Farmacologia em Odontologia

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Analgésicos

Ansiolíticos

Benzodiazepínicos (Diazepam) – não induz amnésia (efeito prolongado). Propriedades: sedação, indução do sono, amnésia (Dormonid), relaxamento muscular (ação central).

Midazolam (Dormonid) – lipossolúvel, ação mais rápida, tempo de ação +/- 3h: tendência ao efeito rebote; após o medicamento, o paciente pode ficar ansioso.

Mecanismo de ação: ligação a receptores GABA, potencialização (efeito GABA), efeito depressor generalizado do SNC. Doses: Diazepam: 2mg-5mg-10mg (adulto); Midazolam: 7,5mg-15mg; 1h antes de atender ou noite anterior ou ambos.

Betabloqueadores

(Propranolol 20mg-40mg) Diminui a pressão arterial.

Anti-histamínicos

(Prometazina: Fenergan 25mg-50mg) Receptores H1, H2, H3 (SNC). Sedação.

Observação: Todo anti-inflamatório é um analgésico, mas nem todo analgésico é um anti-inflamatório.

Analgésicos de Ação Periférica

Classificação: Derivados do:

  • Ácido salicílico – Aspirina
  • Anilina – Paracetamol
  • Ácido pirazolônico – Dipirona
  • Ácido propiônico – Ibuprofeno

Dipirona: dose dependente; Paracetamol: dose efeito teto ou platô.

Mecanismo de ação dos analgésicos periféricos: bloqueio da COX e, consequentemente, inibição/diminuição dos mediadores químicos para inflamação e dor (PG/PC/TX); bloqueio da COX pela Aspirina é irreversível.

  • Antiagregação plaquetária: Aspirina 85mg/100mg – 1 por dia
  • Analgesia: Aspirina 500mg 4/4h ou 6/6h
  • Antitermia e antipirético: Aspirina 500mg 4/4h ou 6/6h
  • Anti-inflamatório: Aspirina 1000mg 8/8h

Efeitos adversos da Aspirina: sangramento oculto; hematoma trans e pós-operatório; dor e sangramento epigástrico, náusea, vômito, cefaleia.

Paracetamol: não exerce efeito anti-inflamatório ou antiagregante plaquetário, não retarda o processo de cicatrização (alvéolo dentário).

Dipirona: efeito adverso: aplasia de medula, agranulocitose (inibição de formação de células sanguíneas brancas).

Paracetamol é a primeira escolha, pois faz o bloqueio da COX-3 e, por ser melhor que a Aspirina (AAS), que tem muitos efeitos adversos, o Paracetamol tem o mesmo grau de analgesia que a Aspirina, só que com menos reações.

A Dipirona pode ser considerada melhor que o Paracetamol por ser dose dependente e por dessensibilizar a ação já sensibilizada das prostaglandinas. Remove a dor e não evita a dor como o Paracetamol.

Coxibs – seletivos para a COX-2; COX-1 – adesividade plaquetária/produção de muco gástrico; COX-2 – dor/hiperalgesia.

Anti-inflamatórios

Anti-inflamatórios Não Esteroidais (AINEs)

Diclofenaco – Potássico (Cataflan), Sódico (Voltaren); 50mg ou 75mg 8/8h, 3, 5 ou 7 dias.

Nimesulida – diminui consideravelmente o número de citocinas, seletivo para COX-2 (dor, hiperalgesia), Nimesulida 100mg 12/12h por 5 dias, Piroxicam 500mg 8/8h, Ibuprofeno 600mg 8/8h, Cetoprofeno (Profemid) nunca ultrapassar 300mg diários, 100/150mg 12/12h.

Tandrilax – cafeína 30mg, carisoprodol 125mg (relaxante muscular de ação central), diclofenaco sódico 50mg (AINE), paracetamol 300mg; Codaten – diclofenaco sódico (AINE), codeína (analgésico de ação central). Reações adversas: irritação gastrointestinal, intolerância, reações de hipersensibilidade.

Anti-inflamatórios Esteroidais

Indicações: tratamento de edema, diminuir resposta autoimune, usado em pacientes com reações alérgicas.

Farmacodinâmica: bloqueiam a produção do ácido araquidônico, aumento da permeabilidade capilar, diminuem a dilatação capilar, migração leucocitária e a fagocitose, inibem a produção de cininas.

Reações adversas: miopatias, inibição do crescimento, edema, aumento do peso, acne, osteoporose induzida.

Analgesia Pré-emptiva

Uso de medicamentos que promovem a diminuição/eliminação do quadro de dor do paciente antes mesmo de haverem sido liberados na área mediadores químicos para dor e inflamação.

Antibioticoterapia

Concentração Inibitória Mínima (MIC): concentração mais baixa do agente antimicrobiano que inibe o crescimento de uma determinada etapa de microrganismos.

Concentração Bactericida Mínima (CBM): concentração mais baixa do agente antimicrobiano que permite menos de 0,1% do inóculo original sobreviver.

Beta-lactâmicos: (bactericidas) penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos, monobactâmicos.

Não beta-lactâmicos: macrolídeos, tetraciclinas, anaerobicidas.

Usar bactericida para erradicação da infecção, tempo, efeito prolongado, morte dos patógenos.

Na atualidade, deve ser sempre prescrita, de preferência, associada a um inibidor de beta-lactamase porque ocorre resistência e formação de uma enzima que destrói o anel beta-lactâmico da amoxicilina, não a deixando agir. Se não, associa-se um inibidor para essa enzima, fazendo com que o antibiótico cumpra o seu papel.

Não usar anti-inflamatório para pacientes com problemas gástricos devido ao mecanismo de ação dos AINEs que vai agir na COX-1 e não vai ter a proteção do estômago.

Em processo infeccioso de origem odontogênica é contraindicada a prescrição de anti-inflamatórios, pois é preciso de inflamação para curar o processo infeccioso, é preciso de neutrófilos, macrófagos etc. para barrar a infecção.

Penicilinas

Cocos Gram positivos.

Amoxicilina: ácido clavulânico.

Alergia à penicilina, usar: Cefalosporinas (cefalotina, cefalexina, cefaclor, cefepima), reações adversas: alergias, gastrointestinais.

Macrolídeos

Primeira escolha para alérgicos, inibe a síntese de proteínas RNA dependentes, similar à penicilina.

Azitromicina: amplo espectro, Clindal AZ 500mg.

Tetraciclina

Altamente tóxicos, excelente penetração nos tecidos; Cloridrato de tetraciclina, minociclinas, Tetrex 500mg.

Clindamicina

Infecções severas, colite pseudomembranosa, lactentes - diarreia, Dalacin C 300mg 6/6h, bactericida 600mg 2 comprimidos 8/8h. Tratamento para colite: Tylex, codeína, antibiótico.

Metronidazol

Só atua em anaeróbios, infecções graves, inibe o metabolismo da Warfarina, 250 ou 400mg 8/8h Flagyl.

Aminoglicosídeos

Infecção hospitalar severa, bactericida. Estreptomicina, Gentamicina (3 a 5mg 8/8h ou 12/12h), Neomicina, Amicacina.

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