Estalinismo: Coletivização, Planificação e Repressão

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Estalinismo

Lenine faleceu em janeiro de 1924 e Estaline, secretário-geral do partido desde 1922, acabou por levar a melhor. Desde 1928 até 1953, Estaline foi o chefe incontestado da União Soviética. Empenhou-se na construção da sociedade socialista e na transformação da Rússia numa potência mundial. Conseguiu-o através da coletivização dos campos, da planificação económica e do totalitarismo repressivo do Estado.

Coletivização dos Campos e Planificação Económica

A coletivização rural era imprescindível para o avanço da indústria, uma vez que libertava mão de obra para as fábricas e fornecia alimentação aos operários. As novas quintas coletivas chamavam-se Kolkhozes. Eram antigas aldeias e as famílias camponesas deviam entregar as suas terras e instrumentos à coletividade. Uma parte da produção ficava para o Estado e a restante era distribuída pelos camponeses.

O primeiro plano quinquenal ocorreu entre 1928 e 1932 e visou incrementar a indústria pesada, elevando ao quase desaparecimento do setor privado da indústria soviética. Um conjunto de medidas coercivas (caderneta de trabalho obrigatória, despedimento sem aviso) contribuiu para fixar os operários e aumentar a produtividade.

O segundo plano quinquenal decorreu entre 1933 e 1937 e incidiu no setor da indústria e no setor do consumo (vestuário e calçado), gerando bons resultados.

O terceiro plano quinquenal iniciou-se em 1938, e as suas prioridades foram a indústria pesada, hidroelétrica e química.

O Totalitarismo Repressivo do Estado

O Estado estalinista revelou-se omnipotente e totalitário. Todas as regiões foram submetidas a Moscovo. Os cidadãos viram-se privados das liberdades fundamentais. Toda a sociedade era vigiada, desde os jovens inscritos nos pioneiros e depois nas juventudes comunistas aos trabalhadores obrigatoriamente filiados nos sindicatos do Partido Comunista. Só o Partido Comunista monopolizava o poder político. Às eleições apenas podiam concorrer candidatos por ele propostos. O centralismo controlava os órgãos do Estado. A economia era também controlada pelo Estado através da coletivização e da planificação. A cultura foi obrigada a exaltar a grandeza do Estado soviético e a prestar culto ao seu chefe, Estaline. O Partido Comunista transformou-se num partido profundamente burocratizado e disciplinado. A ditadura do Partido Comunista aguentou-se à custa de uma repressão brutal levada a cabo pela NKVD, a polícia política. A partir de 1934, a URSS enveredou pela repressão crónica, caracterizada pelas purgas e pelos processos políticos. Até ao fim da década, cerca de dois milhões de pessoas sofreram a deportação para os campos de trabalho forçado e 700 mil foram executadas.

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