Endocrinologia: Diabetes, GH e Metabolismo Hormonal

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Fisiopatologia do Diabetes e Outros Hormônios

4 - Fisiopatologia da falta de insulina e sintomas

Com base na fisiopatologia da falta de insulina, explique o porquê de sintomas como poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso e astenia num paciente diabético.

A poliúria é provocada pela eliminação do excedente de glicose através da urina, pois os rins deixam de conseguir reter a glicose que filtram do sangue, o que leva à eliminação de parte da glicose na urina, arrastando consigo uma maior quantidade de líquido. A sensação de sede é originada pela perda de líquidos provocada pelas frequentes e abundantes emissões de urina. O apetite exagerado é originado pela falta de energia que afeta os tecidos, já que estes não conseguem obter a glicose de que necessitam. A falta de insulina impossibilita a ação do GLUT4 como captador de glicose nos tecidos. A falta de glicose no interior das células leva à obtenção de energia através da combustão de lípidos e proteínas, uma circunstância que, a médio prazo, provoca perda de peso corporal, diminuição da massa muscular e uma sensação de cansaço que pode ser significativa.

5 - Efeitos das catecolaminas no metabolismo

Quais os efeitos das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) no metabolismo intermediário?

Aumentam a taxa metabólica, a produção de calor, a frequência cardíaca, a atividade motora e a excitação do sistema nervoso central.

6 - Insulina: hormônio catabólico ou anabólico?

A insulina é um hormônio catabólico ou anabólico? Justifique citando, pelo menos, 2 Exemplos.

A insulina tem efeito hipoglicemiante e anabólico. No músculo, a insulina expõe o GLUT4 na membrana, que estava armazenado em vesículas, o que permite a entrada de glicose na célula. Além de expor o GLUT4, a insulina ativa a glicogênio sintase, promovendo o armazenamento de glicose em forma de glicogênio. Também há aumento da captação de aminoácidos e síntese de proteínas, aumento da piruvato quinase e aumento da produção de ATP. Além disso, a hipoglicemia gera estímulo para o GHRH, que age na hipófise liberando GH.

7 - Hormônios contra-reguladores da insulina

Os hormônios hiperglicemiantes são considerados contra-reguladores da ação da insulina. Cite 3 hormônios contra-reguladores.

Cortisol, Glucagon, Adrenalina.

8 - Estimuladores da secreção de insulina e glucagon

Cite 3 estimuladores da secreção de insulina e 3 de glucagon.

Insulina: estímulo parassimpático, hormônios gastrointestinais, glicemia elevada.

Glucagon: redução da glicemia, acetilcolina, catecolaminas, estímulo neural simpático.

9 - Relação entre cortisol e glicogênio hepático

Qual a relação entre cortisol e conteúdo de glicogênio hepático?

O cortisol é um hormônio hiperglicemiante e aumenta a resistência à ação da insulina.

Hormônio do Crescimento (GH)

1 - Regulação da secreção hipofisária do GH

Descreva a regulação da secreção hipofisária do hormônio do crescimento (GH) levando em conta a ação de hormônios produzidos no hipotálamo e a somatomedina (ou fatores de crescimento semelhantes à insulina - IGF) periférica.

O eixo GH-sistema IGF constitui a via final mediante a qual a maioria dos fatores que atuam no processo de crescimento exerce sua ação. O GH é produzido pelos somatotrofos da hipófise anterior e em sua forma predominante corresponde a aproximadamente 75% do GH circulante. A secreção do GH ocorre em pulsos, principalmente no início das fases III e IV do sono, com meia-vida de aproximadamente 20 minutos. Normalmente, ocorrem 6 a 10 pulsos secretórios nas 24 horas, principalmente à noite. A secreção hipofisária de GH tem controle hipotalâmico, exercido pelo GHRH (hormônio liberador do GH), somatostatina e em menor intensidade pela ghrelina. O GHRH e a ghrelina estimulam a secreção de GH atuando mediante receptores específicos distintos acoplados à proteína G, enquanto a somatostatina exerce ação inibitória. Diversos fatores podem interferir na secreção de GH, mediante regulação do GHRH e da somatostatina. A tiroxina, o glucagon, os esteróides sexuais, a dopamina, a hipoglicemia e alguns hexapeptídeos sintéticos (GH releasing peptides [GHRPs]) estimulam, dessa forma, a secreção de GH, atuando no hipotálamo e/ou na hipófise. O GH é um dos principais promotores da produção de IGF-1 na vida pós-natal. Entretanto, o estado nutricional e o aporte protéico-calórico também desempenham papel relevante, principalmente nos primeiros anos de vida.

2 - Efeito diabetogênico mediado pelo GH

O que é o efeito diabetogênico mediado pelo GH?

Em relação ao metabolismo lipolítico e glicolítico, as ações diretas do GH são antagonistas aos efeitos provocados pela insulina. São justamente esses efeitos que caracterizam o GH como um hormônio “diabetogênico”, ou seja, que aumenta a concentração de glicose circulante e, consequentemente, estimula a liberação de mais insulina para manter a glicemia adequada. Nesse sentido, o GH promove diminuição da oxidação da glicose e de sua captação em vários tecidos, aumento da lipólise e da oxidação de ácidos graxos no tecido adiposo e na musculatura esquelética e cardíaca e estímulo para a produção hepática de glicose, principalmente pela ativação da glicogenólise.

3 - IGFBPs: biodisponibilidade e ação do IGF

Como as proteínas de ligação dos fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFBPs) afetam a biodisponibilidade do IGF e como isso vai afetar a sua ação?

O IGF liga-se a dois tipos de proteínas produzidas no fígado: IGFBP e proteína subunidade ácido-lábil (ALS) – proteínas ligadoras. Uma vez ligada a essas proteínas, o hormônio é capaz de permanecer na corrente sanguínea por mais tempo. O tempo de meia-vida do IGF é maior, portanto. O GH tem um aumento na circulação que dura minutos, enquanto o complexo IGFBP/ALS/IGF-I tem um aumento na circulação que dura horas.

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