Falácias Lógicas: Formais e Não Dedutivas

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Falácias Formais

Conhecer as falácias formais:

  • Falácia da afirmação do consequente: P→Q, Q∴P. Se P então Q. Q. Logo, P.
  • Falácia da negação do antecedente: P→Q, ¬P∴¬Q. Se P então Q. Não P. Logo não Q.

Argumentos Não Dedutivos

Um argumento não dedutivo apresenta premissas que não apoiam necessariamente a conclusão. Isto é, mesmo que as premissas sejam verdadeiras, a conclusão pode não ser verdadeira, por muito que seja provável.

Exemplo: A maioria dos cães tem pulgas. Eu tenho um cão. O meu cão tem pulgas. A conclusão neste exemplo é muito provável de ser verdadeira e o argumento apresenta uma estrutura lógica, contudo, a conclusão pode ser falsa.

Identificar Argumentos Não Dedutivos:

  • Argumento por indução: Todos os A observados são X. Logo todos os A são X. (generalização) Todos os A observados até agora são X. Logo todos os A são X. (previsão)
  • Argumento por analogia: A é como B em x e y. B é z. Logo, A é z.
  • Argumento por autoridade: X (fonte com uma grande autoridade) diz A. Logo, A é verdade.

Outras Falácias Comuns

  • Derrapagem (bola de neve): Consiste em tentar mostrar que uma determinada proposição é inaceitável porque a sua aceitação conduziria a uma cadeia de implicações com um desfecho inaceitável.
  • Boneco de palha (espantalho): Consiste numa distorção, intencional ou acidental, do argumento que se pretende refutar. Usada intencionalmente, pretende-se com ela refutar mais facilmente o argumento (ou teoria) que se quer recusar.
  • Ad hominem: Pretende mostrar que uma afirmação é falsa, atacando e desacreditando a pessoa que a emite. Ex: Não discuto com pessoas como tu.
  • Ad populum ou de apelo ao povo: Apela-se à emoção das pessoas e não à sua razão. Ex: Querem uma escola melhor? Votem X.
  • Petição de princípio: Argumentos em que a conclusão já está contida nas premissas. Ex: O Ópio faz dormir porque tem propriedades dormitivas.
  • Falsa relação causal: É uma falácia cometida quando o autor assume que, por uma coisa se seguir a outra, a primeira provocou a outra. Ex: Dois dias depois de eu ter comido um pedaço de casca de laranja a constipação passou. Tinhas razão a casca de laranja cura mesmo a constipação.
  • Falso dilema: É dado um número limite de opções quando, de facto, há mais. Ex: Se ela não é má e porque é boa pessoa. Maria: Eu não sei o que se passa. Há muito tempo que são só problemas e ele anda tão esquisito. Estou farta de sofrer o que achas que devo fazer? Sofia: Ou te separas ou então tens de aguentar.
  • Apelo à ignorância: Ocorre quando confundimos as coisas e pensamos que a inexistência da prova é prova de inexistência ou se defende que determinada afirmação é verdadeira porque não há provas do contrário. Ex: Nunca ninguém conseguiu provar que os fantasmas não existem. Por isso eles existem.

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