A Ética Cristã: Fundamentos e Contribuições de Agostinho e Tomás

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Nascimento da Ética Cristã

O Império Romano adotou o Cristianismo como religião oficial em seus domínios, o que impulsionou a formação de um pensamento filosófico em consonância com a nova religião. As Sagradas Escrituras, apesar de existirem contradições, continham conceitos centrais para as diferentes áreas de reflexão filosófica, inclusive a ética, que foram reinterpretados.

O Bem, por exemplo, encontrou em Deus a sua personificação, de modo que a ação moral se tornou o meio para a união do homem com Ele.

As Sagradas Escrituras são compostas de diversos livros, divididos em dois grupos:

  • O Antigo Testamento, anterior a Jesus Cristo.
  • O Novo Testamento, escrito pelos discípulos d'Ele.

Dever e Beatitude

O Dever e a Beatitude assumiam o lugar outrora ocupado pela felicidade e pelo prazer como fins da ação moral.

  • O Dever era compreendido como a necessidade humana de obedecer às leis divinas.
  • A Beatitude (bem-aventurança) é um tipo de felicidade associado à comunhão com Deus.

Contribuição de Agostinho de Hipona

O pensamento de Agostinho recebeu influências do pensamento greco-romano, em especial, do Neoplatonismo e do Estoicismo.

Anteriormente, ele havia adotado a visão Maniqueísta (doutrina persa iniciada por Mani), segundo a qual existiriam, no Universo, duas forças ou substâncias primordiais: o bem e o mal, apresentando uma visão dualista do mundo.

Livre-Arbítrio e Graça

O Livre-Arbítrio é entendido como a liberdade de escolha, dada ao homem por Deus, justamente para que ele pudesse direcionar a vontade à busca do melhor.

No pensamento de Agostinho, a Graça pode ser compreendida como o “dom gratuito de Deus”, em especial, o dom da salvação. Por amor divino, ela seria oferecida à humanidade, formada por criaturas imperfeitas que espalhavam o Pecado Original de Adão e Eva.

Contribuição de Tomás de Aquino

Uma das características centrais da obra Tomista era a união entre Filosofia e Teologia, com prioridade para as verdades da fé.

Outra característica da obra, em consonância com a Escolástica, era a forma do texto, que se assemelhava a um debate organizado em:

  • Questões e Objeções.
  • Respostas por meio de uma argumentação favorável às verdades de fé.

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