Esclerose Múltipla: Conceito, Causas, Tipos, Sintomas e Tratamento

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Conceito de Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica, desmielinizante e degenerativa do sistema nervoso central. Ela interfere na capacidade de controlar a visão, a locomoção, a bexiga, o intestino e o equilíbrio. Ocorre porque as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. Compromete principalmente a bainha de mielina, e quando esse revestimento é danificado, os impulsos nervosos diminuem ou são interrompidos.

Etiologia da Esclerose Múltipla

  • Predisposição genética: com alguns genes já identificados que regulam o sistema imunológico.
  • Fatores ambientais:
    • Exposição prolongada ao sol e consequentes níveis baixos de vitamina D.
    • Exposição ao tabagismo.
    • Obesidade, principalmente na fase da adolescência.
    • Infecções virais (vírus Epstein Barr).
    • Contato com solventes orgânicos.

Fatores de Risco para Esclerose Múltipla

  • Idade.
  • Gênero.
  • Histórico familiar.
  • Etnia.
  • Regiões geográficas.
  • Outras doenças autoimunes.

Tipos de Esclerose Múltipla

Esclerose Múltipla Recorrente Remissiva (EMRR)

Caracterizada por manifestações clínicas de surtos, remissões ou exacerbações, seguidos por períodos de remissão com recuperação completa ou quase completa.

Esclerose Múltipla Secundariamente Progressiva (EMSP)

Resulta da evolução da forma anterior (Surto/Remissão), por isso é chamada secundariamente progressiva. Nesta fase, os surtos continuam, mas a recuperação torna-se incompleta.

Esclerose Múltipla Primariamente Progressiva (EMPP)

Os doentes cuja incapacidade se agrava continuamente, sem surtos, remissão ou recuperação, sofrem de Esclerose Múltipla primariamente progressiva.

Características Clínicas da Esclerose Múltipla

Lesões no Cérebro

  • Visão dupla.
  • Falta de força e de sensibilidade nos membros.
  • Falta de controle de movimentos finos das mãos.
  • Desequilíbrio.
  • Alterações na memória.
  • Fadiga.

Lesões na Medula Espinhal

  • Espasticidade.
  • Entorpecimento e fraqueza dos membros.
  • Rigidez e sensação de membros pesados, dormência, dores, comichão.
  • Dificuldades de locomoção.
  • Perturbações da bexiga.

Diagnóstico da Esclerose Múltipla

  • Observação dos sinais clínicos.
  • Ressonância Magnética (RM) do cérebro e medula.
  • Exame do Líquido Cefalorraquidiano (LCR) por punção lombar.

Tratamento da Esclerose Múltipla

Os tratamentos medicamentosos disponíveis para EM buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos, contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidade durante a vida do paciente. Os tratamentos utilizados são:

  • Relaxantes Musculares.
  • Imunossupressores.
  • Imunomoduladores.
  • Quimioterapia.
  • Vitamina D.
  • Transplante de células-tronco.
  • Neurorreabilitação.
  • Psicologia, neuropsicologia, fisioterapia, neurovisão e terapia ocupacional.
  • Terapias de apoio e complementares.

Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem

Diagnóstico: Mobilidade Física Prejudicada

Caracterizado por redução nas habilidades motoras, relacionada à força muscular diminuída.

Intervenção de Enfermagem

Ajudar o paciente a elaborar um protocolo de exercícios para força, resistência e flexibilidade.

Diagnóstico: Fadiga

Relacionada ao processo patológico e ao estresse de adaptação.

Intervenção de Enfermagem

Deve-se explicar ao paciente que a fadiga é uma parte integrante da EM, sendo importante enfatizar a necessidade de evitá-la e também aos seus agravantes, como falta de repouso, calor ou exercícios em excesso. É crucial que o paciente pratique exercícios físicos com moderação, nunca forçando além dos seus limites, e que desenvolva uma vida saudável com dieta, repouso, exercícios, relaxamento e sono equilibrados.

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