Engenharia de Tráfego: Conceitos Essenciais e Sinalização
Classificado em Ensino e Educação
Escrito em em português com um tamanho de 49,78 KB
1) Em termos de demanda de tráfego, considerando apenas a função deslocamento, o fluxo de tráfego é definido por:
A) número de veículos contados em uma seção viária num período de tempo T.
2) A sinalização horizontal é um subsistema da sinalização viária que se utiliza de linhas, marcações, símbolos e legendas pintadas ou apostas no pavimento das vias com a função de organizar o fluxo de pedestres e veículos, controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de geometria e obstáculos, complementar a sinalização vertical. Com base nesses aspectos gerais, assinale a função das marcas transversais apostas no pavimento.
D) Ser mensagens escritas ou desenhadas no pavimento da via.
3) A hierarquização funcional viária pode ser representada pela classificação das vias, decorrente das suas funções prioritárias, e deve ser operacionalizada por diversas intervenções físicas e de controle que buscam dar a eficiência requerida às funções priorizadas e, na medida do necessário, restringir as demais funções. Assinale a alternativa que apresenta a classe que tem a função de privilegiar deslocamentos ao longo da via, sem controle de acesso.
D) Vias arteriais.
4) Quais os elementos componentes dos sistemas de tráfego definidos pela Engenharia de Trânsito?
E) A via, o veículo e o usuário.
5) Se num percurso de 3 km, um usuário gasta 3 minutos, incluindo 1 minuto em filas geradas por congestionamentos e uma circuitação de 1,5 km para contornar vias de sentido único e interseções com conversões proibidas, a velocidade média de percurso (ou em movimento) é:
B) 30 km/h
6) Capacidade é o fluxo máximo que pode normalmente atravessar uma seção em condições existentes de tráfego, geometria e controle num dado período e varia de acordo com determinados fatores. Assinale o fator que contém o tipo de veículo.
C) Composição de tráfego
7) O Sistema Nacional de Trânsito (SNT) é o conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, composto por 1.240 órgãos e entidades municipais, 162 estaduais e 6 federais. Assinale a alternativa em que as atividades NÃO constituem finalidade do SNT.
A) Terceirização das atividades relacionadas ao trânsito.
8) O conjunto de estudos e projetos de segurança, fluidez, sinalização e operações de trânsito executadas nas vias públicas caracteriza as ações de engenharia de trânsito. A engenharia de trânsito aplica os conceitos da mobilidade urbana, associando-os aos aspectos sociais, econômicos, jurídicos, urbanísticos e outros relativos à vida da cidade. Em 1997, no Brasil, foi definido para os municípios o papel de responsabilidade sobre muitas ações referentes ao trânsito nas cidades, a denominada municipalização do trânsito. Qual documento definiu esse novo papel dos municípios?
E) Código de Trânsito Brasileiro
9) Conflito de tráfego é um evento que envolve dois ou mais usuários da via na qual a ação de um faz com que o outro tenha necessidade de realizar uma manobra evasiva para evitar o acidente. Nas correntes de tráfego em fluxo contínuo, especialmente nas vias expressas, tais conflitos são observados e devem ser resolvidos com manobras de mudança de faixa e com velocidades próximas às de operação dos segmentos básicos. Os tipos de conflitos de tráfego entre correntes de tráfego em fluxo contínuo são:
C) congestionamento, filas, veículos lentos e tempo chuvoso.
10) O controle de tráfego por semáforos define os períodos sucessivos em que o direito de uso da via é alternadamente cedido a grupos de movimentos compatíveis ou admissíveis (pouco ou não conflitantes). O plano semafórico define o controle da interseção semaforizada, que se constitui de diversos elementos. O elemento que mostra o uso dos estágios pelas fases semafóricas e pelos grupos de tráfego corresponde
C) à Tabela de Trocas de Planos (Tabela Horária).
11) A equação básica de previsão do atraso em fila busca expressar a relação entre filas acumuladas no sistema viário (normalmente associadas com tráfego lento ou parado) e atrasos em filas (isto é, o tempo adicional gasto para percorrer a fila, também chamado de atraso “parado” ou em congestionamentos). Representando-se a fila em cada instante t por n (diferença entre o número de chegadas e saídas) e o atraso de cada veículo i por d (diferença entre o instante de saída e de chegada) para um fluxo de escoamento de tráfego em filas denotado por n q, tem-se a expressão A partir dessas informações, para uma fila média de 100 veículos e um fluxo de escoamento de tráfego em filas de 1800 veículos por hora, qual o atraso em fila?
C) 200 s
12) A velocidade de fluxo livre (VFL) corresponde à velocidade média de operação dos veículos de uma via, num dado período, ao utilizar a via sem tráfego, nas condições existentes de geometria e de controle de tráfego. Portanto, ela é função das características operacionais do controle do tráfego e da geometria da via. Qual característica NÃO está relacionada à geometria da via?
A) Sinalização semafórica
13) Num sistema de tráfego, o tempo de reação de um usuário (motorista) corresponde ao intervalo de tempo decorrido entre a ocorrência do estímulo e a materialização da sua reação, compondo-se de quatro parcelas, e é conhecido como PIEV, do inglês: Perception (Percepção), Identification (Identificação), Emotion (Decisão), Volition (Ação). Para um bom desempenho dos sistemas de tráfego é desejável minimizar o tempo de PIEV do usuário e paralelamente maximizar o tempo disponível para materializar sua reação. O conhecimento do PIEV é importante por ser ele um dos fatores fundamentais na determinação de parâmetros de projeto. Assinale a alternativa que apresenta um dos fatores que contribuem para o aumento do PIEV.
A) Fadiga
14) O sistema de transportes de uma cidade inclui todos os meios de transporte utilizados pela população nos seus deslocamentos diários. Assim, também inclui as calçadas destinadas à circulação a pé. O Código de Trânsito Brasileiro, em seu Anexo I, especifica CALÇADA como “parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins”. A qualidade da calçada deve ser definida e medida em termos de
D) fluidez, conforto e segurança.
15) A Lei Federal n.º 10.257, de 10 de julho de 2001, denominada Estatuto da Cidade, estabelece diretrizes gerais da política urbana que tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, dentre elas, o transporte e o trânsito. Essa lei também estabelece para o município a obrigatoriedade de elaboração do Plano Diretor, o qual deve constituir instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. De acordo com o artigo 41 dessa lei, o Plano Diretor é obrigatório para cidades com, no mínimo:
C) 20 mil habitantes.
1) Definições de Engenharia de Tráfego
1.1 Conceito:
Ramo da engenharia de transportes que se relaciona com o projeto geométrico, o planejamento e a operação do tráfego de estradas e vias urbanas, suas redes, os seus terminais, o uso do solo adjacente e o seu inter-relacionamento com os outros meios de transporte.
1.2 Finalidade:
Visa proporcionar a movimentação segura, eficiente e conveniente de pessoas e mercadorias.
2) O Que é Trânsito?
- Conjunto de todos os deslocamentos diários, feitos pelas calçadas e vias da cidade, e que aparece na rua na forma de movimentação geral de pedestres e veículos.
- Considera-se trânsito a utilização de vias por pessoas, veículos e animais isolados ou em grupo, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga e descarga, movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres. (Código de Trânsito Brasileiro).
3) Notas Históricas
Primeiros Caminhos:
- Abertura de caminhos pelos assírios e egípcios.
- Caminho de pedras mais antigo foi construído pelo rei Quéops, usado no transporte das imensas pedras das pirâmides. (historiador Heródoto).
Aparecimento do Primeiro Automóvel:
- Primeiro automóvel em 1886 – Alemanha.
- Primeiro motor a gasolina em 1888 – Nova York.
A engenharia de tráfego surgiu com o advento do automóvel. O primeiro semáforo foi instalado em Houston (ITE), Texas, em 1921. E, o primeiro sistema de semáforo coordenado, também, na mesma cidade, em 1922.
4) Elementos da Engenharia de Tráfego
4.1 Estudo das Características do Tráfego
- Estudo do usuário da via;
- Estudo dos veículos;
- Estudo da velocidade, tempo de viagem e os atrasos;
- Volume de tráfego;
- Origem/destino;
- Capacidade viária;
- Estudo do estacionamento;
- Acidentes;
- Transporte público.
4.2 Operação do Tráfego
Medidas Regulamentadoras:
- Leis e normas;
- Regulamentação da operação.
Planos de Controle de Tráfego:
- Tipo de sinalização/controle a ser adotado para determinada situação.
4.3 Planejamento de Tráfego
- Estuda as características das viagens urbanas, inclusive transporte público;
- Condução dos principais estudos de transportes;
- Técnicas usadas para a compreensão dos planos de transporte.
4.4 Projeto Geométrico
- Projeto de vias e interseções, estacionamentos e terminais.
4.5 Administração
- Órgãos administradores do tráfego;
- Programas de educação do trânsito;
- Legislação regulamentadora.
5) O Veículo
Os veículos são fabricados para diferentes usos, diferenciados por peso, dimensão, manobrabilidade e são condicionados ao traçado e à resistência das vias.
5.1 Atividades da Engenharia de Tráfego e Veículos
- Projeto geométrico de vias rurais e urbanas;
- Estudos da capacidade das vias;
- Estudo da segurança de tráfego;
- Estudo da sinalização etc.
5.2 Aceleração
A capacidade de aceleração de um veículo depende de seu peso, das diversas resistências que se opõem ao movimento e da potência transmitida pelas rodas em cada momento.
Utilizada para Determinar:
- Tempo para o veículo atravessar a interseção.
- Distância requerida para passar outro veículo.
- A brecha aceitável.
Taxa de Aceleração:
- Carros de passeio: 1,80 a 2,74 m/s².
- Caminhões: 0,61 a 0,91 m/s².
6) A Via
6.1 Considerações Básicas sobre o Projeto Geométrico
O projeto geométrico deve ser adequado para o volume futuro estimado, para o tráfego diário e a hora de pico, para as características dos veículos e para a velocidade de projeto.
- Deve ser seguro para os motoristas.
- Deve ser consistente, evitar trocas de alinhamentos, greide etc.
- Ser completo (sinalização e controle).
- Ser econômico (em relação aos custos iniciais e custos de manutenção).
- Além de: ser esteticamente agradável para os motoristas e usuários, trazer benefício social e não agredir o meio ambiente.
6.2 Classificação das Vias
Quanto ao Gênero:
- Aerovias;
- Dutovias;
- Ferrovias;
- Hidrovias; e
- Rodovias.
Quanto à Espécie:
- Urbana: dentro da área urbanizada.
- Interurbana: ligando duas áreas urbanizadas, pertencentes ao mesmo município.
- Metropolitanas: contidas numa região metropolitana.
- Rurais: com os dois extremos localizados fora das áreas urbanizadas.
Quanto à Posição:
Disposição espacial na malha viária e posição relativa aos núcleos urbanizados ou polos de interesse, urbano/metropolitano.
- Radiais: vias que convergem dos bairros para o centro;
- Perimetrais: vias de contorno;
- Longitudinais: vias direção Norte - Sul;
- Transversais: vias na direção Leste - Oeste;
- Anulares: vias que circundam o núcleo urbanizado;
- Tangenciais: vias que tangenciam o núcleo urbanizado;
- Diametrais: vias que cruzam o núcleo urbanizado ou polo de interesse, tendo suas extremidades fora dele.
Quanto ao Tipo (Superfície Natural do Terreno):
- Em nível;
- Rebaixadas;
- Elevadas; e
- Em túnel.
Quanto ao Número de Pistas:
- Simples; e
- Múltiplas.
Quanto à Natureza da Superfície de Rolamento (Rodoviário):
- Pavimentadas;
- Simplesmente revestidas; e
- Em terreno natural.
Quanto às Condições Operacionais (Uso/Regra de Circulação):
- Sentido único;
- Sentido duplo;
- Reversível;
- Interditada (a alguns ou todos os veículos); e
- Com ou sem estacionamento.
Quanto à Jurisdição:
- Federal;
- Estadual;
- Municipal; e
- Particular.
6.3 Classificação Funcional das Vias Urbanas (ABNT)
a) Vias Expressas – Primárias e Secundárias
- Ligações rápidas em escala metropolitana
- Trânsito de passagem exclusivo
b) Vias Arteriais – Primárias e Secundárias
- Ligações em escala metropolitana e em escalas de zonas
- Trânsito de passagem permanente
c) Vias Coletoras – Primárias e Secundárias
- Ligações em escala de bairros
- Trânsito de passagem e local equilibrados
d) Vias Locais – Residenciais e Outras
- Ligação em escala de unidade de vizinhança
- Trânsito local predominante
7) Determinação do Volume de Tráfego
Volume de Tráfego:
Número de veículos que passam numa determinada seção da via na unidade de tempo.
- AADT ou VMDA: Volume médio diário anual do tráfego. Volume total anual ÷ 365 dias.
- ADT ou VMD: Volume diário do tráfego ou volume médio diário.
- VMDm: Volume médio diário mensal. Número total de veículos trafegando em um mês dividido pelo número de dias do mês.
- VMDs: Volume médio diário semanal. Número total de veículos trafegando em uma semana dividido por 7. É sempre acompanhado pelo nome do mês a que se refere.
- VMDd: Volume médio diário em um dia de semana. Deve ser sempre acompanhado pela indicação do dia de semana e do mês correspondente.
Para todos esses casos a unidade é veículos/dia. O VMDa é o de maior importância. Os demais são geralmente utilizados como amostras a serem ajustadas e expandidas para determinação do VMDa.
- Composição do Tráfego: porcentagem dos diferentes tipos de veículos que compõem o tráfego (Automóveis + Caminhões + ônibus + motos + outros) = contagem classificada.
- Volume Abreviado: fluxo para período.
Variações do Volume de Tráfego:
- Variações sazonais ou mensais (ao longo do ano);
- Variações diárias (ao longo da semana);
- Variações horárias (ao longo do dia);
- Variações dentro da hora.
8) Pesquisa de Tráfego: Contagens
As contagens de tráfego são feitas com o objetivo de conhecer-se o número de veículos que passa através de um determinado ponto da estrada, durante certo período, podendo se determinar o Volume Médio Diário (VMD), a composição do tráfego, etc. Tais dados servem para a avaliação do número de acidentes, classificação das estradas e fornecem subsídios para o planejamento rodoviário, projeto geométrico de estradas, estudos de viabilidade e projetos de construção e conservação. Permitem, ainda, aglomerar dados essenciais para a obtenção de séries temporais para análise de diversos elementos, tais como a tendência de crescimento do tráfego e variações de volume.
8.1 Contagens Globais
São aquelas em que é registrado o número de veículos que circulam por um trecho de via, independentemente de seu sentido, grupando-os geralmente pelas suas diversas classes.
São empregadas para o cálculo de volumes diários, preparação de mapas de fluxo e determinação de tendências do tráfego.
8.2 Contagens Direcionais
São aquelas em que é registrado o número de veículos por sentido do fluxo e são empregadas, por exemplo, para cálculos de capacidade, determinação de intervalos de sinais, estudos de acidentes e previsão de faixas adicionais em rampas ascendentes.
8.3 Contagens Classificatórias
Nessas contagens são registrados os volumes para os vários tipos ou classes de veículos.
São empregadas para o dimensionamento estrutural e projeto geométrico de rodovias e interseções, cálculo de capacidade, cálculo de benefícios aos usuários e determinação dos fatores de correção para as contagens mecânicas.
8.4 Contagem Manual
Utiliza Material Humano:
- Permite classificação por tipo, tamanho, etc.;
- 1 pesquisador – até 1.000 veículos/h ou 200 pedestres/h;
- Quando o período de contagem é inferior a 8 ou 10 horas;
Procedimentos de Contagem:
- Os observadores necessitam ser trocados a cada 2 ou 3 horas (fadiga).
- Dividir o período de contagem em intervalos de 5 a 15 minutos.
- Pode-se utilizar planilhas com anotação a lápis ou contadores manuais, que acumulam o número de veículos do período de contagem.
a) Vantagens:
- Boa precisão, maior número de informações;
- Grande flexibilidade, simplicidade e rapidez.
b) Desvantagens:
- Limitação de cobertura;
- Custo.
8.5 Contagem Mecânica
a) Utiliza Detectores de Tráfego:
Utiliza detectores de tráfego de instalação permanente ou móvel.
Vantagens:
- Baixo custo/hora;
- Amplitude de tempo de cobertura; boa precisão.
Desvantagens:
- Não fornece muitas informações;
- Investimento inicial alto.
Tipos de Contadores
Os detectores de dados de tráfego podem ser classificados em dois grupos:
- Detectores na via ou intrusivos;
- Detectores acima da via ou não-intrusivos.
O detector intrusivo é instalado embutido ou preso à superfície do pavimento. O detector não-intrusivo não modifica a estrutura da via, é instalado acima ou às margens da faixa de tráfego.
a) Detectores Intrusivos:
- Tubos Pneumáticos
d) Os Sensores Podem Ser:
- Doppler: Mede a presença de um veículo em função do movimento relativo de uma fonte sonora e seu receptor, provocando uma mudança na frequência recebida de volta. Podem medir a presença e a velocidade de um veículo em movimento. Esse sistema tem a desvantagem de não conseguir medir veículos parados e de ter dificuldade de contar veículos em regime de “anda-e-para”.
- Radar: Os sensores que utilizam radar usam um sinal de frequência ou fase modulada para calcular o atraso de tempo da onda refletida, obtendo a distância do veículo. Pode acusar a presença de veículos parados. Assim, além de medir velocidade, pode ser utilizado para monitorar filas de veículos e ocupação.
8.6 Contagens Pontuais ou Locais
- São realizadas em locais específicos da via;
- Uso: projeto viário, análise de capacidade, análise de operação, dimensionamento de semáforos;
- Levantar dados por direção e/ou classificada;
- Tempo de duração:
- Automática – 1 dia a 1 semana
- Manual – algumas horas
- Classificada – 10 a 15 min.
8.7 Contagem em Interseções
As contagens em interseções são realizadas visando à obtenção de dados necessários à elaboração de seus fluxogramas de tráfego, projetos de canalização, identificação dos movimentos permitidos, cálculos de capacidade e análise de acidentes.
Características:
- Normalmente são utilizadas contagens manuais;
- São contados os volumes que entram na interseção;
- São contados os volumes por movimento (direto ou de conversão) e por tipo de veículo;
- Devem ser divididas em intervalos de 15 minutos, para determinar as variações dentro da hora de pico.
Procedimento Especial para Interseções Semaforizadas:
Todos os movimentos não ocorrem simultaneamente (por fase); anotar o tempo de ciclo e a divisão de tempo de verde por fase; período de contagens dividido em intervalos de tempo múltiplos do tempo de ciclo.
8.8 Contagem entre Interseções
- Normalmente são utilizadas contagens automatizadas;
- Para determinação do volume total, pode ser utilizado 1 contador (desde que capture todas as faixas);
- Para determinação do volume por direção, é necessário mais de um contador, com sensores para cada direção;
- Contagens manuais curtas são utilizadas para estimar a proporção dos diversos tipos de veículos (classificada).
9) Apresentação dos Dados
- Mapas de fluxo de tráfego, em escala.
- Diagrama de fluxo em interseções.
- Gráficos de variações de volume.
- Gráficos de tendências – para vários anos.
- Tabelas resumo.
10) Estudo da Velocidade Pontual de Veículos
10.1 Definições
Determinação da velocidade do veículo no instante em que ele passa por um determinado ponto.
Velocidade Média no Tempo:
Média aritmética das velocidades pontuais nos veículos numa seção considerada.
Velocidade Média no Espaço:
Velocidade correspondente ao tempo médio de percurso ao longo do trecho, isto é, igual a distância / tempo médio.
Uso do Estudo da Velocidade Média:
- Estudo de locais críticos (acidentes);
- Determinação de elementos geométricos;
- Estudos antes/depois;
- Verificação de tendências de velocidades de vários tipos de veículos através de levantamentos periódicos;
- Dimensionamento sinalização / tempo amarelo dos semáforos;
- Determinação da distância de visibilidade e zonas de “não ultrapassagem”.
10.2 Variações da Velocidade
a) Velocidade x Volume de Tráfego
Redução sensível na velocidade à medida que aumenta o volume de tráfego na via.
b) Velocidade x Hora do Dia
- Relação com as características do viajante e o propósito da viagem.
- Pico da manhã: Velocidades menores → tráfego constituído principalmente de viagens tipo casa-trabalho.
- Pico da tarde: volume - não há redução de velocidade - viagens tipo trabalho-casa + viagens ocasionais.
c) Velocidade x Tipo de Via e Área
- Velocidade área rural > urbana
- Maiores velocidades – freeways p/ outras vias velocidade decresce com a categoria da via e o tipo de área.
10.3 Fatores que Interferem na Velocidade Pontual
- MOTORISTA: características pessoais, condições gerais da viagem (comprimento)
- VEÍCULO: peso, potência, idade, etc.
- VIA: uso do solo, topografia, elementos geométricos.
- TRÁFEGO: volume, densidade, sinalização, variações do fluxo.
- AMBIENTE: condições do tempo.
OBS: para condições de fluxo ininterrupto, geralmente a velocidade segue uma distribuição normal.
a) Medidores Eletrônicos de Velocidade
Redutores eletrônicos de velocidade: controle de velocidade em proximidades de áreas urbanas, concentração de pedestres, etc.
Esquema básico de funcionamento:
11) Sinalização de Trânsito
11.1 Definição
É o conjunto de processos de comunicação visual e/ou sonora, pelo qual a autoridade de trânsito regulamenta, adverte ou indica o uso da via, tornando as operações de trânsito mais seguras, ordenando os fluxos dos veículos e/ou pedestres e permitindo o aumento da capacidade de vazão das vias públicas.
11.2 Objetivos
Aumentar a acuidade visual do motorista e consequentemente incrementar a segurança.
Tem caráter basicamente preventivo e visa despertar a atenção do motorista para os cuidados que ele deve ter ao trafegar pela estrada, nas diversas situações que ela oferece.
11.3 Requisitos Fundamentais
- Seja o mais visível possível, mesmo sob condições adversas impostas pelas intempéries.
- Seja visível com a necessária antecedência sobre o obstáculo que se quer evitar ou sobre a alternativa de trajeto que se quer escolher.
- Obedeça à padronização, o que envolve os caracteres gráficos, cores, dimensões e elementos de sinalização.
- Que ela não seja dispersiva, que não haja acúmulo de informação no mesmo local, desviando a atenção do motorista.
- Que não seja agressiva, isto é, que não cause o acidente caso o veículo se choque com ela.
11.4 Legislação Relativa à Sinalização Viária
- Lei 9503 de 23/09/97. Código de Trânsito Brasileiro.
- Resolução nº160, de 22/04/2004. Aprova o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro.
- Resolução do CONTRAN nº180, de 26/08/2005. Aprova o Volume I: Sinalização Vertical de Regulamentação, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
- Resolução nº243, de 22/06/2007. Aprova o Volume II: Sinalização Vertical de Advertência, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
- Resolução nº236, de 11/05/2007. Aprova o Volume IV: Sinalização Horizontal, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
11.5 Sinalização Vertical
Utiliza-se de sinais apostos sobre placas fixadas na posição vertical, ao lado ou suspensas sobre a pista, transmitindo mensagens mediante símbolos e/ou legendas pré-estabelecidas e legalmente instituídas.
Tem a finalidade de fornecer informações que permitam aos usuários das vias adotarem comportamentos adequados, de modo a aumentar a segurança, ordenar os fluxos de tráfego e orientar os usuários da via.
A sinalização vertical é classificada segundo sua função, que pode ser de:
- Regulamentar as obrigações, limitações, proibições ou restrições que governam o uso da via;
- Advertir os condutores sobre condições com potencial risco existentes na via ou nas suas proximidades, tais como escolas e passagens de pedestres;
- Indicar direções, localizações, pontos de interesse turístico ou de serviços e transmitir mensagens educativas, dentre outras, de maneira a ajudar o condutor em seu deslocamento.
11.6 Sinalização de Regulamentação
A sinalização vertical de regulamentação tem por finalidade transmitir aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias urbanas e rurais. Suas mensagens são imperativas e o desrespeito a elas constitui infração.
Formas e Cores:
A forma padrão do sinal de regulamentação é a circular, e as cores são vermelha, preta e branca. (Conforme manual de Regulamentação)
11.7 Sinalização de Advertência
Tem por finalidade alertar aos usuários as condições potencialmente perigosas, obstáculos ou restrições existentes na via ou adjacentes a ela, indicando a natureza dessas situações. Deve ser utilizada sempre que o perigo não se evidencie por si só.
Essa sinalização exige geralmente uma redução de velocidade com o objetivo de propiciar maior segurança de trânsito. A sinalização de advertência compõe-se de:
- Sinais de advertência;
- Sinalização especial de advertência;
- Informações complementares aos sinais de advertência.
Formas e Cores:
A forma padrão dos sinais de advertência é quadrada, devendo uma das diagonais ficar na posição vertical. À sinalização de advertência estão associadas às cores amarela e preta. (Conforme manual de Regulamentação)
11.8 Sinalização de Indicação
Tem por finalidade identificar as vias e os locais de interesse, bem como orientar condutores de veículos quanto aos percursos, os destinos, as distâncias e os serviços auxiliares, podendo também ter como função a educação do usuário.
Revisão G1 – Engenharia de Tráfego
Sinalização de Trânsito:
- Características Fundamentais da Sinalização de Trânsito:
Legalidade: obedecer às normas estabelecidas por Leis, Resoluções e pelo Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito;
Padronização: de caracteres gráficos, cores, dimensões e elementos de sinalização;
Clara; Suficiente, Precisa e Confiável: que não haja acúmulo de informação no mesmo local, desviando a atenção do motorista.
Visível: mesmo sob condições adversas impostas pelas intempéries e visível com a necessária antecedência sobre o obstáculo que se quer evitar ou sobre a alternativa de trajeto que se quer escolher;
Segura: que não seja agressiva, isto é, que não cause o acidente caso o veículo se choque com ela;
- Conservação e Manutenção: feita regularmente, pelo órgão responsável.
Sinalização Vertical:
Utiliza-se de sinais apostos sobre placas fixadas na posição vertical, ao lado ou suspensas sobre a pista, transmitindo mensagens mediante símbolos e/ou legendas pré-estabelecidas e legalmente instituídas. A sinalização vertical é classificada segundo sua função, que pode ser de:
Regulamentar as obrigações, limitações, proibições ou restrições que governam o uso da via;
Advertir os condutores sobre condições com potencial risco existentes na via ou nas suas proximidades, tais como escolas e passagens de pedestres;
- Indicar direções, localizações, pontos de interesse turístico ou de serviços e transmitir mensagens educativas, dentre outras, de maneira a ajudar o condutor em seu deslocamento.
Sinalização de Regulamentação:
Transmitir aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias urbanas e rurais. Com mensagens imperativas e o desrespeito a elas constitui infração.
Formas e Cores: circular, e as cores são vermelha, preta e branca. (Conforme manual de Regulamentação).
Sinalização de Advertência:
Alertar aos usuários as condições potencialmente perigosas, obstáculos ou restrições existentes na via ou adjacentes a ela, indicando a natureza dessas situações. Deve ser utilizada sempre que o perigo não se evidencie por si só. Essa sinalização exige geralmente uma redução de velocidade. A sinalização de advertência compõe-se de:
- Sinais de advertência;
- Sinalização especial de advertência;
- Informações complementares aos sinais de advertência.
- Formas e Cores: quadrada, devendo uma das diagonais ficar na posição vertical, e as cores são amarela e preta. (Conforme manual de Regulamentação)
Sinalização Horizontal:
Composta de marcas, símbolos e legendas, apostos sobre o pavimento da pista, possibilitando sua percepção e entendimento, sem desviar a atenção do leito da via.
Importância da Sinalização Horizontal:
- Permite o melhor aproveitamento do espaço viário disponível, maximizando seu uso;
- Aumenta a segurança em condições adversas tais como: neblina, chuva e noite;
- Contribui para a redução de acidentes;
- Transmite mensagens aos condutores e pedestres.
Limitações:
- Durabilidade reduzida, quando sujeita ao tráfego intenso;
- Visibilidade deficiente, quando sob neblina, pavimento molhado, sujeira, ou quando houver tráfego intenso.
Padrão de Formas:
- Contínua: corresponde às linhas sem interrupção, aplicadas em trecho específico de pista;
- Tracejada ou Seccionada: corresponde às linhas interrompidas, aplicadas em cadência, utilizando espaçamentos com extensão igual ou maior que o traço;
- Setas, Símbolos e Legendas: correspondem às informações representadas em forma de desenho ou inscritas, aplicadas no pavimento.
Padrão de Cores:
- Amarela: Separar movimentos veiculares de fluxos opostos; Regulamentar ultrapassagem e deslocamento lateral; Delimitar espaços proibidos para estacionamento e/ou parada; Demarcar obstáculos transversais à pista (lombada).
- Branca: Separar movimentos veiculares de mesmo sentido; Delimitar áreas de circulação; Delimitar trechos de pistas, destinados ao estacionamento regulamentado de veículos especiais; Regulamentar faixas de travessias de pedestres; Regulamentar linha de transposição e ultrapassagem; Demarcar linha de retenção e linha de “Dê a preferência”; Inscrever setas, símbolos e legendas.
- Vermelha: Demarcar ciclovias ou ciclofaixas; Inscrever símbolo (cruz).
- Azul: Inscrever símbolo em áreas especiais de estacionamento ou de parada para pessoas portadoras de deficiência física.
- Preta: contraste entre a marca viária/inscrição e o pavimento, (utilizada principalmente em pavimento de concreto) não constituindo propriamente uma cor de sinalização.
Materiais:
Definido de acordo com a natureza do projeto (provisório ou permanente), volume e classificação do tráfego (VDM), qualidade e vida útil do pavimento, frequência de manutenção, dentre outros.
- Podem ser utilizadas tintas, massas plásticas de dois componentes, massas termoplásticas, plásticos aplicáveis a frio, películas pré-fabricadas, dentre outros.
- Para proporcionar melhor visibilidade noturna a sinalização horizontal deve ser sempre retrorefletiva.
Classificação:
- Marcas Longitudinais – separam e ordenam as correntes de tráfego;
- Marcas Transversais – ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e disciplinam os deslocamentos de pedestres;
- Marcas de Canalização – orientam os fluxos de tráfego em uma via;
- Marcas de Delimitação e Controle de Parada e/ou Estacionamento – delimitam e propiciam o controle das áreas onde é proibido ou regulamentado o estacionamento e/ou a parada de veículos na via;
- Inscrições no Pavimento – melhoram a percepção do condutor quanto às características de utilização da via.
Planejamento do Transporte Viário:
- Estuda as características das viagens urbanas, inclusive transporte público;
- Condução dos principais estudos de transportes;
- Técnicas usadas para a compreensão dos planos de transporte.
Tempo de Viagem:
Tempo que cada veículo leva individualmente para percorrer um comprimento de rodovia.
Quantidade e Tipo de Veículos:
Os veículos são fabricados para diferentes usos, diferenciados por peso, dimensão, manobrabilidade e são condicionados ao traçado e à resistência das vias.
- Tipos: Automóveis, caminhões, ônibus e motos.
Origem x Destino (Ônibus):
O estudo de origem-destino estabelece a medida do modelo de movimentação de pessoas e mercadorias de uma área em particular de interesse. A área de interesse pode ser dividida em áreas internas de análise, sendo que as viagens podem ser marcadas por zonas de origem ou zona de destino. Um “córdon line” (linha de contorno), representando o contorno da área pode ser estabelecido. A pesquisa é utilizada para fins de planejamento, particularmente na localização, projeto e programação de novas e melhores vias, transporte público e estacionamento. Para isso é necessário saber:
- ONDE: as pessoas e mercadorias iniciam e terminam suas viagens, independentemente do itinerário atual.
- COMO: são transportadas: automóvel, transporte coletivo, caminhão, etc.
- QUANDO: elas viajam: horário, duração, etc.
- PORQUE: elas viajam: trabalho, recreação, compras.
- ONDE: elas estacionam.
Tópicos Adicionais (Notas da Professora):
- Manual de Trânsito: Falar sobre?
- Tipo e Quantidade de População Usuária do Transporte: Aqui, acredito que está ligado ao que é necessário saber para fazer o estudo “Origem x Destino”, que está ali em cima.
- Infraestrutura do Município: Não entendi se é no geral, ou se ela está se referindo a Beltrão.
- Velocidade (Ônibus): Acredito que seja algo ligado às experiências de cidades onde há pistas exclusivas para ônibus (como Curitiba, já que falou bastante sobre isso nas aulas).