Estoicismo: Filosofia, Ética, Física e História
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Estoicismo: Filosofia e Divisões
A filosofia estoica é dividida em três partes:
- Física
- Lógica (que inclui a teoria do conhecimento)
- Ética
O mais interessante e original é a ética, mas não pode ser entendida sem a física.
A Física Estoica
A física estoica é baseada em Heráclito e oferece uma visão do mundo como uma unidade harmoniosa, regida pela necessidade inflexível da lei universal (determinismo). Eles são os criadores do conceito de "lei natural" e "Providence".
Filósofos estoicos acreditavam que a natureza era regida por um processo de repetição cíclica, uma sucessão necessária de indivíduos e eventos na cadeia causal. Eles negaram qualquer realidade dos universais. Essa sequência é responsável pelo Logos, ou Deus, entendido como uma espécie de "consciência cósmica". A natureza é, assim, a contrapartida da sociedade caótica e irracional das angústias humanas.
O Estoicismo também é materialista: há apenas matéria, que é passiva e ativa. A parte ativa também é material e é chamada de "Deus". Todo o universo é vivo e divino: panteísmo. Nada escapa à lei imanente que rege os acontecimentos, que estão estritamente determinados por uma cadeia causal inexorável. Este requisito que rege o cosmo é chamado de "Destino" ou "Providence".
O conhecimento da natureza e sua ordem é através dos sentidos. A razão é o resultado da concorrência entre a percepção e a memória. O conhecimento, portanto, é a descrição de relações causais entre fenômenos.
A Ética Estoica
Mas a principal coisa na escola estoica é a doutrina ética, que procura combinar a liberdade humana com a necessidade e a natureza inabalável do destino. A liberdade humana para os estoicos é que os seres humanos podem escolher a atitude com que assumem o inevitável.
Liberdade está no interior, no processo de pensamento, em vez de na ação.
O comportamento virtuoso pode ser alcançado desejando o que irá necessariamente ocorrer e vivendo de acordo com a natureza. Ou o que é o mesmo: viver de acordo com a razão que revela a ordem universal que rege a natureza. Ou ainda: fazer o dever, que nada mais é que o que a razão dita fazer.
Suas implicações éticas serão a liberação das paixões, que são irracionais, e a promoção das virtudes (prudência, fortaleza, justiça e temperança), que estão conectadas e não podem ser separadas, e que nos preservam das paixões e salvaguardam a independência dos Sábios.
O ideal estoico é a auto-suficiência ou independência para poder chegar à indiferença ou à ataraxia, que é principalmente a serenidade intelectual. Diante da paixão (pathos), o dever exige autocontrole (apatheia, impassibilidade).
Fases Históricas do Estoicismo
O estoicismo foi dividido em três fases:
- Estoicismo Antigo: Séculos IV a.C. - III a.C., com filósofos como Zenão de Cítio, Cleantes e Crisipo.
- Estoicismo Médio: Séculos III a.C. - I a.C., com Panécio e Posidônio.
- Estoicismo Imperial: Séculos I a.C. - III d.C., com Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio.