Exames Complementares em Diagnóstico

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Exames Complementares: Diagnóstico e Importância

Os exames complementares fornecem informações necessárias para o diagnóstico final. Exames laboratoriais e de imagem auxiliam no tratamento do paciente.

Limitações do Exame Clínico

O exame clínico diagnostica doenças superficiais. Porém, não revela detalhes importantes, como a extensão de uma cárie (detectável por radiografia).

Indicação de Exames Complementares

A solicitação de exames complementares deve ser direcionada pela anamnese e exame físico.

Exemplos Negativos

Exames desnecessários, como tomografia para avaliar cárie ou biópsia em afta.

Sinais Patognomônicos

Sinais ou sintomas específicos de uma doença, diferenciando-a de outras.

Classificação de Exames Complementares

  • Específicos: Diagnóstico final em 100% dos casos (ex: Elisa para AIDS, VDRL para sífilis).
  • Semi-específicos: Indicam processo patológico, mas não localizam nem definem a natureza (ex: hemograma, tomografia).
  • Inespecíficos: Indícios que compõem o diagnóstico (ex: radiodiagnóstico, PA, dosagem de glicose).

Indícios

Sinal que indica o que provavelmente ocorreu ou está ocorrendo. Ex: paciente expressa indícios de febre.

Exames Complementares em Odontologia

  • Radiodiagnóstico: Detecta corpos estranhos, fraturas e anomalias.
  • Exames Hematológicos: Descobre anemia, dificuldades na cicatrização, coagulação, processos infecciosos e reações alérgicas.
  • Biópsia: Diagnóstico definitivo na maioria dos casos, correlacionando achados clínicos e histopatológicos.
  • Citologia Esfoliativa e Aspirativa: Detecção de câncer bucal.
  • Pressão Arterial: Evidencia funcionamento e alterações da função corporal.

Biópsia: Definição e Importância

Exame complementar específico que consiste na retirada de um fragmento de tecido em ser vivo. Sua principal importância é o diagnóstico do câncer bucal.

Indicações e Contraindicações da Biópsia

  • Indicações: Lesões com diagnóstico clínico duvidoso, lesões brancas, edema persistente, lesões que não regridem em 2 semanas.
  • Contraindicações: Diabetes, lesão enegrecida ou pigmentada, neoplasia vascular.

Recorrência de Lesões

Lesões que reaparecem após um período de desaparecimento ou remoção, no mesmo local ou em locais diferentes.

Remissão de Lesões

Fase da doença em que não há sinais de atividade, mas não se pode concluir cura.

Proservação

Estágio de observações periódicas de um tratamento, acompanhamento da evolução de estados clínicos, radiográficos de saúde bucal e da saúde geral do paciente.

Metástases

Migração de uma lesão do sítio inicial para outro sítio do corpo, via corrente sanguínea ou vasos linfáticos.

Exerese

Manobra cirúrgica para retirar parte ou a totalidade de um órgão ou tecido, com finalidade terapêutica. Pode ser incisional (parte da lesão) ou excisional (toda a lesão).

Tipos de Biópsia

  • Retalho ou Exérese: Incisional ou excisional.
  • Aspirativa ou Punção: Aspiração por agulha fina em lesões superficiais e profundas, para diferenciar tumores benignos de malignos.
  • Curetagem ou Raspagem: Técnica de citologia esfoliativa.

Cuidados Após a Coleta do Material

  • Identificação do material.
  • Indicativo de material biológico com possível contaminação na embalagem externa.
  • Utilizar embalagens limpas e secas.
  • Prevenir vazamento (lacrar com fita adesiva).
  • Refrigeração (entre 1 e 5°C).

Margem de Segurança

Em uma biópsia por excisão, a lesão é removida na sua totalidade com uma margem de segurança formada por tecido sadio.

Causas de Erros na Realização de uma Biópsia

  • Sangramento devido à inserção da agulha.
  • Erro de localização.

Características de um Fixador Adequado para Biópsia

Fixação em formol na proporção de 1 para 10. O formol “puro” (líquido) é formalina 37-40%.

Sistema TNM

Três componentes para descrever a extensão anatômica da doença, auxiliando no planejamento do tratamento e prognóstico:

  • T: Extensão do tumor primário.
  • N: Ausência ou presença de linfonodos regionais.
  • M: Ausência ou presença de metástase à distância.

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