Etapas da Biossíntese Viral, HIV e Epstein-Barr
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Etapas da Biossíntese Viral
- Absorção: Ligação de proteínas virais com proteínas de superfície celular
- Penetração: Transferência do genoma viral para dentro da célula
- Desnudamento
- Expressão gênica
- Replicação do genoma
- Morfogênese
- Egresso: Os vírus não envelopados ocorrem no citoplasma e dependem da lise da célula. Já os envelopados adquirem o envelope das membranas celulares
HIV
Ciclo Reprodutivo
Adsorção → Entrada → Desencapsidação Parcial → Transcrição Reversa → Integração → Transcrição e Processamento → Tradução → Tradução Env → Direcionamento → Brotamento
Patogênese
Estabelecimento de infecção no tecido linfoide → Viremia massiva → Disseminação para os órgãos linfoides → Estabelecimento de uma infecção Crônica Persistente → Ativação imune mediada por citocinas e transdução de sinal aberrante mediada pelas proteínas do envelope viral → Replicação viral acelerada → Rápido turnover de células T CD4+ → Destruição do Sistema Imune
Epstein-Barr
Expressão de Genes Virais de Latência
Os epissomas são replicados de forma semiconservativa na fase S do ciclo celular pela DNA polimerase celular, manutenção do estado imortalizado da célula infectada, latência pode ser interrompida por atividades celulares.
Expressão de Genes Virais na Infecção Lítica
Ativação da diferenciação das células B de memória em plasmócito, inicia o ciclo de replicação lítica do EBV, 3 classes de produtos gênicos virais, brotamento das partículas através da membrana nuclear e novo envelopamento das partículas na membrana citoplasmática.
Modelo de Infecção do Poliovírus
A infecção sistêmica do organismo, em geral, se dá pela corrente sanguínea, podendo também ocorrer por meio de barreiras físicas e imunológicas que falharam, por células polarizadas na mucosa, pela linfa, pela superfície do epitélio ou por nervos periféricos. Em se considerando a viremia, tem-se a disseminação pelo sangue. Nesse caso, a replicação vai acontecer em células endoteliais, até as quais o vírus chega por meio de capilares. O vírus terá acesso a todos os tecidos, já que está na corrente sanguínea (podendo se encontrar livre ou associado a leucócitos, plaquetas e eritrócitos). Em se tratando de viremia, tem-se que: viremia ativa consiste em replicação viral; viremia passiva consiste na ausência de replicação viral no sítio de entrada; viremia primária consiste em liberação de partículas virais após a sua replicação no sítio de entrada e viremia secundária consiste em uma grande concentração de partículas virais no sangue após a disseminação.
Estado Antiviral Induzido por Interferon
O estado antiviral da célula em contato com o interferon consiste em uma resposta contra patógenos. Para esse tipo de resposta, as citocinas mais específicas são o IFN-α e o INF-β. No início de uma infecção por patógenos, as células que iniciam a produção dessas citocinas acabam por morrer, já que somente serão induzidas a essa produção quando em contato com a partícula viral; as outras células (primings) receberão essas citocinas e serão estimuladas no sentido de produzir muito mais IFN, que vai agir na modulação desses primings, tornando-os não permissíveis à infecção. Esse processo age no sentido de atrasar um pouco a replicação dos vírus, permitindo que a resposta imune seja montada.
Vírus Respiratórios
Em se tratando de vírus respiratórios, temos dois grupos principais: o primeiro deles, dos vírus mais frequentes e mais graves, tem como constituintes o Influenza, o Parainfluenza, o Sincicial, o Metapneumovírus e o Adenovirus; o segundo grupo, dos menos frequentes e menos graves, tem como constituintes o Coronavirus, o Rinovirus, o Bocavirus, o Poliomavirus e o Mimivirus. Sobre o modo de infecção no trato respiratório superior e inferior, tem-se o seguinte: os vírus, em meio a aerossóis, penetram pelo trato respiratório superior, gerando gripes e resfriados; caso esses vírus repliquem-se no epitélio ciliado, a infecção pode seguir dois caminhos. No primeiro deles, acontece uma replicação nos gânglios linfáticos, o que acabará por causar viremia e a posterior infecção do trato respiratório inferior; no segundo ocorre a disseminação célula-célula, que pode causar sinusite, tonsilite, faringite e laringite, podendo inclusive chegar até trato respiratório inferior, como o primeiro caso. Em ambos os casos, pode-se ter casos de traqueíte, laringotraqueobronquite, pleurite, bronquite, bronquiolite e pneumonia.
Ciclo de Replicação do Vírus Influenza
O ciclo de replicação do Influenza se inicia por um choque ocasional do vírus presente na matriz extracelular com a célula. Esse choque causa uma adsorção por uma interação com relativa especificidade entre a hemaglutinina viral e o receptor do ác. Siálico na célula. Tal processo vai estimular uma endocitose. Dentro do endossoma, devido ao baixo pH, ocorre clivagem mediada por proteases celulares ou bacterianas na hemaglutinina, expondo o seu peptídeo de fusão, o que vai possibilitar a sua interação e posterior fusão (do endossoma com o envelope viral) com a membrana do endossoma, o que acaba por expulsar o capsídeo viral para o citoplasma. Para que a fusão ocorra, também é necessário que o pH esteja baixo no interior do vírus (processo mediado pela M2, por meio de bombeamento de íons), para que M1 seja deslocada do mesmo e a exposição do peptídeo de fusão realmente ocorra. O capsídeo viral entra no núcleo pelas importinas da célula através do poro nuclear. O RNA (-) origina, por meio do complexo polimerase (formado pelas proteínas PB1, PB2 e PA), o RNAm (+) – que vai formar proteínas anti-terminação (NP), que vão permitir a formação do (+) full – e o RNA (+) full, que será modelado para os outros RNA (-) que originarão os novos vírus. O RNA (-) formado se conjuga – no núcleo – com as proteínas formadas no citoplasma (RNA (-) + complexo polimerase + NP + M1 + NEP – transporta o vírus para fora do núcleo pelo poro nuclear). Esse complexo migra em direção à membrana da célula; M1 se une a membrana celular devido à presença de espículas virais (HA, NA – cliva o ác. Siálico para permitir que a infecção se espalhe ao longo dos tecidos – e M2), levando ao brotamento (membrana envolvendo M1 e o capsídeo), não lisando a célula. O Tamiflu (oseltamivir), que é um análogo do ác. Siálico, age sobre NA, se ligando a ele e impedindo que o mesmo infecte os tecidos, já que leva a formação de grandes massas virais, fazendo infecções restritas. A Amantadina (assim como a Rimantadina) age dobre M2, impedindo que a mesma bombeie íons para o interior do vírus, impedindo a exposição do peptídeo de fusão e não descolando M1 do vírus.