Exercícios Fisioterapêuticos e Contração Muscular

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Flexibilidade

Como o paciente está com a perna imobilizada, é importante cuidar das articulações (mobilidade articular) para que não haja perda de movimento.

Alongamento

Após o paciente retirar o gesso, é importante cuidar da musculatura (alongamento), realizando exercícios que a fortifiquem.

Caso Clínico: Fratura Exposta da Tíbia Direita

Paciente com fratura exposta da tíbia direita. Recomenda-se: exercícios isométricos para a musculatura dos membros inferiores (MMII) e exercícios de fortalecimento para os membros superiores (MMSS).

Exemplos de Exercícios

  • Exercício em Cadeia Cinética Aberta (Ombro)

    Objetivo: Grupo extensor do ombro (ações de CIC, Contração Isométrica e CIE).

    Posição Inicial (PI): Paciente em pé, de frente para a parede, segurando um TheraBand fixo na parede.

    Fases:

    1. Paciente realiza extensão do ombro (CIC dos extensores do ombro, grupo agonista).
    2. Mantém a extensão por 3 segundos (Contração Isométrica dos extensores).
    3. Paciente realiza flexão do ombro (CIE dos extensores do ombro, grupo antagonista).
  • Análise de Exercício (Quadril e Joelho)

    Análise: Posição inicial (PI) e execução com tipos de contrações musculares e grupos ativos.

    Posição Inicial (PI): Paciente em pé, com o tronco apoiado na parede e joelho levemente flexionado.

    Fases:

    1. Fase 1:
      • Quadril realiza flexão (CIE dos extensores do quadril - grupo antagonista).
      • Joelho realiza flexão (CIE dos extensores do joelho).
    2. Fase 2:
      • Quadril realiza leve extensão (CIC dos extensores do quadril – grupo agonista).
      • Joelho realiza leve extensão (CIC dos extensores do joelho).
  • Exercício em Quatro Apoios (Quadril)

    Posição Inicial (PI): Quatro apoios.

    Fases:

    1. Quadril realiza extensão (CIC dos extensores do quadril – grupo agonista).
    2. Quadril realiza flexão (CIE dos extensores do quadril – grupo antagonista).

    Observação: O joelho permanece flexionado (Contração Isométrica em todas as fases – co-contração).

  • Exercício no Crossover (Cotovelo)

    Posição Inicial (PI): Paciente em pé, com cotovelos flexionados no crossover.

    Fases:

    1. CIC dos extensores do cotovelo (grupo antagonista - Nota: geralmente extensores são agonistas na extensão).
    2. CIE dos flexores do cotovelo (grupo agonista - Nota: geralmente flexores são antagonistas na extensão).

    Observação: A descrição dos grupos agonista/antagonista pode precisar de revisão dependendo do movimento exato pretendido.

  • Exercício de Extensão/Flexão Horizontal (Ombro)

    Posição Inicial (PI): Paciente em pé, joelhos e tronco levemente flexionados e ombro flexionado a 90º.

    Fases:

    1. Ombro realiza extensão horizontal (CIC dos extensores horizontais – Contração Isométrica dos abdutores do ombro – grupo agonista).
    2. Ombro realiza flexão horizontal (CIE dos extensores horizontais – Contração Isométrica dos abdutores do ombro – grupo antagonista).

Conceitos Adicionais

Sinergista Concorrente: Exemplo do Trapézio

O músculo trapézio demonstra ação sinergista concorrente com suas três porções:

  • Superior: Rotação superior + Elevação da escápula.
  • Média: Adução da escápula.
  • Inferior: Rotação superior + Depressão da escápula.

Nota: Para realizar a rotação superior da escápula, é necessário que as ações de elevação (porção superior) e depressão (porção inferior) se anulem mutuamente.

Sincronização e Recrutamento Motor

A sincronização refere-se ao recrutamento de unidades motoras. Em exercícios que alternam fases, como:

  1. Abdução do ombro (CIC)
  2. Manter o ombro abduzido (Contração Isométrica)
  3. Realizar adução (CIE)

A manutenção da força, especialmente na fase isométrica ou durante transições, exige o recrutamento coordenado e, por vezes, alternado (sincronização) de novas unidades motoras para sustentar a contração ou ajustar a força conforme os estímulos oscilam.

Amplitude de Movimento (ADM) e Força

Considerando um gráfico de força versus amplitude do ombro em bipedestação, a força máxima (maior produção de pontes cruzadas actina-miosina) pode ocorrer em torno de 90º de abdução, dependendo do exercício específico e da biomecânica individual. A Amplitude de Movimento (ADM) ótima para geração de força varia.

Força de Explosão: Exemplo do Chute no Futebol

Para aumentar a força de explosão no chute:

  • O movimento frequentemente inicia com o quadril estendido e o joelho flexionado (fase de preparação), pré-alongando os músculos extensores do joelho (quadríceps). Este pré-alongamento otimiza a relação comprimento-tensão, armazenando energia elástica e potencializando a contração concêntrica subsequente.
  • Durante o chute, ocorre uma rápida extensão do joelho (CIC do quadríceps), transferindo a força acumulada para a bola, resultando em maior velocidade.
  • Após o contato, o movimento continua até a desaceleração.

Exercícios pliométricos são eficazes para treinar essa capacidade de gerar força explosiva através do ciclo alongamento-encurtamento.

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