Edifícios Sustentáveis: Alternativas e Práticas para um Futuro Consciente
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Alternativas e Práticas Sustentáveis para um Edifício Consciente
Cada vez mais se acentuam os problemas de ordem ambiental no Brasil e no mundo, embora já se tenha a visão e a consciência de que é inevitável o trato coerente e objetivo de um desenvolvimento sustentável capaz de atender as demandas de consumo da população. Os detentores de conhecimentos com visão de presente e futuro podem apontar soluções técnicas e sustentáveis com lucratividade (econômico-financeira), inseridas num contexto de desenvolvimento econômico e social sem a exacerbação de programas e recursos cibernéticos aplicados em produtos dos mais variados.
Na produção arquitetônica de um edifício de uso institucional, poder-se-á programar uma construção que dispense tecnologias com softwares sofisticados capazes de fechar janelas, apagar lâmpadas, visualizar ambientes, sincronizar elementos eletroeletrônicos e mecânicos de fachadas. Tudo isso em situação remota, os chamados edifícios inteligentes. É possível usar a tecnologia para soluções simples, funcionais e sustentáveis com procedimentos mais modestos e racionais aliados à tecnologia da informação disponíveis no campo das ciências físicas e biológicas (bioengenharia), de forma consciente. Além disso, pode-se contar com aspectos bioclimáticos locais – sol, vento, umidade, temperatura e luminosidade ambiental externa, recursos de concepção da arquitetura bioclimática.
Projetam-se fachadas, cortinas, jardineiras frontais nas esquadrias dos pavimentos, aplicação de brise-soleil, revestimentos, dutos para movimentação de ar externa e interna pelo sistema de termossifonamento, assim como o uso consciente de fontes de energias renováveis – eólica, solar, biogás, biofertilizantes. Também se utiliza muita vegetação para proporcionar o fenômeno da fotossíntese, e conta-se ainda com o recurso socioeconômico e financeiro regional para o projeto da construção de um Edifício Consciente.
Conservação: uso de recurso natural, adotando-se um manejo de forma a obter rendimentos garantindo a autossustentação do meio ambiente explorado;
Preservação: Uma ação de proteção a um ecossistema de dano ou degradação, não permitindo utilizá-lo sob hipótese alguma.
Conforme Sanchez (apud Moraes, 2011) pode-se, ainda, estabelecer termos técnicos desmembrados, a saber:
Recuperação: visa tornar um ambiente apto para atender um novo uso produtivo, desde que sustentável;
Restauração: retorno de uma área às condições existentes antes da degradação;
Reabilitação: para atender a uma nova forma de utilização, após a recuperação;
Remediação: designa a recuperação de áreas ambientais contaminadas visando à remoção de contaminantes presentes, assegurando-se sua utilização com limites aceitáveis de risco;
Requalificação/Revitalização: aplicação de ações com o objetivo de atuar em ambientes urbanos degradados em razão de processos socioeconômicos ou degradação do meio físico.
No caso das energias renováveis (tecnologias), a geração pode facilmente realizar-se em forma distributiva, perto dos consumos, com unidades pequenas, mas em escalas que demandam baixos investimentos, com cadeias de oferta pequenas e eficientes. É a chamada internet da energia, na qual qualquer pessoa adquire e cede energia para a rede (matriz dominante). Para isso, requer-se mudança no urbanismo, na arquitetura, nos projetos de plantas industriais, em educação, nas condutas e nos mercados. Necessitar-se-ão, por sua vez, novos modelos de negócios, regulamentações e institucionalizações (Comunian, 2008). Essa possibilidade técnica é denominada de microprodução, com a finalidade de prover a busca no mercado livre varejista da complementação de consumo próprio do microautoprodutor, podendo, inclusive, eventual e facultativamente, injetar o excesso de sua energia na rede da concessionária.
Para a produção arquitetônica de um edifício consciente, tem-se de levar em conta a criação de espaços construídos apresentando infraestruturas formadas de elementos oriundos de tecnologias limpas, segundo o LSI - Laboratório de Sistemas Integráveis da Energia Elétrica da USP, quando utilizam compostos não agressivos e de baixo custo, exigem menor consumo de reagentes, produzem pouco ou nenhum resíduo e permitem controle mais simples e eficiente de sua eliminação. De fácil manutenção e melhoria de eficiência sem comprometer os índices de produtividade. É a mudança de paradigmas, com a preocupação sobre o consumo de energia nas construções.
Elementos de Arquitetura
Na proposta de um edifício consciente, apresentando soluções simples e sustentáveis para o empreendimento, projetam-se elementos de arquitetura capazes de otimizar o aproveitamento da claridade ambiental exterior, através de vidros em esquadrias de fachadas e otimizar a eficiência energética com a utilização de equipamentos destinados a regularizar o conforto térmico dos ambientes internos.
Criação de jardineiras situadas entre a viga de bordo avançada e a vidraça, com a colocação de painel fotovoltaico, de forma a se constituir também anteparo (brise-soleil) contra a incidência dos raios solares diretamente sobre as esquadrias. Caso idêntico em outras fachadas, cujos brise-soleils são projetados em frente às esquadrias, na região acima da altura da escala humana.
Como a temperatura ideal para o melhor funcionamento e maior produtividade do painel fotovoltaico é de 25°C (Barros, 2011) e a temperatura média ambiente local é de 28°C durante cerca de 10 meses do ano, optou-se pela solução de soltar as estruturas com os painéis de quaisquer superfícies de apoio, de forma suspensa, de maneira que o vento circule entre os painéis e a base de apoio, minimizando, assim, o efeito de calor sobre eles (Figura 02).
Energia Eólica
: Com a oportunidade de aproveitar a situação geográfica do terreno,
frente ao Parque 13 de Maio, voltado literalmente para o litoral, com uma grande
abertura espacial sem interferências de elementos físicos altos, o sistema eólico será
alimentado por ventos projetados diretamente sobre a fachada do prédio.
D. Sistema Termosifonamento – “efeito chaminé”- criado na edificação a partir da
formação de dois dutos verticais (fossos 01 e 02) e dutos internos horizontais localizados
em tetos dos pavimentos (entre a laje e o forro), com abertura para a fachada leste. As
pancadas de ventos predominantemente sul, leste e nordeste batem na fachada, seguem
na vertical, penetram nos dutos horizontais, e daí seguem até o duto vertical vazio (fosso
02), tendo em volta as circulações dos pavimentos funcionais. Esse sistema de
alimentação de ar exterior em temperatura natural (“ar frio”), com sua descida pelo
fosso 02 internamente, provoca a subida do ar “quente” pelo duto vertical fosso 01,
formando o vento de alimentação das seis turbinas eólicas de três pás cada, localizadas
sob a laje do heliponto.
é perfeitamente viável a
apresentação de alternativas sustentáveis para a execução da construção de um edifício
sabido, entendido este como objeto provido de elementos estruturais e complementares
de fácil acesso tanto de material como financeiro e econômico sem sofisticações de
vaidades e exacerbação de conteúdo eletrônico. Conta-se com técnicas construtivas e
recursos naturais renováveis, como o efeito dos ventos, a luminosidade, a umidade
relativa, a temperatura local e com vegetação nativa, com água tanto pluviométrica como
de nascentes e de mananciais que precisam simplesmente de melhor trato no uso e
consumo. Diferença extraordinária entre
custos e preço de venda. No cerne da administração pública, argumenta-se que tudo é
caro, não permitindo sequer análises e argumentações no que se refere aos recursos
sustentáveis e às possibilidades técnicas e econômicas diante da compensação em
benefício do meio ambiente e do próprio custo orçamentário com a economia de
consumo a médio e longo prazos de recursos energéticos.
SUSTENTABILIDADE : sustentabilidade é a capacidade de um indivíduo, grupo de indivíduos ou empresas e aglomerados produtivos em geral; têm de manterem-se inseridos num determinado ambiente sem, contudo, impactar violentamente esse maio. Assim, pode-se entender como a capacidade de usar os recursos naturais e, de alguma forma, devolvê-los ao planeta através de práticas ou técnicas desenvolvidas para este fim.
EDIFICIO SUSTENTAVEL : O edifício sustentávelé aquele capaz de proporcionar benefícios na forma de conforto, funcionalidade, satisfação e qualidade de vida sem comprometer a infraestrutura presente e futura dos insumos, gerando o mínimo possível de impacto no meio ambiente e alcançando o máximo possível de autonomia.
ARQUITETURA SUSTENTAVEL
A arquitetura sustentável, também conhecida como arquitetura verde e eco-arquitetura é uma maneira de conceber o projeto arquitetônico de forma sustentável, procurando otimizar recursos naturais e sistemas de edificação que de tal modo minimizem o impacto ambiental dos edifícios sobre o meio ambiente e seus habitantes.
Os princípios da arquitetura sustentável incluem:
A consideração das condições climáticas, da hidrografia e dos ecossistemas do entorno em que os edifícios são construídos, para obter o máximo desempenho com o menor impacto.
A eficácia e moderação no uso de materiais de construção, dando prioridade ao baixo consumo de energia em comparação com os de alta energia.
A redução do consumo de energia para aquecimento, refrigeração, iluminação e outros equipamentos, cobrindo o resto da demanda com fontes de energia renováveis.
A minimização do balanço global de energia do edifício, que abrange a concepção, construção, utilização e seu fim.
O cumprimento com os requisitos de conforto higrotérmico, salubridade, iluminação e ocupação dos edifícios.
O que é “ser sustentável”?
Ser sustentável é ser capaz de se manter utilizando as limitações dos recursos disponíveis, economizando, conservando, reusando e reciclando quando necessário e possível.
Edifícios verdes são prédios que seguem determinados parâmetros e que têm uma preocupação toda especial com o meio ambiente em que estão inseridos e com a correta utilização dos recursos naturais necessários ao seu funcionamento e a correta destinação dos resíduos gerados por essa utilização. Assim, a preocupação com a eficiência e com a qualidade é sempre voltada para o mínimo impacto ambiental possível.Para que os prédios sejam considerados verdes, eles devem seguir preceitos e determinações rígidas quanto a construção, qualidade do ar; uso da energia; uso da água; segurança de trabalho e higiene do ambiente ocupacional; uso de materiais ecologicamente corretos; observação da ergonomia em móveis e utensílios; tratamento correto dos resíduos sólidos e controle da emissão de poluentes.Quanto à qualidade do ar, os edifícios verdes devem manter o ar interno sempre com boa qualidade; efetuando análises no ar circulante e do interior dos dutos de ar condicionado; eliminando ou reduzindo a circulação de gases poluentes ou agentes contaminantes biológicos. Devem também ter preocupação com áreas para fumantes, uso de detergentes que tenham odores fortes e o conforto térmico.Na eficiência energética, os prédios verdes devem buscar fortes alternativas de energia ou fontes emergenciais que garantam a iluminação em caso de acidentes; controle de consumo e busca da eficiência total.A questão da água também é crucial nos prédios verdes. O desperdício deve ser combatido a todo custo, bem como a garantia da mais alta qualidade da consumida no prédio deve ser observada a cada instante. Um controle rígido sobre torneiras e válvulas de descarga deve ser exercido.Finalmente, os edifícios verdes devem ter programas de coleta seletiva de lixo e um gerenciamento de resíduos impecável. Com a manutenção de programas que visem educar e orientar os habitantes para essas boas práticas.