Entendendo a Pedofilia: Tipos, Consequências e Vitimologia
Classificado em Psicologia e Sociologia
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Pedófilo Molestante (são mais invasivos, menos discretos e geralmente consumam o ato sexual contra a criança). Pedófilo Abusivo (por atitudes mais sutis e discretas no abuso sexual, geralmente se utilizando de carícias, visto que em muitas situações a vítima não se vê violentada).
Molestador Situacional (pseudopedófilo): a criança não é especialmente o objeto central de sua fantasia, logo não pode ser diagnosticado como pedófobo, na acepção estrita do termo.
Molestador Situacional Inescrupuloso (moral ou sexual): abusa de quem está disponível para satisfazer suas necessidades sexuais e o fato de atacar crianças faz parte desse contexto, não sendo a sua prioridade.
Molestador Situacional Inadequado: não manifesta comportamento agressivo, isto é, não machuca a criança fisicamente, pois suas práticas sexuais envolvem abraçar, acariciar, lamber ou outros atos libidinosos que raramente incluem a relação sexual.
Molestador Situacional Regredido: por esse motivo, não ataca apenas crianças. Para satisfazer seus desejos sexuais, utiliza-se de qualquer grupo vulnerável, como idosos e deficientes físicos ou mentais.
Pedófilo Molestador Preferencial: a gratificação sexual só será alcançada se a vítima for uma criança.
O EEM integra a avaliação clínica; contém todas as observações do examinador e suas impressões sobre o indivíduo examinado no momento da entrevista.
Fatores que fortalecem o grau de confiabilidade do EEM:
* Habilidade de diálogo do entrevistador; * Conhecimento do entrevistador sobre o assunto; * Autoconhecimento do entrevistador (saber como estimular determinadas reações); * Comportamento do entrevistado diante do entrevistador. * Sintonia entre entrevistador e entrevistado.
Vitimização é um "processo complexo, pelo qual alguém se torna, ou é eleito a tornar-se, um objeto-alvo da violência por parte de outrem. Encontra reforço e estímulo no comportamento social de ocultação da vergonha’’.
Pedofilização: nos permite verificar a seguinte contradição: “as campanhas de proteção à infância e combate à violência e pornografia infantil estão lado a lado com imagens erotizadas das crianças, especialmente das meninas”.
Existe uma metodologia e esta consiste em:
* Dominar os procedimentos de entrevistas; * Estabelecer sintonia emocional com o entrevistado (empatia). Sem sintonia é muito difícil que venha a ser estabelecida uma via de comunicação confiável. É necessária uma “sintonia emocional”.
Quando existe esta sintonia é possível:
* Perceber e interpretar sinais do estado de tensão do indivíduo (visualiza a fala do corpo). * Identificar as informações relevantes para entender o percurso histórico dos acontecimentos. * Ajustar a linguagem, para torná-la compreensível pelo entrevistado (e também reagir imediatamente à refutações de evitação). * Identificar esquemas de pensamento do entrevistado. * Compreender a idade de desenvolvimento mental do entrevistado (que em via de regra, acompanha o posicionamento de seu corpo). * Possibilidade de conduzir o indivíduo pelo caminho da história real e não fantasiosa (corrigir desvios).
A sintonia emocional permite que a conversa se desenvolva quase que exclusivamente com o foco no problema. No entanto, o entrevistador precisa ter algumas cautelas, para que alguns excessos não promovam um desvio do objetivo da entrevista, e mesmo, termine por desenvolver uma antipatia do entrevistado.
* Sintonia emocional é acima de tudo, capacidade de perceber detalhes que aos olhos dos outros nada são!
Cuidados do Entrevistador:
* Cansaço Físico – promove o relaxamento involuntário e o desvio da conversa. * Mecanismos psicológicos de defesa – fuga para o não enfrentamento de algum sofrimento passado. * Pensamentos automáticos produzidos por desvios de gestos e outros.
A Vitimologia se preocupa principalmente com:
* Prevenção do Delito. * Desenvolvimento metodológico-instrumental para analisar os fatores que envolvem os delitos. * Formulação de Propostas de Criação e Reformulação de Políticas Sociais. * Desenvolvimento continuado do modelo de Justiça Penal.
Transtornos que podem ser causados à vítima:
Psicológicos: “ansiedade; estado depressivo; redução da autoestima, transtornos de sono e outros, sem mencionar os transtornos orgânicos decorrentes”.
Sociais: manifestação de comportamentos evitativos; rejeição pelos amigos e conhecidos.
Familiares: afastamento da criança, de outros filhos, do cônjuge; proibição legal de realizar visitas.
Problemas a Serem Enfrentados Após a Violência:
Como já bastasse o sofrimento intenso pela violência que sofre a vítima de violência sexual, após a ocorrência, novos e terríveis sofrimentos podem ser desencadeados (e normalmente o são).
Como as crianças passaram a serem vistas? “Inocentes, frágeis, imaturas, maleáveis, naturalmente boas, seres que constituem promessa de um futuro melhor para a humanidade”.
Como garantir esse espaço utópico (criança como salvação)? Criando mecanismos jurídicos para que o Estado seja o responsável para a proteção da mesma. O hipossuficiente precisa ser tutelado. É necessário reconhecer a “inocência, a ingenuidade, a pureza, a sensibilidade” a incapacidade de proteção da criança! Pode-se afirmar que a proteção à “criança” surge antes da proteção à mãe.
A questão da pedofilia não surge somente pela própria ação do pedófilo, mas por um conjunto de ações que contribuem para este fato lastimável sobre todos os aspectos.
A pedofilia não pode ser tratada somente como uma doença, mas sim, “como uma rede internacional que envolve o crime organizado, utilizando-se do tráfico de crianças”.
Consequências da Violência Sexual:
* Dificuldades de Adaptação Afetiva. * Dificuldade para Estabelecimento de Relacionamento Interpessoal. * Impedimento ao Exercício Saudável da Sexualidade.
A carência pode se apresentar de forma visível, mas logo vem a repulsa provocada pelo medo.
Pedofilia é transtorno psiquiátrico classificado entre os chamados transtornos da preferência sexual ou parafilias, caracterizado por fantasias, atividades, comportamentos ou práticas sexuais intensas e recorrentes envolvendo crianças ou adolescentes menores de 14 anos de idade. Isso significa que o portador de pedofilia é sexualmente atraído exclusivamente, ou quase exclusivamente, por crianças ou indivíduos púberes.
Nem todo molestador de crianças é pedófilo e, da mesma forma, nem todo portador de pedofilia é molestador de crianças. Por exemplo, alguns indivíduos que sexualmente abusam de crianças podem, oportunisticamente, selecionar menores para o ato sexual, simplesmente porque estes estão disponíveis em um determinado momento e determinada situação. De outro lado, o indivíduo com diagnóstico médico de pedofilia pode manifestar fantasias sexuais intensas e recorrentes envolvendo crianças e púberes, mas jamais concretizar as fantasias.
Fatores causais: Experiências de negligência e violência intrafamiliar, vivência de abuso sexual e carência de supervisão parental na infância têm sido associadas ao desenvolvimento de comportamentos sexualmente inadequados na vida adulta.