Evolução e Planeamento no Voleibol Moderno

Classificado em Desporto e Educação Física

Escrito em em português com um tamanho de 3,04 KB.

Tendências Atuais no Voleibol

O voleibol, um dos desportos coletivos mais praticados globalmente, tem evoluído significativamente. As mudanças regulamentares, como a redução dos tempos mortos, o novo sistema de pontuação, o aumento da zona de serviço e a liberalização do primeiro toque, tornaram-no mais exigente fisiologicamente. Exige-se dos atletas movimentos rápidos e explosivos, executados com elevada habilidade e eficiência durante todo o set.

Os atletas estão cada vez mais altos e fortes, aumentando a potência das ações técnico-táticas (remate, bloco, serviço, deslocamentos). A redução no número de sets também ocorreu para adaptar o desporto ao formato de transmissão televisiva. A informática tornou-se uma ferramenta indispensável para os treinadores.

Com a evolução da ciência do desporto, os treinadores tornaram-se mais aptos a melhorar o desempenho dos atletas. As idades das fases sensíveis desempenham um papel crucial na treinabilidade, proporcionando uma melhoria nas capacidades futuras. No entanto, o voleibol ainda carece de uma metodologia padronizada e fiável para o desenvolvimento da performance desportiva.

Modelo de Planeamento para Jovens Atletas de Voleibol

Considerando um grupo de atletas de 16 anos a iniciar o processo de especialização num período preparatório geral, o modelo de planeamento proposto seria de longo prazo, com apenas um período de competição. A periodização dupla não seria adequada devido à idade, pois poderia levar a uma sobrecarga da capacidade de performance física e interferir com as exigências escolares.

A preparação anual, neste escalão, deveria incluir um período preparatório, um período competitivo e um período transitório. O objetivo seria elevar as capacidades funcionais, ampliar os conhecimentos teóricos e enriquecer o reportório técnico-tático. Dever-se-ia utilizar uma variedade de meios e métodos de treino, com predominância da preparação geral sobre a específica. O volume e a intensidade do treino deveriam aumentar gradualmente (com maior ênfase no volume), através de um número reduzido de exercícios de competição, sem jogos oficiais.

O foco principal seria a elevação do nível funcional, habilidades e comportamentos básicos, com ênfase no trabalho físico, especialmente na capacidade aeróbia, sem negligenciar a capacidade anaeróbia lática e o trabalho técnico-tático.

Este modelo é considerado fásico porque a obtenção da "forma desportiva" ocorre em três fases: construção, estabilização e regressão. A periodização divide-se em três períodos: preparatório, competitivo e de transição. Existe uma relação fundamental entre o volume e a intensidade da carga. As fragilidades do planeamento fásico incluem a necessidade de ciclos longos para obter a forma desportiva, a separação entre os fatores do treino devido à evolução inversa das curvas de intensidade e volume, o papel excessivo da preparação geral e a ausência de individualização.

Entradas relacionadas: