O Espanhol na Web e as Instituições de Defesa da Língua

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Item 5: O espanhol na web. Novas tecnologias e as instituições a serviço da linguagem.

O espanhol é falado por mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. É rico em sua diversidade: geográfica, social e de uso. A coesão é essencial para garantir a sobrevivência por meio da expansão geográfica, literária e do desenvolvimento cultural. O desejo de manter a coesão entre os falantes é reforçado pelo trabalho de certas instituições, como as Academias de Língua e o Instituto Cervantes. As Academias cuidam do patrimônio linguístico e literário da nossa língua, e o Instituto Cervantes a difunde entre falantes não nativos. A diversidade é influenciada por vários fatores, como os meios de comunicação, a Internet e o afluxo maciço de anglicismos.

Os meios de comunicação de massa (mass media) são muito importantes para a capacidade de espalhar notícias e mensagens. Antes, eram impressos, rádio e TV, mas agora também temos a Internet. Atualmente, a comunicação através da Internet evoluiu muito, desempenhando um papel importante na distribuição de jornais. Isto levou a outras mudanças no uso da linguagem, afetando todos os níveis estruturais. O uso da Internet em espanhol para se comunicar é caracterizado por um alto grau de linguagem oral e informal. Usamos estruturas elípticas: redução de vogais, advérbios, conjunções e outros componentes circunstanciais, usando um estilo mais coloquial. No entanto, os e-mails geralmente respeitam muitos dos aspectos estilísticos de uma carta. A situação se torna mais radical se falamos de uma mídia virtual direta e imediata, como o chat. A netiqueta (regras de comportamento na rede) considera de mau gosto corrigir a ortografia dos outros e, para tornar a conversa mais real, usamos gráficos para tornar a escrita visível e audível: onomatopeias, repetição de letras e emoticons.

Marcos Marín diz que é interessante ver se o uso do espanhol está aumentando ou diminuindo ao longo dos anos. O que pode ser notado é que a Internet mantém seu caráter de língua internacional.

A Internet tem substituído a televisão como lazer dos adolescentes, e a escola é o espaço que ela ocupa. No mundo dos negócios, seu papel de apoio linguístico ao texto cresce.

Uma rápida análise da linguagem utilizada na internet de forma espontânea:

  • Falta do "Ñ" em teclados de computador, principalmente em inglês, por algum tempo.
  • Utilização de estruturas sintáticas e construções do inglês, além do uso de palavras estrangeiras.
  • Presença de alguns vícios que a linguagem jornalística não possui.
  • Outro problema é que as páginas são escritas por pessoas de diversos níveis culturais e com um conhecimento de sua língua, às vezes, muito pobre, o que resulta em textos com erros ortográficos e de sintaxe.

Como mencionado anteriormente, o nosso objetivo é que o espanhol seja a língua de comunicação entre os usuários especialistas em internet nos países latino-americanos. O lado positivo é que tem gerado um intenso esforço em prol da nossa língua e sua unidade em diferentes países latino-americanos.

Agências de defesa do espanhol:

1. Real Academia Espanhola (RAE):

Fundada em 1713 pelo Marquês de Villena, seu objetivo era combater o que alterava a elegância e a pureza da linguagem, e fixá-la no estado de plenitude do século XVI. Seu lema é "Limpa, fixa e dá esplendor". A instituição tem adaptado suas funções ao longo do tempo e se coordena com as academias de língua espalhadas por todo o mundo: espanhola, colombiana, peruana, equatoriana, etc. O primeiro congresso realizado com a participação delas foi em 1951, no México.

Esta instituição tem uma série de serviços de consultoria online em seu próprio site, onde se pode consultar o "Dicionário da Real Academia" e tirar dúvidas que possam surgir sobre o uso de certas palavras e construções sintáticas. A partir daqui, também se pode acessar o corpus textual que serve como fonte documental para o desenvolvimento dos próprios dicionários acadêmicos. É dividido em duas seções: o Corpus de Referência do Espanhol Atual (CREA) e o Corpus Diacrônico do Espanhol (CORDE). O primeiro inclui textos em espanhol dos últimos 25 anos, tanto literários quanto jornalísticos. O CORDE contém uma coleção igualmente vasta de textos, desde as origens da nossa língua até meados dos anos 70. A Academia Americana tem apoiado os esforços da RAE, contribuindo para a promoção e difusão da língua espanhola nos EUA, com publicações, conferências e eventos.

2. Instituto Cervantes:

Instituição pública criada pela Espanha em 1991 para a promoção e o ensino da língua espanhola e a difusão da cultura espanhola e latino-americana. Seus centros estão localizados em quatro continentes: Nova Iorque, Tóquio, Índia, etc. Seu trabalho consiste em estender sua prolífica obra de ensino e promoção da língua espanhola em todo o mundo, com reuniões, conferências, eventos culturais, etc. Um papel fundamental é realizado pelo Centro Virtual Cervantes.

3. Outras agências:

Por mais de 20 anos, a Agência EFE tem dado suas contribuições como um meio "para defender o espanhol". Em sua página, encontramos um repertório de comentários linguísticos e esclarecimentos sobre neologismos, traduções, barbarismos, abreviaturas, mau uso, etc. Também temos um extenso trabalho, como a revista nova-iorquina "Notas", dedicada a resolver problemas de tradução. Há também autores de sites individuais que contribuem significativamente nesta campanha em defesa do espanhol.

Conclusão:

É preciso entender as dificuldades encontradas pelo espanhol para oferecer aos usuários uma presença digna da língua na rede e reconhecer os esforços das instituições públicas e privadas para oferecer uma frente homogênea do espanhol diante de uma máquina que produz e difunde novos termos a cada dia no mundo inteiro.

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