Estrutura Social e Pobreza na História
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Relação de Reciprocidade e Estamentos
Na estrutura feudal, a relação de reciprocidade era clara: era obrigação dos camponeses (trabalho) proteger os senhores feudais, que em troca deixavam estes camponeses viver nas suas terras. Entre os proprietários de terra, havia uma obrigação de manter a segurança nas terras. Prevalecia a desigualdade entre os vários níveis sociais.
Utilizamos hoje o termo estamento para designar determinada categoria ou atividade profissional que tem regras muito precisas para que se ingresse nela ou para que o indivíduo se desenvolva, com um rígido código de honra e obediência. Exemplos: militares, médicos.
A Pobreza ao Longo da História
A pobreza é a condição mais visível de desigualdade em nosso cotidiano.
Pobreza na Idade Média
Na Idade Média, o pobre é um complemento do rico. A condição de nascença definia a pobreza e, positivamente, ela despertava a caridade e compaixão. Surgem situações compensatórias, como as expressões: “pobres em virtude” ou “ricos em espiritualidade”. Os ricos têm uma obrigação moral de ajudar os pobres.
Diferentes Compreensões da Pobreza
Temos várias compreensões de pobreza:
- A pobreza é uma desgraça causada pela guerra ou adversidades (doenças, deformidades físicas).
- No século XVI, a pobreza é ambígua: vista como pobreza de Cristo, mas também como perigo para a sociedade, sendo necessária disciplina e enquadramento. O Estado herda a função de cuidar dos pobres.
- Com o crescimento da produção e a crescente mão de obra, a pobreza é interpretada como preguiça e indolência dos que não querem trabalhar, visando submeter a todos à condição de trabalho industrial.
- No século XVIII, o liberalismo justifica a pobreza: as pessoas são responsáveis pelo seu destino e ninguém tem obrigação de ajudar o pobre.
- A partir das teorias econômicas de Malthus, dizia-se que toda assistência social aos pobres deve ser repudiada, pois teriam mais filhos, aumentando sua miséria. Recomendava-se a abstinência sexual e casamento tardio.
- No século XIX, difunde-se a ideia de que o trabalhador é perigoso: poderiam transmitir doenças e viviam em condições precárias de higiene, saúde e saneamento, podendo rebelar-se contra outras classes, questionando a riqueza e o poder.