Eficiência de Pareto, Princípio de Compensação e Bem-Estar Social
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Eficiência de Pareto e o Princípio de Compensação
Exemplo de Compensação
Redução de tarifa que resulta em redução do lucro e do salário no setor automobilístico, sendo compensada pela renúncia de renda do consumidor.
A Ideia Central do Princípio de Compensação (Critério de Kaldor-Hicks)
O princípio nos diz que “Robinson Crusoé e Sexta-Feira” não deveriam redistribuir laranjas a menos que, nesse processo, mais laranjas se tornem disponíveis (i.e., aumento de eficiência).
Qualquer projeto que aumente o número total de “laranjas” seria desejável por si mesmo, independentemente de suas consequências distributivas. A lógica é:
“Uma vez que há mais laranjas, Crusoé pode, em princípio, compensar Sexta-Feira pela alteração ocorrida.”
Definição do Princípio da Compensação
Se o Valor dos Benefícios for maior que o Valor dos Prejuízos, então a política é considerada boa e há a possibilidade de compensação que leva a uma situação Pareto melhor.
Críticas ao Princípio de Compensação
- As compensações que possibilitariam alguma política com melhoria de Pareto frequentemente não são efetuadas. Isso ocorre porque é difícil identificar os ganhadores e perdedores, assim como quantificar a magnitude das perdas e ganhos.
- As políticas têm consequências distributivas. Os ganhos dos beneficiados não devem ser ponderados de forma igual às perdas dos prejudicados (questão de equidade).
- A afirmação de que qualquer política que eleve o produto total é desejável, independentemente de suas consequências distributivas, ignora a importância da equidade social.
A Curva de Indiferença Social e a Distribuição de Renda
O Princípio de Pareto não permite comparar situações em que alguém ganha e alguém perde. Tais alterações envolvem, necessariamente, questões de distribuição de renda.
Funções de Bem-Estar Social (FBS)
De que forma podemos contrapor e avaliar os ganhos e perdas em indivíduos distintos? Esse tipo de avaliação exige o concurso de Funções de Bem-Estar Social (FBS), as quais nos fornecem as Curvas de Indiferença Social.
As Curvas de Indiferença Social representam combinações de utilidade de diferentes indivíduos para as quais a sociedade é indiferente.
As Curvas de Indiferença Social permitem racionalizar sobre os tipos de trade-off existentes na alocação de recursos.
A Função de Bem-Estar Social provê uma base para ordenar qualquer alocação de recursos, em contraposição ao Princípio de Pareto, o qual somente pode dizer que uma situação é melhor se pelo menos alguém está melhor e ninguém está pior (Melhoria de Pareto).