A Europa nos Séculos XV e XVI: Renascimento e Descobertas

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A Europa de 400 e 500

A Época Moderna inicia-se por volta de 1450 e coincide com um notável dinamismo civilizacional do Ocidente.

Nela, elites burguesas e aristocráticas fazem fortunas.

A cargo dos povos ibéricos, a abertura ao mundo concretiza-se com a descoberta das rotas do Cabo e das Américas. Uma pluralidade de mares, terras e gentes oferece-se ao olhar curioso dos europeus.

Revolucionam-se as técnicas e os conhecimentos:

  • a náutica e a cartografia sofrem transformações de vulto, acompanhando o domínio do espaço planetário;
  • a pólvora e as armas de fogo ditam a supremacia do Ocidente no mar e em terra;
  • a imprensa – inventada pelo alemão Gutenberg – espalha-se pela Europa e pelo mundo, permitindo a expansão cultural;
  • o intercâmbio de ideias;
  • a difusão de notícias.

O Renascimento surge num contexto de desenvolvimento económico. Das letras às artes e às ciências, esteve-se perante uma renovação cultural que, invocando o legado greco-latino, marcou a história da Europa nos séculos XV e XVI.


Importância de Lisboa e Sevilha - A participação da Península Ibérica na Europa do Renascimento revestiu-se de características bem específicas. Foi:

  • pelo afluxo de mercadorias;
  • pelos conhecimentos geográficos;
  • pelo saber técnico forjado na experiência dos mares.

Os reinos ibéricos se projetaram na Europa do tempo.

Lisboa - Transformou-se, nos primeiros anos de Quinhentos, na metrópole comercial do mundo, graças às navegações portuguesas para os arquipélagos atlânticos, a África, a Índia e o Brasil.


O porto de Lisboa tinha uma grande concentração de navios que o visitavam. Nele se cruzavam muitas pessoas, desde militares, mercadores, marinheiros, escravos, etc. A reconstrução urbanística de Lisboa foi feita por D. Manuel I:

  • Paço da Ribeira;
  • O Armazém do Trigo;
  • A Alfândega Nova;
  • A Casa dos Bicos;
  • Arsenal;
  • O Hospital de Todos os Santos;
  • A Igreja da Misericórdia;
  • O Mosteiro dos Jerónimos;
  • O Convento da Madre de Deus;
  • Torre de Belém.

Sevilha - Cristóvão Colombo, em lugar de chegar à Índia, conforme prometera aos Reis Católicos, conduziu a Espanha, em finais do século XV, à glória da descoberta de um continente por todos ignorado – a América.

Colombo deu à Espanha torrentes inimagináveis de ouro e prata. A Espanha concentrou os seus projetos coloniais na América.


OBSERVAÇÃO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA

A expansão marítima dos séculos XV e XVI proporcionou aos portugueses uma atenta observação da natureza, que pôs em causa muitas conclusões dos antigos.

Adquiriu-se uma mais correta percepção dos continentes e mares. Explicou-se o funcionamento dos ventos e das correntes marítimas, calcularam-se distâncias e latitudes. Provou-se que as zonas equatoriais são habitáveis, que a Terra é esférica e que existem antípodas (pontos diametralmente opostos na superfície da Terra). Alargou-se o leque de conhecimentos étnicos, botânicos, zoológicos e cosmográficos.

Foi através das obras de Geografia Física, Humana e Económica que se divulgaram os novos conhecimentos (informações da realidade observada).

A única forma de atingir a verdade é através da observação direta e da experiência. Ao negar ou corrigir os antigos, os portugueses ajudaram a construir um novo saber, um saber de experiência feita, que tem o nome de experiencialismo.

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