Fatores Determinantes da Função de Condutância e Processos Fisiológicos
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Fatores Determinantes da Condutância
Explique e justifique os fatores determinantes da função de condutância. Dê exemplo fisiológico.
Seguindo a Lei de Poiseuille, a condutância depende diretamente do raio elevado à quarta potência, então qualquer modificação do raio altera muito a condutância. É inversamente proporcional ao comprimento (se aumenta o comprimento, a condutância diminui) e à viscosidade (se aumentar a viscosidade, a condutância diminui). Exemplo fisiológico: a saída do sangue do coração para a artéria.
Sistema de Regulação por Feed Back
Explique e exemplifique o sistema de regulação por feed back positivo e dê um exemplo desse sistema.
O feed back positivo age com o mesmo sinal que está agindo. Se a função está aumentando, o feed back positivo aumenta mais ainda; se a função está diminuindo, o feed back positivo diminui mais ainda. Isto é, afasta a função da norma, foge da normalidade. Um sistema de regulação por feed back positivo é quando o indivíduo está com febre e o mecanismo de feed back positivo aumenta essa febre.
Volemia em Altitudes Elevadas
Explique como está a volemia de um indivíduo que está em alta altitude. Justifique a resposta.
A volemia está em normovolemia policitêmica, porque há um equilíbrio entre a produção e a eliminação de sangue. Não há alteração da volemia, mas é policitêmica porque em altitudes elevadas há uma diminuição da pressão de oxigênio. Se a pressão de oxigênio diminui, chega menos oxigênio aos tecidos (hipóxia). Se ocorre hipóxia renal, o rim aumenta a produção de eritropoietina, hormônio que age na medula óssea, aumentando o número de hemácias e, por consequência, provocando policitemia.
Importância do Ferro nas Hemácias
Explique a importância do ferro nas hemácias.
É o ferro ligado à hemoglobina da hemácia que permite a ligação com o oxigênio. É importante, pois através dele (que possui carga 2+), o oxigênio (carga 2-) se liga, possibilitando o transporte de quatro moléculas de oxigênio na hemoglobina no processo da respiração.
Passagem dos Leucócitos da Medula Óssea para o Sangue
Como ocorre a passagem dos leucócitos da medula óssea para o sangue?
Os leucócitos passam da medula óssea para o sangue através dos canais de expulsão, controlados por substâncias químicas:
- LPF (Fator Promotor de Leucocitose): produzido no foco inflamatório, chega à medula e abre os canais para a maior saída de leucócitos.
- LIF (Fator Indutor de Leucocitose): produzido pela medula óssea quando há leucopenia, aumenta a produção de leucócitos e abre os canais para aumentar sua presença no sangue.
- LEM (Mediador Endógeno de Leucocitose): produzido pelo próprio macrófago, quando este realiza fagocitose, vai à medula óssea, estimula a produção de leucócitos e abre os canais para a maior saída desses leucócitos.
Papel dos Leucócitos na Inflamação
Qual o papel dos leucócitos na inflamação?
O leucócito realiza o processo de migração, deslocando-se até a bactéria por quimiotaxismo positivo, por movimentos ameboides. Ao chegar onde a bactéria está, ele precisa fazer o reconhecimento. Se a partícula tem características específicas, o leucócito entra em contato. Para entrar em contato, é necessária a opsonização. O leucócito emite pseudópodes e engloba a partícula totalmente. Quando a partícula está englobada, as enzimas lisossomais dentro do leucócito agem e provocam sua destruição, aumentando o metabolismo do leucócito. CO2 é produzido em grande quantidade e, em contato com a água dentro do leucócito, se transforma em ácido carbônico. Assim, o pH do leucócito diminui durante a fagocitose, e as enzimas lisossomais degradam o próprio leucócito, pois a alteração do pH as faz identificar o leucócito como partícula estranha. O leucócito degradado/morto vira um piócito, e um conjunto de piócitos forma o pus, que é branco por conter células mortas.
Coagulação Após Cirurgia
Explique como ocorre a coagulação após cirurgia.
A coagulação após cirurgia ocorre através da cascata de coagulação. O sangue entra em contato com substâncias umectantes, ativando o fator XII. O fator XII, junto com a calicreína, ativa o fator XI. O fator XI, junto com o cálcio, ativa o fator IX. O fator IX + fator VIII + cálcio + PF3 formam o complexo da tenase, que age no fator X. O fator X + fator V + fator III + cálcio formam o complexo da protrombinase, que age no fator II (protrombina), transformando-o em fator IIa (trombina). A trombina age no fator I (fibrinogênio), transformando-o em fibrina (fatores Ia, Ib, Ic), e o fator XIII é ativado, estabilizando o coágulo.
Mediadores Primários e Secundários
Quais são e como são produzidos os mediadores primários e secundários?
Os mediadores primários e secundários são as prostaglandinas PGI2, PGE2, PGF2α e tromboxano A2. São produzidos a partir do ácido araquidônico que, ao ser estimulado (por exemplo, por lesão) e com a ajuda de enzimas, é transformado em prostaglandinas. A diferença é que os mediadores primários já estão prontos (por exemplo, a histamina dentro do grânulo no macrófago), enquanto os secundários precisam ser produzidos a partir do ácido araquidônico quando há estímulo.