ETA: A Luta Basca pela Independência e o Terrorismo
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O País Basco e a Luta pela Autodeterminação
A luta basca pela autodeterminação intensificou-se a partir do final do século XIX, arrastando-se pelo século XX e chegando ao século XXI. Entre as organizações envolvidas nesta luta, destaca-se o ETA - Euskadi ta Askatasuna (Pátria Basca e Liberdade).
Objetivos do ETA
O principal objetivo do ETA é a independência do País Basco e a incorporação, ao seu território, de todas as áreas onde se fala o "euskera" ou vasconço, tanto na Espanha quanto na França.
História e Atuação do ETA
O ETA (Euskadi ta Askatasuna) foi formado em 1959, pretendendo, inicialmente, defender a língua e as tradições culturais bascas. Na década de 1970, surgiu a facção armada que lutava pela autonomia territorial. A exemplo do IRA, na Irlanda do Norte, sua atuação passou a se caracterizar pelas ações terroristas. Embora a redemocratização espanhola tenha dado maior autonomia à região (que ganhou status de região autônoma em 1975), o ETA continuou atuante. Com quarenta anos de existência, o movimento já matou centenas de pessoas em sua busca pela independência.
Cessar-Fogo de 2006
O grupo separatista basco ETA declarou um cessar-fogo permanente a partir de 24 de março de 2006, anunciando o fim de quase quatro décadas de uma luta por independência que envolveu atentados a bomba e ataques com armas de fogo.
O Fim do Cessar-Fogo e a Ofensiva de 2009
Em julho de 2009, completaram-se 50 anos do nascimento da organização terrorista, e seus dirigentes demonstravam o desejo de comemorar a data com uma poderosa ofensiva. Embora às vezes consiga realizar o atentado pretendido, a verdade é que "os comandos caem antes de entrar em ação e os chefes militares duram meses em seus postos de comando", indicam fontes da luta antiterrorista, e o número de presos beira os 750.
"O ETA ainda pode nos causar muito dano, mas entrar agora no bando é comprar um bilhete que leva diretamente à prisão", costumava salientar o ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba. Questiona-se se o ETA poderia se ressentir definitivamente após o desmantelamento de sua chefia militar em quatro ocasiões desde novembro de 2008. Ou, pelo contrário, se sua sobrevivência estaria garantida quando 15% dos adolescentes bascos (entre 12 e 16 anos) justificam a violência, ou não a rejeitam.
Atentado em Burgos (Julho de 2009)
O grupo terrorista ETA voltou a cometer um atentado pelo método de carro-bomba. O lugar escolhido foi a casa-quartel da Guarda Civil em Burgos, onde se encontravam 114 pessoas, das quais 41 crianças. O volume da carga explosiva e o fato de que não houve aviso prévio indicam que os terroristas pretendiam cometer uma chacina. Por sorte, o balanço não contou vítimas mortais, embora tenha deixado cerca de 50 feridos, além de danos ao quartel e a alguns edifícios próximos.