é que os fatores de risco, como a hipertensão, a obesidade, além da má alimentação, do tabagismo e do estresse, podem ser combatidos pela mudança do estilo de vida de sedentário para ativo. Esta doença também pode ser evitada com atitudes simples e econômicas. Vamos orientar as pessoas para esta mudança?

Nesta unidade você estudou sobre as principais doenças crônicas e pôde perceber que os fatores de riscos associados e o estilo de vida negativo, em que a obesidade, os maus hábitos alimentares, o tabagismo e o estresse, podem aumentar muito os riscos de morte prematura, invalidez e diminuição da qualidade de vida das pessoas.

Percebeu também quanto o estilo de vida positivo, em que a atividade física regular associada a uma boa alimentação e ao não-tabagismo, pode influenciar na prevenção e tratamento destas doenças, melhorando a qualidade de vida e a longevidade das pessoas.

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