Esquemas Precoces Mal-Adaptativos: Características e Influências

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Esquemas Precoces Mal-Adaptativos


Young (1990, 1994) defende que as estruturas cognitivas correspondem a temas extremamente estáveis e duradouros, que se desenvolvem durante a infância e são elaborados através da vida do indivíduo, influenciando o processamento da experiência mais tardia e interferindo na sua capacidade para satisfazer necessidades básicas como a estabilidade, autonomia, desejabilidade e expressão própria (Young, 2002).


Este autor enuncia seis características definidoras dos esquemas precoces mal-adaptativos:


  1. A maior parte dos esquemas precoces mal-adaptativos são crenças incondicionais acerca do sujeito em relação ao mundo; tratam-se de verdades apriorísticas implícitas que são tomadas como certezas absolutas;
  2. Estes esquemas são auto-perpetuadores e, por isso, muito mais resistentes à mudança. Quando confrontados, o sujeito distorce a informação apresentada de modo a manter a validade do esquema;
  3. Um esquema precoce mal-adaptativo deve ser, por inerência, significativamente disfuncional e interferente na vida do sujeito;
  4. Os esquemas precoces mal-adaptativos são geralmente ativados por estímulos do ambiente relacionados com o seu conteúdo;
  5. Quando ativados, estes esquemas despoletam níveis de ativação emocional mais elevados do que os associados às assunções compensatórias correspondentes;
  6. Os esquemas precoces mal-adaptativos parecem resultar de padrões relacionais disfuncionais com os pais, parentes e pares durante os primeiros anos de vida de um indivíduo.

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