A Família de Pascual Duarte: Crônica de uma Vida Violenta

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Capítulo 1: O Nascimento de Pascual Duarte

Pascual Duarte nasceu num vilarejo na província de Badajoz, a cerca de dois quilómetros de Almendralejo. A cidade, com 55 anos, era muito quente e ensolarada. Suas casas eram quase todas brancas. Havia casas mais pobres e mais ricas. A casa de Dom Jesus tinha dois andares e era muito bonita, sempre cheia de flores. A casa de Pascual era estreita, como convinha à sua posição. Tinha uma luz muito agradável, e o calor no inverno era bom à noite. Nas paredes havia fotografias, calendários... e na cozinha, um armário com louça da China. Tinha uma sala e dois quartos. Ao lado da casa havia um estábulo, que tinha um burro. Atrás dele havia um curral e, atrás deste, um canal onde se podiam pescar enguias. Quando Pascual ia caçar (como eu), sentava-se sobre uma pedra grande que estava numa encruzilhada.

Capítulo 2: A Família Duarte

O pai de Pascual chamava-se Esteban Duarte Diniz e era português. Ele era alto e forte, e usava um bigode com as extremidades puxadas para baixo. Havia sido preso por contrabando. Sempre batia na esposa e no filho. Sua mãe era alta, magra e usava sempre um laço. Ela tinha um bigode e alguns furúnculos ao redor dos lábios. Às vezes, ela estava bêbada. O pai e a mãe sempre brigavam. Quando isso acontecia, Pascual tentava evitar que também lhe batessem. A irmã de Pascual, Rosário, nasceu em julho ou agosto.

Capítulo 3: A Vida de Rosário

Rosário tinha uma ferida profunda envolta em tiras de algodão. Depois de três ou quatro dias, era desembrulhada e lavada. Demorou pouco para se viciar em bebida, e aos 14 anos saiu de casa. Mudou-se para Trujillo, para a casa de Elvira. Depois de cinco meses, voltou e tinha febres. Passou um ano na cama, e quando se curou, mudou-se para Almendralejo, para a casa de Nieves Madrid. Lá, envolveu-se com um rapaz bonito, que vivia para contar suas conquistas. Era um toureiro. Um dia, ele conheceu Pascual, ou discutiram por causa de Rosário. Naquela noite, quando o “Estica” (namorado de Rosário) foi ter com Rosário e, quando ele lhe pediu para lhe dar algo, Rosário, que só tinha oito anos, esbofeteou-o até se cansar.

Capítulo 4: O Trágico Destino de Mário

Quando Rosário tinha quinze anos, a mãe teve outro filho, a quem chamaram Mário. Naqueles dias (quando Mário nasceu), o pai morreu, tinha contraído raiva. Mário nunca soube andar ou falar. Quando tinha 4 anos, comeu as orelhas de um porco, e um boticário lhe aplicou um pó amarelo. Quando ele era maior, um dia, um velho o chutou com tanta força que ele parecia morto. Depois, sua mãe o levou para dormir.

Capítulo 5: A Morte de Mário e o Início de um Romance

Um dia, Mário apareceu afogado num barril de azeite. Nunca se soube como. O funeral foi pobre e monótono, como o de seu pai anos atrás. Atrás do caixão, poucas pessoas se reuniram, cinco ou seis. Quando o funeral acabou, Pascual agarrou Lola (sua futura esposa) e a pressionou no chão para que não escapasse, até que ela estivesse exausta e dócil.

Capítulo 6: Reflexões na Prisão

Pascual escreveu o Capítulo 6 durante 15 dias porque esteve ocupado com o interrogatório. Ele pensa que, se não estivesse na prisão, já estaria no quintal de sua casa, ou pescando enguias no canal... ou fazendo qualquer outra coisa, como os homens livres. Os homens livres têm muitos anos pela frente, e ele não.

Capítulo 7: O Noivado com Lola

Haviam se passado cinco meses após a morte de Mário. Pascual era namorado de Lola. Todos os dias ele voltava para casa para vê-la, e quando chegou o dia de São Carlos, Lola disse que estava grávida. Então, eles decidiram se casar.

Capítulo 8: O Casamento e a Lua de Mel

Depois de um mês, em 12 de dezembro, Lola e Pascual se casaram. Depois que saíram da igreja, todos os convidados foram para a casa de Pascual para uma festa. Pascual, mais tarde, levou sua esposa e a colocou em seu cavalo; ele também subiu e foram passar a lua de mel em Mérida. Quando a égua chegou e quase desmaiou, um velho e Pascual pagaram por ela. Depois, ficaram na Pousada do Melro. Não saíram do quarto por dois dias. No terceiro dia, a Guarda Civil veio porque a égua havia quebrado a pata, e ele teve que pagar seis escudos. Depois de um tempo, eles foram para Torremejía (sua vila). Na pousada de Zacarias, um ladrão de pombos acusou Pascual; ele ficou irritado e deu-lhe alguns golpes. Então ele voltou para casa com seus amigos.

Capítulo 9: A Tragédia do Aborto e a Vingança

Quando Pascual chegou em casa, encontrou Dona Engrácia à porta, que lhe disse para não entrar, pois sua esposa tivera um aborto. Enquanto Pascual estava na taberna, Lola tinha ido para casa na égua, e esta a derrubou, provocando o aborto. Pascual então foi para o estábulo e apunhalou a égua, pelo menos vinte vezes com a faca.

Capítulo 10: Nova Gravidez e Mais Perda

Pascual levou um ano para superar sua consternação. Então Lola ficou grávida novamente. Nove meses depois, nasceu o bebê, e o chamaram Pascual. Lola e Pascual estavam muito animados com isso. Em onze meses, o bebê morreu de “mau ar”.

Capítulo 11: A Dor do Luto

No dia do funeral, três mulheres cercaram Pascual: sua esposa, sua mãe e sua irmã. Nenhuma delas sabia como tornar mais suportável a dor que ele sentia pela morte de seu filho.

Capítulo 12: Acusações e Memórias Sombrias

Pascual viu que Lola e sua mãe não paravam de fazer acusações, e a vida com elas estava se tornando impossível. Pascual também pensava na noite do assassinato e em como tudo aconteceu.

Capítulo 13: Confinamento e Confissão

Pascual passou um mês inteiro sem escrever, deitado na cela, apenas observando, sem fazer nada. Nesse mês, desfrutou a vida como nunca antes. Ele chamou o padre para a confissão e foi falar com ele durante toda a tarde. Depois que o padre se foi, Pascual quis continuar a escrever.

Capítulo 14: A Fuga e o Retorno

Pascual foi para casa à noite. Quando chegou a Don Benito, embarcou no trem que o levou a Madrid. Lá, ele fez amizade com alguns trabalhadores, pagando-lhes um café com leite. Então, perguntou se eles sabiam de algum lugar para ficar, e um deles o hospedou em sua casa por dez reais por dia. Depois de duas semanas, ele foi para La Coruña, onde trabalhou em diversas coisas. Ele queria embarcar para a América, mas não tinha dinheiro suficiente para pagar a viagem, então voltou para Torremejía.

Capítulo 15: A Revelação e Mais Morte

Sete dias após a chegada de Pascual em casa, Lola disse que estava grávida de outro homem. Pascual perguntou a Lola quem era o pai do filho, e ela disse que era o “Estica”. Depois de dizer isso, ela caiu morta em seus braços.

Capítulo 16: A Vingança Final

Pascual foi à procura do “Estica”, mas a notícia de que Pascual o procurava fez com que ele fugisse. Por quatro meses, ele não apareceu. Um dia, Pascual foi à cidade, e foi-lhe dito que o “Estica” andava por toda a cidade. Ele correu para casa para ver se o “Estica” tinha ido lá procurar Rosário, que, desde que o “Estica” havia deixado a vila, vivia na casa de Pascual. Chegou, mas o “Estica” não tinha ido. Depois de um tempo, o “Estica” apareceu. Pascual, irritado com a arrogância do homem, o matou.

Capítulo 17: Liberdade e Novo Amor

Pascual foi condenado a três anos. Ele tinha 28 anos, mas foi liberado por bom comportamento. Quando foi libertado, ele foi para o comboio para Torremejía. Quando chegou em casa, já era noite; bateu na porta e sua mãe o deixou entrar. Rosário já não vivia lá; estava em Almendralejo e era namorada de Mestre Sebastião.

Capítulo 18: Um Novo Compromisso

Alguns dias depois, Pascual foi ver Rosário. Ela disse que Esperança (sobrinha da Sra. Engrácia) era apaixonada por ele. Pascual foi vê-la e ficaram noivos.

Capítulo 19: O Último Crime

Pascual e Esperança se casaram, mas logo ele percebeu que sua mãe tornava a vida deles miserável. Pensou em ir viver em Madrid e La Coruña, mas finalmente a matou e partiu.

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