Etnocentrismo, Relativismo e Diálogo Intercultural
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Etnocentrismo, Relativismo Cultural e Diálogo Intercultural
Etnocentrismo
Definição: Conceção ou atitude que estabelece a centralidade e a superioridade de uma cultura, bem como o desejo de imposição de valores e padrões culturais a outras culturas e povos.
Racismo e Xenofobia – dois exemplos de preconceitos baseados em atitudes etnocêntricas
- Racismo: Discriminação baseada em características físicas ou fisiológicas como a cor da pele, o cabelo, os olhos, próprias dos indivíduos de uma dada região.
- Xenofobia: Discriminação que tem como alvo os estrangeiros e que se baseia no preconceito de que indivíduos de outras etnias ou nacionalidades são inferiores apenas porque são diferentes.
Principais Críticas ao Etnocentrismo
- Baseia-se num preconceito ou ideia não refletida (a da centralidade de um povo ou cultura).
- Pode legitimar o racismo e a xenofobia.
- Pode legitimar várias formas de dominação de uma nação sobre outras (nacionalismo, colonialismo).
- Pode favorecer fenómenos como o genocídio (prática que visa eliminar minorias étnicas em determinada região).
Relativismo Cultural
Conceção que defende que não há um padrão cultural absoluto e neutro ao qual nos possamos referir para analisar o que é «mau» e «bom» em cada cultura (X, Y, Z).
Argumentos a favor desta conceção:
- Favorece a diversidade cultural.
- Valoriza o respeito pelo outro.
- Responde ao facto de, em matéria de cultura, não existir uma verdade, mas sim costumes que variam de acordo com a sociedade.
Principais Críticas ao Relativismo Cultural
- A não existência de valores absolutos e universais.
- O relativismo cultural é um culturalismo – conceção que considera todos os comportamentos e atitudes como manifestações de cultura.
- Ao considerar todas as manifestações culturais como igualmente dignas e respeitáveis, não possibilita a crítica de atos que consideramos reprováveis.
Diálogo Intercultural
Capacidade de os indivíduos de diferentes culturas estabelecerem laços comunicativos entre si.
Implica o estabelecimento de critérios trans-subjetivos de valoração, isto é, de parâmetros de avaliação que ultrapassem a dimensão subjetiva de cada cultura ou povo.
Implica tolerância: atitude de aceitação e compreensão do outro ou daquele que é diferente.
Pelo diálogo, conhecemos os outros e conhecemo-nos a nós mesmos.