Doenças do Trigo: Guia Completo

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Doenças Fúngicas do Trigo

Manchas Foliares

  • Mancha Amarela: (Pyrenophora tritici-repentis/Drechslera tritici-repentis) - Apresenta halo amarelo.
  • Mancha Marrom: (Cochliobolus sativus/Bipolaris sorokiniana) - Lesão de centro pardo-escuro e bordos arredondados.
  • Mancha da Gluma: (Phaeosphaeria nodorum/Stagonospora nodorum) - Manchas amarelas e picnídios (pontos pretos).

Outras Doenças Fúngicas

  • Ferrugem da Folha: (Puccinia triticina)
  • Oídio: (Blumeria graminis f. sp. tritici)
  • Giberela: (Gibberella zeae/Fusarium graminearum)
  • Brusone: (Magnaporthe oryzae/Pyricularia oryzae)
  • Carvão: (Ustilago nuda f. sp. tritici)
  • Mal-do-pé do Trigo: (Gaeumannomyces graminis var. tritici)
  • Cárie Comum: (Tilletia caries e T. laevis)
  • Podridão Radicular: (Fusarium spp., Bipolaris sorokiniana)
  • Ferrugem Amarela: (Puccinia striiformis f. sp. tritici)
  • Ferrugem do Colmo: (Puccinia graminis f. sp. tritici)

Doenças Bacterianas do Trigo

  • Queima da Folha: (Pseudomonas syringae pv. syringae)
  • Estria Bacteriana: (Xanthomonas campestris pv. undulosa)

Doenças Viróticas do Trigo

  • Mosaico Comum: (Soil-borne wheat mosaic virus)
  • Nanismo Amarelo: (Barley/Cereal yellow dwarf virus)

Detalhes das Doenças

Estria Bacteriana (Xanthomonas campestris pv. undulosa)

Características: Doença importante no Norte do Paraná, Sul de São Paulo e Sul do Mato Grosso do Sul. Pode causar perdas de até 40% no rendimento dos grãos. Aparece após os estádios de emborrachamento e espigamento. Lesões aquosas, estreitas e longas nas folhas.

Etiologia: Parasita do trigo, triticale e centeio. Parasita necrotrófico, sobrevive em sementes e restos culturais.

Disseminação: Respingo de chuva e insetos.

Temperatura ideal: 18 a 20°C e longos períodos de chuva.

Manchas Foliares

Mancha Amarela (Drechslera tritici-repentis): Halo amarelo. Condições favoráveis: 18 a 28°C e 30 horas de molhamento. Mais frequente no Rio Grande do Sul.

Mancha das Glumas (Stagonospora nodorum): Manchas amarelas e picnídios. Condições favoráveis: 20 a 25°C e 48 a 72 horas de molhamento. Menos frequente no Brasil.

Mancha Marrom (Bipolaris sorokiniana): Lesão de centro pardo-escuro e bordos arredondados. Condições favoráveis: 18°C ou superior e 15 horas de molhamento. Mais frequente no Paraná.

Oídio (Blumeria graminis f. sp. tritici)

Características: Comum na Região Sul do Brasil. Perdas de até 40% no rendimento dos grãos. Ciclo completo em 5 dias em condições favoráveis (15 a 20°C e ausência de água livre).

Sintomas: Menor vigor, crescimento retardado, redução do número de espigas e peso de grãos. Pó branco sobre as partes verdes da planta. Manchas amarelas cloróticas. Morte do tecido em estágios avançados.

Ferrugem da Folha (Puccinia triticina)

Características: Doença mais comum do trigo. Perdas de até 50% no rendimento dos grãos.

Etiologia: Sobrevive no verão-outono em plantas voluntárias de trigo.

Condições favoráveis: Temperatura média de 20°C e mais de 6 horas de molhamento foliar contínuo.

Sintomas: Pústulas com esporos amarelo-escuros a marrom na superfície das folhas.

Giberela (Gibberella/Fusarium graminearum)

Características: Frequente em regiões quentes com chuva na floração. Perdas de até 12% no rendimento dos grãos.

Etiologia: Sobrevive em restos culturais. Disseminação por respingos de chuva.

Condições favoráveis: 20°C e 30 horas de molhamento.

Sintomas: Descoloração precoce de espiguetas, coloração salmão nas glumas, grãos chochos. Micotoxinas em infecções tardias.

Brusone (Magnaporthe grisea/Pyricularia grisea)

Características: Ocorre principalmente no norte do Paraná, Sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Danos de até 100%.

Etiologia: Hospedeiros como trigo e arroz. Ocorre em anos chuvosos com temperaturas em torno de 25°C.

Sintomas: Descoloração de espiguetas, grãos mal formados. Lesões elípticas acinzentadas com bordas escuras nas folhas.

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