Evolução do Pensamento Geográfico: Escolas e Métodos

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Geografia na Grécia Antiga

  • Homero (século VIII a.C.?): Geografia como cenário das conquistas e feitos heroicos dos gregos.
  • Escola de Mileto
    • Tales (Século VII-VI a.C.): Mensurações e localizações geográficas.
    • Anaximandro (século VI-V a.C.): Instrumentos geográficos e cartografia.
    • Hecateu (século VI-V a.C.): Relatos de viagens e descrições regionais.
  • Heródoto (século V a.C.): Geografia histórica e política; descrições regionais; usos e costumes de “povos bárbaros”; geografia cultural.
  • Platão/Aristóteles (século V-IV a.C.): Relações ambiente natural/homem; questões de método.
  • Píteas (século IV a.C.): Relatos de viagens; geografia física; “gêneros de vida”.
  • Alexandre (século IV a.C.): “Geografia aplicada”: expansão do helenismo; guerras; administração dos territórios conquistados.
  • Hipócrates (século IV-III a.C.): Geografia médica; influência do ambiente natural sobre o homem.
  • Eratóstenes/Hiparco (século III-II a.C.): Em Alexandria: geografia geral; cartografia da Terra; macromensurações da superfície terrestre.
  • Estrabão (século I a.C. – I d.C.): Redigiu a maior obra entre os geógrafos greco-romanos e a maior síntese do conhecimento geográfico grego; geografia regional; relatos de viagens; “gêneros de vida”.
  • Ptolomeu (90-168 d.C.): Síntese da geografia mundial; astronomia geocêntrica; guia geográfico da localização de vários lugares no planeta.

Geógrafos Modernos e Contemporâneos

  • La Blache (1845-1918): Relações história-geografia; ensino da geografia; cartografia (atlas); geografia humana; geografia política; geografia regional; epistemologia da geografia (reflexões sobre os objetivos, princípios e metodologia da geografia); “possibilismo”; planejador e um dos organizadores da 3ª “Géographie Universelle”.
  • Ratzel (1844-1904): Viagens; influência darwiniana; pioneiro da geografia humana e da geopolítica.

Principais Correntes e Métodos Geográficos

Método Regional

O Método Regional não focaliza a relação homem/natureza, mas sim a diferenciação de áreas, a integração de fenômenos heterogêneos em uma dada porção da superfície terrestre. O Método Regional focaliza, assim, o estudo de áreas e sua diferenciação. Hartshorne defendia conhecer o lugar antes para influenciar depois.

Determinismo

O Determinismo defendia que o meio determina o homem. A natureza era encarada como determinante na evolução humana.

Possibilismo

O Possibilismo entendia que a natureza passou a ser encarada como uma fornecedora de possibilidades para a modificação humana, e não determinando sua evolução, sendo o homem o principal agente geográfico.

Geografia Crítica

Yves Lacoste liderou a ruptura com o positivismo. A análise geográfica é vista como instrumento de libertação do homem, preocupando-se mais com a qualidade de vida e menos com os dados em si. É a corrente que rompeu com os paradigmas antigos de estudo geográfico, ou seja, limitar-se à frieza das descrições dos mapas físicos, das divisões políticas dos territórios, da análise da estrutura populacional alheia à realidade das pessoas que vivem num determinado espaço. Daí advém o adjetivo "marxista" que também lhe é aplicado, não só por ter sido uma escola desenvolvida por pensadores de esquerda, mas também por ter uma abordagem metodológica nitidamente marxista, mediante a dialética entre capital e trabalho, ocupação e exploração econômica.

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