Doenças Parasitárias Comuns: Filaríase, Enterobíase e Escabiose

Filaríase / Elefantíase

Ciclo de Vida

• O mosquito (hospedeiro intermediário - HI) ingere microfilárias de uma pessoa infectada (hospedeiro definitivo - HD).
• As microfilárias se desenvolvem no mosquito.
• O mosquito deposita larvas infectantes no hospedeiro definitivo (HD).
• As larvas migram para os vasos linfáticos e linfonodos, onde crescem.
• Fêmeas adultas produzem microfilárias que atingem o sangue.

Insetos Infectantes

• Mosquitos: Culex, Anopheles, Aedes.
• Moscas: Chrystosomya (varejeira).

Sintomas

Fase de Incubação

• Dura de 1 a vários meses, geralmente sem sintomas.

Fase Aguda

• Inflamações graves:
  • Linfangiectasia: Dilatação dos vasos linfáticos.
  • Linfadenites: Inflamação dos gânglios linfáticos.
  • Linfangites: Inflamação dos vasos linfáticos.
• Febre, cefaleia e anorexia.

Fase Crônica

• Ocorre em 10-15% dos casos.
• Linfedema: Edema linfático (inchaço) em pernas, mamas e escroto.
• Quilocele: Acúmulo de líquido/linfa.
• Quilúria: Presença de linfa na urina.

Diagnóstico

Clínico, laboratorial e ultrassonográfico. A coleta de sangue é realizada entre 22h e 2h.

Prevenção

Tratar o doente e combater o inseto vetor.

Enterobíase / Oxiurose

Agente Etiológico

Enterobius vermicularis (Oxiúro).

É a parasitose intestinal mais encontrada em países desenvolvidos e em crianças.

Ciclo de Vida

O homem doente libera ovos no meio exterior. Após a ingestão, o ovo vai para o duodeno (intestino delgado), eclode e libera a larva, que se desenvolve. A forma adulta migra para o ceco (intestino grosso). Macho e fêmea copulam e depositam ovos na região perianal. O ciclo dura de 30 a 60 dias.

Transmissão

• Heteroinfecção: O homem doente contamina o homem sadio através de ovos presentes no pó ou em alimentos.
• Autoinfecção: O homem doente se recontamina com ovos da região perianal levados à boca.

Sintomatologia

Muitos casos são assintomáticos, com raras lesões graves. Os sintomas incluem prurido anal, sono agitado, irritação, insônia e corrimento vaginal.

Diagnóstico

• Clínico: Prurido anal.
• Laboratorial: Método de Graham / Anal Swab. Consiste em esfregar, com auxílio de um tubo de ensaio, a face colante de uma fita adesiva na região perianal do paciente e observar ao microscópio a presença de ovos do parasita na fita adesiva.

Profilaxia

• Higiene adequada dos alimentos e pessoal.
• Usar pano umedecido para remover o pó.

Escabiose / Sarna

Doença de pele parasitária e contagiosa causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei.

Ciclo de Vida

O ácaro adulto perfura túneis na epiderme, e a fêmea deposita ovos. As larvas eclodem, aparecem crostas, e a forma adulta copula e perfura novos túneis.

Transmissão

Por contato direto com pessoas ou animais infectados.

Fatores de Transmissão

• Aumento da população.
• Hábitos promíscuos.
• Resistência do parasita a medicamentos.
• Desinformação.
• Pobreza.
• Erro diagnóstico.

Sintomas

Lesões com elevações cor de pele (eminência acariana), localizadas em: dedos, punhos, axilas, mamas, couro cabeludo, pés, umbigo e nádegas.

Diagnóstico

Anamnese e laboratorial (fita adesiva na crosta e anal swab).

Prevenção

• Higiene pessoal.
• Troca de roupas pessoais e de cama.
• Cuidado com animais de estimação.
• Prevenção da transmissão através de isolamento.

Tratamento

• Ferver roupas.
• Usar loções escabicidas.
• Tratar a família.