Epidemiologia e Vigilância em Saúde: Conceitos e Prevenção

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Morbidade em Epidemiologia: Definição e Indicadores

Em Epidemiologia, morbidade pode ser definida como o comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população. A morbidade é estudada segundo dois indicadores básicos:

  • Incidência

    É o número de casos novos de determinada doença surgidos no mesmo local e período. Denota a intensidade com que acontece uma doença em uma população. Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer.

    • Exemplo: É como um filme sobre o momento da doença, é DINÂMICO.
  • Prevalência

    É o número de casos existentes de determinada doença no local e período. Denota o acontecer e permanecer existindo em um momento considerado.

    • Exemplo: É como um retrato da doença na coletividade, é ESTÁTICO.

Vigilância em Saúde: Conceito e Importância

  • A Vigilância em Saúde é uma estratégia fundamental para garantir a qualidade de vida e a saúde da população.
  • A Vigilância em Saúde utiliza a informação para a tomada de decisões e para a elaboração de ações em saúde.

Vigilância Epidemiológica: Papel e Fundamentação Legal

A Vigilância Epidemiológica é central para o planejamento das ações de saúde, já que é a partir dela que conhecemos as principais causas do adoecimento e da mortalidade da população. É um importante instrumento para a elaboração de estratégias de enfrentamento dos agravos e riscos à saúde, conforme a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90).

  • Desta forma, a Vigilância Epidemiológica deve servir para orientar ações em saúde para o controle de doenças e agravos.
  • Para atingir esta finalidade, é importante a disponibilização de informações precisas e atualizadas sobre as principais doenças e agravos que acometem a população e as condições onde eles ocorrem.

Características e Funções da Vigilância Epidemiológica

  • A Vigilância Epidemiológica coleta estes dados em áreas geográficas ou em populações definidas.
  • Outra característica da Vigilância Epidemiológica é o fato de ela ocorrer continuamente, o que possibilita conhecer o comportamento do agravo ou doença e suas mudanças ao longo do tempo.

São funções da Vigilância Epidemiológica:

  • Coletar, processar, analisar e interpretar os dados;
  • Recomendar medidas e ações de controle, assim como avaliar a eficácia e efetividade delas;
  • Divulgar as informações pertinentes.

Dados do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica

Os dados e informações que alimentam o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica são:

  • Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos;
  • Dados de morbidade;
  • Dados de mortalidade;
  • Notificação de surtos e epidemias.

Vigilância Ambiental em Saúde

O processo saúde-doença sofre a influência de inúmeros fatores: a biologia humana, o estilo de vida das pessoas, a organização do sistema de saúde e o meio ambiente. Neste texto, vale destacar a importância do meio ambiente para a saúde e qualidade de vida das pessoas e, por isso, a relevância da Vigilância Ambiental.

Definição e Objetivos da Vigilância Ambiental

A Vigilância Ambiental refere-se à detecção de mudanças no meio ambiente que interferem na saúde dos seres humanos. A Vigilância Ambiental em Saúde estabeleceu alguns objetivos para a sua atuação:

  • Gerar informações para o planejamento e execução de ações referentes à promoção de saúde e prevenção de agravos relacionados ao meio ambiente;
  • Identificar os riscos e divulgar informações sobre os fatores ambientais que possam interferir na saúde da população;
  • Intervir nas situações ambientais que tragam riscos à saúde humana;
  • Promover, através de ações intersetoriais, ações de proteção à saúde humana relacionadas ao controle e recuperação do meio ambiente;
  • Atuar na interação saúde-meio ambiente e desenvolvimento, focando na participação da população neste processo.

Vigilância Ambiental: Foco e Responsabilidades

A Vigilância Epidemiológica é um importante instrumento para a elaboração de estratégias de enfrentamento dos agravos e riscos à saúde. É a Vigilância Epidemiológica que nos fornece informações sobre o processo saúde-doença de uma população e de um território, permitindo, assim, o planejamento de ações de saúde.

Já a Vigilância Ambiental se propõe a conhecer e identificar os determinantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, assim como a implantação e avaliação de medidas preventivas em relação a estes determinantes. A Vigilância Ambiental tem a responsabilidade de avaliar a questão da qualidade da água, do ar, do solo, assim como a ocorrência de desastres ambientais, de contaminação por substâncias químicas e os ambientes de trabalho. Tanto a Vigilância Ambiental quanto a Epidemiológica atuam para garantir a saúde e a qualidade de vida da população.

Níveis de Prevenção em Saúde

Promoção da Saúde

Ações que visam melhorar as condições gerais de saúde e bem-estar:

  • Educação Sanitária;
  • Alimentação e Nutrição Adequadas;
  • Habitação Adequada;
  • Empregos e Salários Adequados;
  • Condições para Satisfação das Necessidades básicas do indivíduo.

Proteção Específica

(Medidas utilizadas para impedir o aparecimento de uma determinada afecção em particular, ou de um grupo de doenças afins)

  • Vacinação;
  • Exame Pré-Natal;
  • Quimioprofilaxia;
  • Fluoretação da água;
  • Eliminação de exposição a agentes carcinogênicos.

Diagnóstico e Tratamento Precoce

(Procedimento que visa identificar o processo patológico no seu início, antes mesmo do aparecimento dos sintomas)

  • Rastreamento;
  • Exame Periódico de Saúde;
  • Procura de Casos entre Contatos;
  • Autoexame;
  • Intervenções Médicas ou Cirúrgicas Precoces.

Limitação do Dano

(Identificação da doença, limitar a extensão das lesões e retardar o aparecimento de complicações, se não for possível evitá-las por completo. Reconhecimento mais tardio do agravo à saúde.)

  • Acesso facilitado a serviços de saúde;
  • Tratamento Médico ou Cirúrgico Adequados;
  • Hospitalização em função das necessidades.

Reabilitação

(Objetiva desenvolver o potencial residual do organismo, após haver sido afetado pela doença, contribuindo para que o indivíduo leve uma vida útil e produtiva.)

  • Terapia Ocupacional;
  • Treinamento do deficiente;
  • Melhores Condições de Trabalho para o deficiente;
  • Educação do público para aceitação do deficiente;
  • Próteses e órteses.

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