Estratégias e Desenvolvimento do Turismo em Portugal: Planos e Investimento

Classificado em Geografia

Escrito em em português com um tamanho de 16,36 KB

Políticas de Desenvolvimento Estratégico no Turismo

Programa Nacional de Desenvolvimento do Território (PNPOT)

Estabelece as grandes opções com relevância para a organização do território nacional. Constitui o quadro de referência estratégica nacional para os demais instrumentos do sistema de gestão territorial.

Relatório

Descreve o enquadramento do país no contexto ibérico, europeu e mundial. Procede à caracterização das condicionantes, problemas, tendências e cenários de desenvolvimento territorial de Portugal; Identifica os principais problemas para o ordenamento do território; procede ao diagnóstico de várias regiões.

Programa de Ação

Concretiza a estratégia de ordenamento, define as orientações gerais de um conjunto articulado de objetivos estratégicos, define as diretrizes para a coordenação da gestão territorial.

Programa Regional de Ordenamento do Território

São peças fundamentais para a coerência e eficácia do sistema de gestão territorial.

Considerações para a Região Centro

Os efeitos multiplicadores do rendimento e de emprego que tendem a alargar a influência da atividade turística devem ser tidos em conta; O esforço da capacidade empresarial no setor é fundamental, assim como assegurar a essa capacidade uma maior intervenção no desenho de estratégias de organização de oferta, de valorização e de captação de mercados.

Procura Turística

Motivações Gerais

  • Contacto com a natureza/espaço rural;
  • Busca de cultura/lazer;
  • Prática de desporto.

Fatores que Influenciam a Perceção da Procura

  • Atrações no destino;
  • Infraestruturas e serviços;
  • Acessibilidades.

Grandes Componentes da Oferta Turística

Serviços Turísticos

  • Agências de viagem;
  • Alojamento;
  • Transporte.

Recursos Naturais

  • Clima;
  • Qualidade do ar e água.

Infraestruturas

  • Redes de água;
  • Sistema viário.

Serviços de Apoio Diversos

  • Comércio;
  • Telecomunicações.

Recursos Culturais

  • Patrimoniais;
  • Costumes da população.

Conceito de Projeto

Processo que permite planear um conjunto de ações futuras. Implica um ponto de partida, um ponto de chegada e a forma como se parte da primeira e se chega ao último.

Características

  • Tem um objetivo identificável;
  • São realistas;
  • Têm uma duração limitada de tempo;
  • Podem ser objeto de avaliação.

Tendências Internacionais que Impactam o Turismo

  • Tecnologias de Informação e Comunicação como veículo condutor da Nova Economia;
  • Expansão das redes sociais;
  • Mais enfoque nas ofertas customizadas;
  • Economia partilhada;
  • Instabilidade nas economias emergentes;
  • Alterações climáticas e mais importância da sustentabilidade.

10 Desafios para uma Estratégia a 10 Anos

  • Pessoas;
  • Coesão;
  • Crescimento em valor;
  • Turismo todo o ano;
  • Acessibilidades;
  • Procura;
  • Inovação;
  • Sustentabilidade;
  • Simplificação;
  • Investimento.

O Plano de Negócios: Foco e Componentes

  • Avaliação do potencial do mercado;
  • Identificação dos concorrentes;
  • Definição da quota de mercado;
  • Levantamento dos meios tecnológicos e análise SWOT do negócio e do seu modelo de exploração.

Ciclo de um Projeto de Investimento

  1. Definição de metas, objetivos, contexto e público-alvo;
  2. Conteúdo do projeto;
  3. Onde e quando;
  4. Financiamento;
  5. Parceiros;
  6. Meios para ação;
  7. Comunicação;
  8. Avaliação e acompanhamento.

Elementos Chave da Visão Holística do Turismo

  • O turismo é uma área multidisciplinar;
  • O turismo é gerado por Procura e Oferta;
  • O turismo inclui dimensões geográficas, económicas, ambientais, sociais e políticas;
  • O turismo não é uma indústria: é caracterizado por uma grande diversidade de entidades e setores de negócio.

Turismo 2020 – Parte I: Ambições para 2020

Competir num Mercado Global

O desafio estratégico da atividade turística não é apenas eleger fatores diferenciadores, é também criar condições de mercado para que esses fatores possam evoluir e adaptar-se de modo a manter a sua relevância face à concorrência.

Tendências Demográficas e Socioculturais

  • Envelhecimento populacional;
  • Crescimento da classe média em economias emergentes;
  • Evolução e modificação dos gostos, necessidades e preferências.

Tendências Económicas

Crescimento do rendimento per capita nos países desenvolvidos.

Consequências para o Turismo

  • Short and city breaks mais frequentes ao longo do ano;
  • Procura dos produtos de bem-estar;
  • Procura de férias mais ativas e turismo de aventura;
  • Ambiente global mais competitivo;
  • Aparecimento e crescimento de novos mercados;
  • Dificuldade em fidelizar os visitantes;
  • Forte expansão do PIB a preços concorrentes.

Tendências Ambientais

  • Alterações climáticas;
  • Aumento das normas de regulamentação ambiental;
  • Adoção de boas práticas ambientais;
  • Alteração nos fluxos turísticos;
  • Aumento dos custos de manutenção.

Tendências Tecnológicas

  • Crescente importância da internet como canal de comunicação;
  • Maior controlo exercido pelos turistas devido à capacidade de comparação;
  • Mais e melhor informação a nível global;
  • Preponderância crescente do marketing;
  • Uso das tecnologias em viagem;
  • Acréscimo da procura por ofertas criativas e interativas.

Tendências dos Transportes

  • Desenvolvimento de combustíveis e energias mais baratas;
  • Soluções de transporte mais sustentáveis;
  • Crescente crescimento de novas rotas aéreas;
  • Contínuo aparecimento de novos destinos;
  • Contínuo aparecimento de novos mercados de visitantes;
  • Mudança nos padrões de viagem.

Agilidade

  • Público aberto à mudança constante e imprevisível, para aceitá-la e adaptar-se a esta;
  • Setor privado liberto de constrangimentos desnecessários que o impeçam de fazer um movimento semelhante;
  • Monitorização permanente dos destinos concorrentes;
  • Crescer mais do que os principais concorrentes e ser mais competitivo do que eles;
  • Um propósito diferenciado: apostar no bem receber.

Uma Ambição para 2020

O ritmo de mudança irá acelerar não apenas pela evolução das tendências tecnológicas, cada vez surgem mais destinos concorrentes; mudanças a que o setor está sujeito são imprevisíveis; as atividades serão cada vez mais diversas e heterogéneas; o número de agentes económicos e outros com atividade ligada ao turismo será cada vez maior.

“Tornar Portugal no destino mais dinâmico e ágil da Europa”;

Dinamismo

  • Crescimento superior aos seus concorrentes;
  • Crescimento qualitativo e integrado de vários critérios de sustentabilidade;
  • Qualidade e sustentabilidade;
  • Crescimento dependente da mitigação dos desequilíbrios sazonais e regionais.

Análise SWOT (2015)

Forças

  • Porta de entrada para a Europa;
  • Rede qualificada de escolas de hotelaria;
  • Oferta qualificada.

Fraquezas

  • Localização periférica em relação a outros países;
  • Níveis de qualificação insuficientes;
  • Elevada taxa de sazonalidade.

Oportunidades

  • Crescimento acelerado do turismo à escala global;
  • Crescimento do turismo de natureza.

Ameaças

  • Mudança rápida da procura;
  • Aumento da pressão nas zonas costeiras.

A Visão Estratégica Turismo 2027

Afirmar o turismo como hub para o desenvolvimento económico, social e ambiental em todo o território, posicionando Portugal como um dos destinos turísticos mais competitivos e sustentáveis do mundo.

Cinco Eixos Estratégicos

1. Valorizar o Território

  • Permitir o usufruto do património histórico-cultural e preservar a sua autenticidade;
  • A regeneração urbana;
  • A melhoria económica do património natural e rural;
  • A afirmação do turismo na economia do mar;
  • A estruturação da oferta turística para melhor responder à procura.

2. Impulsionar a Economia

  • Competitividade das empresas;
  • Simplificação, desburocratização e redução dos custos de contexto;
  • Atração de investimentos;
  • Qualificação da oferta;
  • Economia circular;
  • Empreendedorismo e inovação.

3. Potenciar o Conhecimento

  • Valorização das profissões do turismo;
  • Formação dos recursos humanos;
  • Capacitação contínua dos empresários e gestores;
  • Difusão do conhecimento e informação;
  • Afirmação de Portugal como smart destination.

4. Gerar Redes e Conectividade

  • Reforço das rotas aéreas ao longo do ano;
  • Promoção do "turismo para todos";
  • Envolvimento da sociedade no processo de desenvolvimento turístico;
  • Trabalho em rede e a promoção conjunta entre os vários setores.

5. Projetar Portugal

  • Aumentando a notoriedade de Portugal nos mercados internacionais enquanto destino para viajar, visitar, investir, viver e estudar, e de grandes eventos;
  • Posicionar o turismo interno como fator de competitividade e de alavanca na economia nacional.

Turismo 2027 – Parte 2: Uma Ambição, 5 Princípios

  • Pessoa;
  • Liberdade;
  • Conhecimento;
  • Abertura;
  • Colaboração.

Turismo 2027 – Parte 3: Expressar a Ambição

A qualificação e sustentabilidade do destino são essenciais para a manutenção e reforço da atividade e notoriedade de Portugal:

  • O produto gastronomia e vinhos está sempre associado às motivações turísticas;
  • Houve um aumento da sazonalidade, principalmente na época alta;
  • Grande aumento do número de empresas de animação turística;
  • Espanha é o principal mercado emissor em Portugal, seguido da França, Reino Unido, Alemanha e Brasil;
  • O produto Sol e Mar continua a ser o principal segmento, ainda que os city breaks estejam a ganhar terreno, assim como o turismo de lazer.

Liderar o Turismo do Futuro

Portugal: Destino Sustentável

Onde o desenvolvimento turístico assenta na conservação e na valorização do património natural e cultural de um país.

Território Coeso

Em que a procura turística acontece em todo o território nacional de forma mais homogénea.

Destino Inovador e Competitivo

Que se posiciona no topo dos rankings internacionais.

Destino Onde o Trabalho é Valorizado

País que investe nas pessoas, nas suas qualificações.

Destino para Visitar, Investir, Viver e Estudar

País que capta turistas mas também investimentos.

Destino Inclusivo, Aberto e Ligado ao Mundo

Destino de Turismo para todos.

Hub Internacional Especializado para o Turismo

País de referência na produção de bens e serviços para a atividade turística.

Metas para o Turismo em Portugal (2017-2027)

Sustentabilidade

Económica

  • Dormidas em todo o território;
  • Receitas.

Social

  • Turismo todo o ano;
  • Qualificações;
  • Satisfação dos residentes.

Ambiental

  • Energia;
  • Água;
  • Resíduos.

Turismo Hoje (2016)

A capacidade do turismo gerar mais receitas e emprego é enorme. Alargar cada vez mais a atividade ao longo do ano e território.

Uma Década em Análise: Síntese

Fatores Positivos

  • Território e recursos turísticos mais qualificados;
  • Crescimento em vários setores da procura;
  • Oferta de alojamento mais qualificado;
  • Empreendedorismo criativo em crescimento;
  • Aumento da oferta de atividades turísticas.

Aspetos a Melhorar

  • Capitalização das empresas;
  • Sazonalidade;
  • Burocracia e custos de contexto;
  • Qualificação de recursos humanos;
  • Assimetrias regionais.

Contexto Interno vs. Contexto Externo

Contexto Interno

Potencialidades

  • Localização geográfica com hub internacional;
  • Clima ameno, luz solar e mar;
  • Hospitalidade.

Fragilidades

  • Quadro económico-financeiro frágil e empresas pouco capitalizadas;
  • Défice de informação sobre a oferta;
  • Baixo nível de rendimentos.

Contexto Externo

Ameaças

  • Aumento da pressão sobre destinos e recursos;
  • Alterações climáticas;
  • Crescimento económico incerto em alguns dos países emissores.

Oportunidades

  • Previsões de crescimento para o Turismo até 2030;
  • Procura crescente por hábitos saudáveis e produtos de saúde e bem-estar;
  • Crescimento da combinação férias/negócios.

Conceito de Investimento

Toda e qualquer ação de aplicação de recursos através da qual se espera atingir um determinado objetivo. Na perspetiva macro, trata-se de uma aplicação de recursos com vista ao aumento do capital produtivo de um determinado espaço geográfico em bens de investimento, equipamentos… Na perspetiva micro é a aplicação de recursos para a obtenção de benefícios futuros.

Termos Jurídicos

  • Aquisição de bens com vista a aumentar um determinado património.

Termos Financeiros

  • Aquisição de ativos financeiros com o objetivo de obter rendimentos.

Termos Económicos

  • Adquirem ativos produtivos, bens que têm como principal funcionalidade ajudar à produção de outros bens.

Quanto à Dependência

Independentes

  • Não está relacionado com outro.

Dependentes Exclusivos

  • A realização de um impede a realização de outro.

Dependentes Complementares

  • Um investimento implica a realização do outro.

Quanto à Distribuição Temporal de Receitas e Despesas

Convencionais

  • Numa fase, as despesas são superiores às receitas.

Não Convencionais

  • Os períodos com despesas superiores às receitas vão-se intercalando com aqueles em que se passa o inverso.

Quanto à Origem Territorial do Capital

Nacional

Estrangeiro Direto

  • Entidades estrangeiras criam uma nova empresa no país.

Estrangeiro Indireto

  • Entidades estrangeiras adquirem o capital de empresas nacionais já existentes.

Projetos de Investimento

Empreendedores

  • Os que desenvolvem a ideia de investimento.

Investidores

  • Entidades que colocam ao dispor os recursos e know-how necessários à concretização do projeto de investimento.

Fatores que Podem Condicionar o Sucesso do Projeto

Fatores Endógenos

  • São controláveis (ex: meios a alocar no projeto).

Fatores Exógenos

  • Não dependem dos intervenientes (ex: IRS/IRC).

Objetivos Comuns Associados ao Projeto de Investimento

  • Rendimento;
  • Compromissos;
  • Contingências;
  • Relações de investimento;
  • Reputação;
  • Oportunidades futuras;
  • Tecnologia e perícia.

Tarefas Chave na Análise de um Projeto de Investimento

  • Efeitos na rentabilidade de variações ao longo da implementação do projeto;
  • Definição das políticas e orientações para o projeto;
  • Análise de risco e sensibilidade a alterações das variáveis do projeto;
  • Análise do espaço temporal do investimento.

Entradas relacionadas: