Entenda as Enterobactérias: Tipos, Doenças e Mais
Classificado em Biologia
Escrito em em português com um tamanho de 4,69 KB.
BGN: Enterobactérias (intestino, solo, alimento), Vibrio, BGN não fermentadores (não fermentam glicose); oxidase +
Enterobactérias: Bastonetes Gram-negativos. São imóveis ou se movimentam através de flagelos peritríquios e são não esporulados. Aeróbias ou anaeróbias (anaeróbios facultativos). Fermentam glicose, reduzem nitrato, oxidase-negativas. Algumas espécies fermentam a lactose, enquanto outras não. A ausência de atividade de citocromo oxidase é uma característica importante e é utilizada para distinguir as enterobactérias de muitos outros bastonetes Gram-negativos fermentadores e não-fermentadores. Mais de 70% das infecções do trato urinário.
Classificação Sorológica: Polissacarídeos somáticos O do LPS; antígenos capsulares K (polissacarídeos específicos para cada tipo); proteínas flagelares H.
Intestinais: Enteropatógenos clássicos (diarreias): E. coli diarreiogênica (EPEC, ETEC, EHEC, EAEC); Salmonella; Shigella; Yersinia enterocolitica.
Extraintestinais: Localizadas (vias urinárias, pulmões, SCN, feridas); Sistêmicas: Bacteremias; E. coli; Klebsiella; Serratia; Enterobacter; Citrobacter.
Diarreia: O aumento do número de evacuações, normalmente (mas nem sempre) acompanhadas por fezes amolecidas (pastosas ou líquidas).
Disenteria: É uma doença inflamatória intestinal que provoca diarreia, mas sempre acompanhada por muco e sangue. Pessoas com disenteria, em geral, apresentam febre, cólicas intestinais e diminuição do apetite.
E. coli enterotoxigênica (ETEC): Diarreia em crianças, febre. Não invade enterócito. Alimento ou água contaminada.
E. coli enteroinvasora (EIEC): Invade enterócito, causando febre, inflamação e disenteria.
E. coli enteropatogênica (EPEC): Crianças menores de 2 anos, diarreia, forma pedestais.
E. coli enterohemorrágica (EHEC): Diarreia simples, podendo evoluir para um quadro grave e até morte (insuficiência renal e hemorragia). Produtora da citotoxina Stx (Shiga) - colite hemorrágica. Hamburgeres contaminados (carnes mal passadas).
E. coli enteroagregativa (EAEC): Causadoras de diarreia aquosa persistente (2 semanas), com desidratação. Formação de biofilme.
Meningite Neonatal: E. coli e S. agalactiae causam a maior parte das infecções do SNC em bebês com menos de 1 mês de vida.
Infecção do Trato Urinário (ITU): 90% E. coli. Origina-se no cólon, contamina a uretra, ascende para a bexiga e pode migrar para o rim ou a próstata. Virulentas devido à sua capacidade de produzir adesinas, que se ligam a células de revestimento da bexiga e do trato urinário superior.
Salmonella: Febre tifoide, sempre causada pela S. typhi; Febre entérica pela S. paratyphi (A, B e C); Salmoneloses, pelos demais sorotipos.
Febre tifoide: Só acomete o homem. Transmissão interpessoal e através da água e alimentos contaminados com material fecal humano. Os sintomas são muito graves e incluem septicemia, febre alta, diarreia e vômitos. A bactéria atinge os linfonodos mesentéricos e, a partir destes, se dissemina para outros órgãos, como fígado e baço, multiplicando-se. A vesícula biliar é o local de refúgio dos microrganismos (remoção da vesícula biliar pode ser a única solução para estado de portador).
Febre entérica: O agente etiológico é a Salmonella paratyphi A, B e C. Os sintomas clínicos são mais brandos que em relação à febre tifoide. Podendo evoluir para septicemia e, frequentemente, desenvolver um quadro de gastroenterite, febre e vômitos. O período de incubação é usualmente de 6 a 48 horas e a duração média da doença é de três semanas.
Salmoneloses: S. enteritidis. Quadro de infecção gastrointestinal, tendo como sintomas dores abdominais, diarreia, febre baixa e vômito, sendo raro os casos clínicos fatais. Os sintomas aparecem de 12 a 36 horas, podendo durar até 72 horas. Trata-se da manifestação mais comum de infecção por Salmonella e o episódio geralmente sofre resolução em dois a três dias. Alimentos incriminados são carne bovina, aves, suíno e ovos crus.