Explorando Verdade, Bem e Transcendência na Filosofia
Classificado em Filosofia e Ética
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Fato: A Natureza da Verdade
As coisas não são como as sabemos, mas como elas são. O resultado do conhecimento será verdadeiro quando se conforma com a realidade. O valor da verdade não espera ser alcançado por nós; nós é que o buscamos.
Bem: A Busca Inata pela Bondade
Cada homem mantém nas profundezas de seu ser o desejo irreprimível de ser bom e fazer o bem. Ética: Envolve a definição de critérios abstratos e racionais para avaliar e julgar as ações como boas ou não, propondo critérios universais para julgar atos morais. Aristóteles disse que 'é o que todos nós queremos'. Todos nós queremos o bem, porque ele nos beneficia. O bem é relativo, é considerado bom e subjetivo, o que é um erro grave. O bem-estar depende do que é real, objetivo (que existe) e do modo de ser. E há algo que o homem nunca pode deixar de ser: é precisamente o homem.
Transcendência: O Sentido Mais Profundo da Vida
A transcendência se refere ao verbo 'transcender', que, em dois de seus significados, significa 'ser ou exceder qualquer coisa' e 'alargar-se ou comunicar-se a outros, produzindo consequências'. No entanto, por termos vida espiritual e racional, os homens são de alguma forma destinados a transcender a si mesmos. A necessidade e, simultaneamente, a capacidade de ir além do humano e aspirar a algo sobre-humano é o que queremos dizer com o valor da transcendência (através das religiões, que, ao responder a este desejo de transcendência, abrem a porta para algo sobrenatural e onipotente, que tem sido chamado de Deus). A aceitação de um Ser Supremo, que pressupõe a nossa capacidade de transcendência, tem várias implicações para as nossas vidas: o reconhecimento da supremacia de Deus sobre o homem e, por outro lado, da nossa dependência em relação ao Ser Supremo que é perfeito, infinito, onipotente, onisciente, etc.
Sócrates: O 'Chato de Atenas' e a Busca pela Verdade
Sócrates: 'O chato de Atenas' (estranho). Muitas vezes, é visto como o mais sábio de sua época, embora se considerasse ignorante. Ele foi acusado de desacato aos deuses do Estado e de introduzir novas divindades, uma referência ao 'daemonion', voz interior ou mística, à qual Sócrates se referia muitas vezes. Ele também foi acusado de corromper a moral da juventude, de afastá-los dos princípios da democracia e de confundir os sofistas, que, como 'professores da palavra', ensinavam os jovens a fazer a pior razão parecer a melhor razão. Três cidadãos: Anito, Melito e Lícon. A Apologia de Platão contém a substância da defesa de Sócrates em seu julgamento, uma afirmação ousada de sua vida. Ele foi condenado à morte, mas a sentença foi aprovada por uma pequena maioria.
Agostinho de Hipona: Verdade e a Luz Divina
O contexto histórico do Império Romano em seus últimos anos, a crise do poder imperial e a chegada de Constantino (Edito de Milão). Verdade: Ele argumenta que a verdade é um exercício que leva o homem a colocar em certas operações o espírito, com seus sentidos e os ditames do julgamento. Para chegar à verdade, a lógica deve passar pelas operações da mente; somente através deste estudo da alma pode-se determinar se algo é verdade ou não. Por conseguinte, a fonte real da verdade está na alma de cada pessoa. Agostinho apresenta a teoria da iluminação, segundo a qual 'a verdade de Deus irradia sobre o espírito humano'.
Jesus de Nazaré: O Caminho, a Verdade e a Vida
Jesus identifica-se como a Verdade e testemunha seu compromisso total, até a morte na cruz, para que cada filho de Deus seja resgatado. Mas este testemunho é verdadeiro e só comparável a Deus Pai, como a Verdade absoluta. Assim, Jesus proclamou-se 'o Caminho, a Verdade e a Vida'. Ao contrário dos outros personagens, a relação entre Jesus e a Verdade é clara: Ele não a busca ou a encontra de forma mais ou menos imperfeita, mas se identifica com ela. Porque Ele é o Caminho e a Meta, o mesmo é proposto a todos os homens como o único acesso à Verdade. Bem: Identifica-se com a lei, que consiste em realizar a vontade de Deus e seus mandamentos. Esses mandamentos são reduzidos a dois: 'Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo'. Assim, o bem é a vontade de uma vida de acordo com o que Deus quer e espera de seus filhos. Transcendência: A maior importância é o encontro com Deus. No caso de Jesus, expressa-se literalmente como 'sentado à direita de Deus'. Essa transcendência é o sentido último da vida, enquanto dirigida principalmente a Deus e também como um encontro aqui e agora, se este é o Reino de Deus e, depois, na outra vida.
Tomás de Aquino: Bem, Verdade e a Existência de Deus
Bem: O ser humano é naturalmente inclinado ao bem, como condição para ser feliz. Assim, vemos que tudo tende a viver em uma ordem específica que lhe é própria. O mesmo pode ser dito do ser humano como um todo: quando temos a tendência de agir como seres humanos. Essa é a nossa realização como pessoas e implica que cada uma de nossas capacidades e potencialidades deve atingir o que lhe é próprio: o seu próprio bem. Verdade: Fim ou objeto de uma das mais profundas inclinações dos seres humanos: conhecer. O ponto de partida para alcançar a verdade é a própria realidade, sendo o objetivo das coisas. É consensual que as coisas existem, com uma realidade objetiva independente da nossa razão. A verdade é o ajustamento entre o ser e o entendimento. Transcendência: Em sua experiência pessoal, ele sempre teve a certeza da existência de Deus e de seu fim último. Graças ao relacionamento pessoal, através do diálogo sobrenatural e da oração, Tomás cresceu no conhecimento de quem e o que é Deus, e de sua fé católica. O ponto de partida é a admissão de que se pode conhecer a Deus não somente pela fé, mas também pela razão. A partir da razão, pode-se dizer que a alma humana, em virtude de ser espiritual, só pode vir à existência pela ação criativa de Deus.