Evolução do Pensamento Econômico e Conceitos Fundamentais
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Pré-ciência Econômica
Antiguidade e Idade Média 
Questões relacionadas à produção material, ênfase em princípios morais e éticos, e noções de justiça.
Mercantilismo (Séculos XVI-XVIII)
A fonte da riqueza era o acúmulo de metais preciosos. Havia políticas para fomentar o comércio externo ou guerras (e entesourar riquezas), com ênfase no papel do Estado e no nacionalismo. Considerava-se que o governo de um Estado seria mais forte e poderoso quanto maior fosse seu estoque de metais preciosos. Com isso, a política mercantilista acabou estimulando guerras, exacerbou o nacionalismo e manteve a presença do Estado em assuntos econômicos.
Fisiocracia (Século XVIII)
Leis naturais regiam a economia (ordem universal). A fonte de riqueza era a produção agrícola, objetivando assim uma política de fomento à agricultura. É uma reação ao mercantilismo, que, em vez de enfatizar finanças públicas e comércio, promovia o uso produtivo da terra. A fisiocracia sugeria que era desnecessária a regulamentação governamental, pois a lei da natureza era suprema. Encorajava-se a agricultura e exigia-se que as pessoas empenhadas no comércio e finanças fossem reduzidas ao menor número possível.
Os Clássicos (Escola Clássica, Século XVIII)
Adam Smith (A Riqueza das Nações) 
- Mão Invisível
: Defesa da livre concorrência e autorregulação dos mercados. Os agentes visam o autointeresse e, ao buscarem lucrar o máximo, acabam promovendo o bem-estar social de toda a comunidade.
- Divisão do Trabalho
: É a fonte da riqueza, pois o valor é o trabalho. Amplifica os mercados, aumenta a produtividade (tornando-a mais eficiente)
e gera excedente.
Smith entendia que a atuação da livre concorrência, sem qualquer interferência, levaria a sociedade ao crescimento econômico, como que guiada por uma mão invisível. O Estado atuaria somente como um protetor da sociedade. A causa da riqueza das nações é o trabalho humano, e um dos fatores decisivos para aumentar a produção é a divisão do trabalho. Esse princípio promoveu um aumento da destreza pessoal e economia de tempo.
David Ricardo 
Ênfase nas formas de repartição e na importância da acumulação de capital para dinamizar a economia. Para sustentar a acumulação, deve-se buscar maior progresso técnico.
- Lei dos Rendimentos Decrescentes da Terra: Maior dinamização da economia
leva a um maior uso de terras, inclusive as menos férteis (menor produtividade). Isso resulta em maior custo de uso e maior ganho para os proprietários da terra.
- Lei das Vantagens Comparativas: Defesa da especialização produtiva nas atividades de maior produtividade. O comércio entre países dependeria das dotações relativas de fatores de produção.
David Ricardo aprimora a tese de que todos os custos se reduzem a custos do trabalho e mostra como a acumulação do capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma elevação da renda da terra.
Thomas Malthus
A causa de todos os males da sociedade residia no excesso populacional
. Enquanto a população crescia em progressão geométrica (PG), a produção de alimentos seguia em progressão aritmética (PA). Assim, o potencial de crescimento da população excederia em muito o potencial da terra na produção alimentar. Malthus não previu o ritmo e o impacto do progresso tecnológico na agricultura, nem as técnicas de controle da natalidade que se seguiram.
Jean-Baptiste Say (Lei de Say)
A oferta cria sua própria procura, ou seja, o aumento da produção transformar-se-ia em renda dos trabalhadores e empresários, que seria gasta na compra de outras mercadorias e serviços. A oferta de um produto sempre gera demanda por outros produtos.
Os Neoclássicos (Teoria Marginalista)
Associados ao princípio de otimização (= maximização). Produtores (oferta)
buscam máxima rentabilidade; consumidores (demanda)
buscam máxima utilidade. As forças de mercado (oferta + demanda) resultam em equilíbrio (autorregulação do mercado). O objetivo era isolar o fato econômico de outros aspectos da realidade social.
A Teoria Keynesiana
Keynes (1936), em sua Teoria Geral, conseguiu mostrar que a combinação das políticas econômicas adotadas até então não funcionava adequadamente naquele novo contexto econômico, e apontou soluções que poderiam tirar o mundo da recessão. Para Keynes, numa economia em recessão, não existem forças de autoajustamento, tornando-se necessária a intervenção do Estado por meio de uma política de gastos públicos (princípio da demanda efetiva).
Curva de Possibilidades de Produção
Expressa a capacidade máxima de produção da sociedade, supondo pleno emprego dos recursos ou fatores de produção de que se dispõe em dado momento do tempo. Trata-se de um conceito teórico pelo qual se ilustra como a escassez de recursos impõe um limite à capacidade produtiva de uma sociedade, que terá de fazer escolhas entre diferentes tipos alternativos de produção.
Pressupostos
- Plena utilização dos recursos;
- Recursos em disponibilidade são escassos;
- Plena flexibilidade para substituir o uso de um recurso.
Custo de Oportunidade (Custo Alternativo)
A transferência dos fatores de produção de um bem X para produzir um bem Y implica um custo de oportunidade, que é igual ao sacrifício de deixar de produzir parte do bem X para produzir mais do bem Y.