Especiação: Tipos, Mecanismos e Divergência Populacional
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Especiação Parapátrica
Sem barreiras geográficas para o fluxo gênico. O fluxo gênico não é livre entre todos os indivíduos, formando uma zona de hibridação. Há acúmulo de mutações diferentes e variações na frequência de acasalamento.
Exemplo: Erva Anthoxanthum
- Sofreu especiação parapátrica em áreas contaminadas por minas.
- Houve pressão seletiva para tolerância a metais.
- Tornaram-se plantas autopolinizadas.
Especiação Peripátrica
Compartilha mecanismos com a especiação parapátrica. Caracteriza-se pela ação de efeito fundador e efeito gargalo. Uma pequena população destaca-se da população original.
Especiação Simpátrica
Não ocorre isolamento geográfico, mas sim isolamento reprodutivo.
- Um único indivíduo, ou os descendentes de um único acasalamento, tornam-se reprodutivamente isolados do conjunto gênico parental.
- São capazes de estabelecer uma população de uma nova espécie.
O mecanismo mais conhecido é a Poliploidia:
- 43% das dicotiledôneas e 58% das monocotiledôneas.
- 95% das pteridófitas.
- Animais poliploides: raros (ex: partenogênese).
- Pode ocorrer por incompatibilidade genética.
Além da Poliploidia: Outros Mecanismos de Especiação Simpátrica
Apenas por Poliploidização? O polimorfismo genético é muito comum em vegetais. É possível encontrar um polimorfismo associado à especialização de animais nos vários habitats onde são distribuídos. Normalmente favorecido pela competição por recursos limitados. Cruzamentos entre organismos diferentes podem ocorrer preferencialmente.
- Baixo nível de fluxo gênico.
Comum em insetos, anêmonas marinhas, peixes e mamíferos marinhos.
Divergência Entre Populações
A evolução de novas espécies ocorre em conjunto com a evolução de barreiras para a troca de genes entre as populações.
- As barreiras não evoluem para impedir a reprodução entre espécies diferentes.
- Parecem surgir como um efeito colateral da evolução, independentemente dos genes que promovem a diferenciação adaptativa.
Interação gênica, genes ligados, pleiotropia e mutações que evoluem em cada população de maneira isolada podem, ao longo do tempo, fazer com que os híbridos tenham um baixo vigor ou mesmo se tornem inviáveis.
O PROCESSO DE ESPECIAÇÃO NÃO É ADAPTATIVO.
Pode ocorrer devido à variação geográfica.
- Longos trechos de ambientes nunca são completamente homogêneos.
A diversidade de espécies é normalmente muito maior em regiões montanhosas, sistemas de rios isolados ou em ilhas. Se a seleção favorece alelos diferentes em duas populações adjacentes, poderá haver a formação de uma clina ou graduação.
Exemplo: Achillea lanulosa (Compositae) é uma planta que cresce ao longo do Estado da Califórnia. Sua altura varia de acordo com a região onde crescem.
Hoplias malabaricus (traíra)
- Apresenta 7 citótipos diferentes.
- Citótipos encontrados em regiões diferentes.
Contato Secundário
A resposta fenotípica dos organismos a fatores evolutivos (seleção, mutação, etc.) pode resultar em divergências entre populações de uma mesma espécie.
- Associadas a condições ecologicamente específicas, resultando em adaptações peculiares.
- Valores adaptativos podem variar entre as populações.
- Diferenças vão se acumulando ao longo do tempo.
- Cada população passa a se comportar como uma entidade distinta.
Populações Isoladas Geograficamente
- Podem permanecer inalteradas por um período indeterminado.
- Quanto mais tempo, maior a ação de fatores evolutivos, levando a níveis mais elevados de divergência genética.
- Se a barreira é consistente, as populações nunca mais se encontram.
- Com o desaparecimento da barreira, ocorre o contato secundário.
Formação de híbridos: raças distintas, e não populações.