Economia da Saúde: Racionalidades, Princípios e Mercado

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Racionalidades na Gestão de Recursos

Racionalidade Técnica

  • Área: Profissionais
  • Foco: Saber fazer
  • Perspetiva: Quem gasta, quem gera despesa
  • Desafio: Despesismo insustentável

Racionalidade Económica

  • Área: Gestores
  • Foco: Controlo de recursos
  • Perspetiva: Quem avalia os gastos, contabiliza a despesa
  • Desafio: Economismo redutor de cuidados

Objetivo: Buscar o Equilíbrio entre Racionalidades.

Princípios das Profissões: Saúde vs. Economia

Profissão Saúde

  • Princípio: Ética individualista (a saúde não tem preço e uma vida salva justifica qualquer custo)
  • Ação: Dar o máximo a cada um

Profissão Economia

  • Princípio: Ética distributiva (melhorar a capacidade da sociedade em igualizar as oportunidades)
  • Ação: Dar o possível para que chegue para todos

Economia da Saúde: Conceitos e Objetivos

A Economia da Saúde ajuda a escolher, considerando que os recursos são finitos e as necessidades infinitas, o que leva à escolha de custo-oportunidade.

Visa a eficácia (atingir resultados; resposta em tempo útil para suprimento da necessidade) e a efetividade (o resultado melhora o estado de saúde).

Definição de Economia da Saúde

  1. Ciência económica aplicada ao mercado da saúde.
  2. Utiliza ferramentas económicas para avaliar custos e benefícios dos programas (quatro análises).
  3. Auxílio técnico à decisão (não é a decisão em si).

Preocupa-se com a eficiência (recursos utilizados para suprimento da necessidade; atingir um objetivo ao menor custo).

Objetivos da Economia da Saúde

  1. Melhorar a eficácia dos cuidados (efetividade).
  2. Aumentar a eficiência dos cuidados (sustentabilidade).
  3. Melhorar a equidade no acesso (universalidade).

Procura compatibilizar recursos finitos, maximizando a oferta e o acesso.

Avalia o impacto das soluções: Custos / (Benefícios / Efetividade).

Distinção entre Economia da Saúde e Economia Geral

Mercado

Economia da Saúde (ES)

  1. Mercado imperfeito.
  2. Bem não transacionável (o valor é infinito, diferente do custo).
  3. Procura derivada (necessidade de um terceiro para oferecer cuidados; o paciente pode não saber o que quer).
  4. Irrelevância do preço.
  5. Oferta induz a procura.
  6. Ausência de soberania do consumidor (Relação de Agência: relação de confiança com um terceiro que detém a informação e o conhecimento, condicionando a procura de cuidados de saúde).
  7. Externalidade (tem efeito para além da própria pessoa; se eu estiver com saúde, beneficio-me e beneficio terceiros).

Economia Geral (E)

  1. Mercado perfeito.
  2. Bem transacionável (valor igual ao custo).
  3. Procura direta.
  4. Relevância do preço.
  5. Procura induz a oferta.
  6. Soberania do consumidor.
  7. Sem externalidade.

Produto/Serviço

Economia da Saúde (ES)

  1. O doente interage com o prestador.
  2. Cada doente é único.
  3. Cuidados prestados em conjunto com o doente.
  4. Produção e consumo simultâneos.
  5. Preenchem necessidades e expectativas.

Economia Geral (E)

  1. O cliente não participa na produção.
  2. O produto tende à uniformidade.
  3. O produto é obtido longe do cliente.
  4. Produção e consumo são duas realidades temporais distintas.
  5. Preenche necessidades.

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