Estágio Sensório-Motor: Desenvolvimento Cognitivo Infantil

Classificado em Psicologia e Sociologia

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O Estágio Sensório-Motor, também conhecido como “inteligência prática” ou pré-verbal (0-2 anos), caracteriza-se pelo desenvolvimento dos esquemas de ação, as primeiras formas de organização cognitiva.

No Início (Nível Neonatal)

  • Existência de movimentos motores “grosseiros” (descoordenados, sem coordenação e sem objetivo).
  • Total indiferenciação entre o eu e o outro.
  • Reflexos inatos (como sucção e preensão):
    • São reações automáticas desencadeadas por certos estímulos.
    • Possibilitam ao bebê lidar com o ambiente.
    • É através deles que elementos do meio ambiente (chupeta, mamadeira, seio materno, patinho de borracha, etc.) são assimilados pela criança.
  • A assimilação provoca uma transformação dos reflexos, que gradativamente se diferenciam e se tornam mais complexos e flexíveis.
  • Esse processo dá origem aos esquemas de ação, que se referem ao que é generalizável em uma ação, permitindo reconhecê-la e diferenciá-la de outras, independentemente do objeto a que se aplica.

É por meio dos esquemas de ação que a criança começa a conhecer a realidade, assimilando-a e atribuindo-lhe significações.

Exemplo: Quando a criança pega a mamadeira, ela a relaciona ao seu esquema de “pegar” e atribui-lhe o sentido de objeto “que se pega”. A criança também aplica à mamadeira o esquema de “sugar”. Essas assimilações provocam transformações nos esquemas de “pegar” e “sugar”, à medida que são acomodados ao objeto mamadeira. Os esquemas de “pegar” e “sugar” acabam, então, por se coordenar. Mediante sucessivas assimilações e acomodações, o bebê vai conhecendo os objetos de seu mundo imediato. Esse desenvolvimento contínuo dos esquemas ocorre no sentido de uma adaptação cada vez mais complexa e diferenciada à realidade.

No Final

  • Organização perceptiva e motora dos fenômenos do meio.
  • Diferenciação entre o eu e o mundo (no plano das ações físicas).
  • Desenvolvimento da noção de permanência do objeto.
  • Noções “primitivas” de tempo, espaço e causalidade.
  • Formação das primeiras imagens mentais dos objetos ausentes do meio imediato, que irão possibilitar o desenvolvimento da função simbólica e a constituição de um novo plano: o plano representativo (comum aos diferentes sistemas de representação: jogo, imitação, imagens interiores, simbolização).

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