Exercícios de Análise e Compreensão: Iracema de Alencar

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Questões de Compreensão do Texto

  1. Quais personagens participam do texto? Iracema, Caubi, o bebê de Iracema, a jandaia e os cachorrinhos.
  2. Qual trecho do texto indica que Iracema deseja que o irmão vá embora? Quando ela diz: "Caubi vai tomar as montanhas dos tabajaras".
  3. De acordo com o irmão de Iracema, por que a índia deseja que ele parta? Para que ele não veja a tristeza dela.
  4. De acordo com Iracema, por que Caubi tem que partir? Porque só resta Caubi ao velho Pajé para sustentar seu corpo vergado e guiar seu passo trêmulo.
  5. Caubi concorda com Iracema ou parte para não contrariá-la? Justifique com um trecho do texto. Caubi partirá para não contrariar a irmã. Trecho: "Teu irmão parte para te fazer a vontade."
  6. “Caubi partirá quando a sombra deixar o rosto de Iracema”. O que Caubi quer dizer ao utilizar a palavra "sombra"? A sombra significa a tristeza.
  7. Ao explicar sua situação ao irmão, a que Iracema se compara no texto? A uma estrela.
  8. Quem é o pai de Iracema e Caubi? Araquém, o velho Pajé.
  9. O texto nos permite perceber os motivos da tristeza que corrói o íntimo de Iracema? Em caso afirmativo, apresente o motivo. Sim, a distância do esposo.
  10. De que maneira Iracema consegue produzir leite para seu filho? Colocando os cachorrinhos para mamar nela.

Exercício 1: Análise Crítica (FUVEST 2009)

Em um poema escrito em louvor de Iracema, Manuel Bandeira afirma que, ao compor esse livro, Alencar:

“[...] escreveu o que é mais poema
Que romance, e poema menos
Que um mito, melhor que Vênus.”

Segundo Bandeira, em Iracema:

  • B) O caráter poemático dado ao texto predomina sobre a narrativa em prosa, sendo, por sua vez, superado pela constituição de um mito literário.

Questão UEL: Identificação de Gênero

Examine as proposições a seguir e assinale a alternativa INCORRETA.

(C) Embora tendo sido escrito no período romântico, Iracema apresenta traços da ficção naturalista tanto na criação das personagens quanto na tematização dos problemas do país.

Análise de Prosa Poética

A próxima questão refere-se ao texto abaixo:

Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba;
Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros;
Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas.

(C) O romance, elaborado com recursos de linguagem figurada, é considerado o exemplar mais perfeito da prosa poética na ficção romântica brasileira.

Exercício 4: Análise de Personagens e Metáfora (UNICAMP)

O trecho abaixo foi extraído de Iracema. Ele reproduz a reação e as últimas palavras de Batuiretê antes de morrer:

O velho soabriu as pesadas pálpebras, e passou do neto ao estrangeiro um olhar baço. Depois o peito arquejou e os lábios murmuraram:
– Tupã quis que estes olhos vissem antes de se apagarem, o gavião branco junto da narceja.
O abaeté derrubou a fronte aos peitos, e não falou mais, nem mais se moveu.
(José de Alencar, Iracema: lenda do Ceará. Rio de Janeiro: MEC/INL, 1965, p. 171-172.)

A) Quem é Batuiretê?
Batuiretê é avô de Poti e Jacaúna. Foi guerreiro valente e chefe dos Pitiguaras; depois de velho, passou o poder da tribo para seu filho Jatobá, pai de Poti. Viveu sua velhice retirado e solitário nas matas.
B) Identifique os personagens a quem ele se dirige e indique os papéis que desempenham no romance.
Batuiretê dirige-se ao neto Poti, nobre guerreiro Pitiguara, companheiro e amigo de Martim, que mais tarde foi batizado católico com o nome de Antônio Felipe Camarão. (O primeiro nome se refere a Santo Antônio, o segundo nome significa o poder real, e o último é a tradução de Poti para o português). Dirige-se também ao estrangeiro Martim Soares Moreno, guerreiro e colonizador português aliado dos Pitiguaras e objeto da paixão de Iracema, com quem teve um filho, Moacir, símbolo da união das raças.
C) Explique o sentido da metáfora empregada por Batuiretê em sua fala.
Batuiretê chama Martim de gavião branco e Poti de narceja (uma pequena ave), profetizando nesse paralelo a destruição total ou parcial da raça nativa pelos brancos.

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