Ferdinand de Saussure: Langue, Parole e a Linguística

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Apesar da idade, altura e sexo, que diferem de pessoa para pessoa, todas as pessoas têm uma capacidade cerebral enorme que nos difere dos outros seres vivos. É esta capacidade que leva ao aparecimento da linguagem verbal. É através de Ferdinand de Saussure que surge a Linguística como ciência autônoma, com a publicação de uma obra compilada pelos seus alunos a partir de apontamentos, logo após a sua morte.

Um dos pontos fundamentais para Saussure foi o estudo da langue, que é um sistema constituído por signos de natureza linguística, organizados em diferentes planos. Por isso, fala-se da estrutura da língua, e ele é visto como um estruturalista. Os signos, ao serem articulados entre si, permitem a comunicação, que é transmitida através da fala. A langue é também uma atividade mental e intelectual, que está depositada como um tesouro nos cérebros dos seres falantes.

Ao contrário da langue, a parole tem uma dimensão física e articulatória, e é através desta que é possível estudar a natureza da langue. A análise da estrutura da langue passa por quatro planos: o sintático, morfológico, lexical e fonético. Este estudo só é possível porque o ser humano, segundo Saussure, possui uma faculdade inata de exercer a língua em comunidade.

Por exemplo, a criança aprende a língua com o tempo que passa em comunidade e porque possui a faculdade inata da linguagem. Esta faculdade permite ao ser humano viver em comunidade, e existe porque dispomos de capacidades fisiológicas que, funcionando em conjunto, nos permitem produzir ou emitir sons. Portanto, a faculdade de linguagem é uma faculdade cerebral que o ser humano possui e que lhe permite conhecer línguas e manter esse conhecimento ativo.

Para o estudo da langue, é necessário conhecer a história interna e externa das línguas. A história interna corresponde ao modo como, ao longo do tempo, a língua foi se alterando e evoluindo; a história externa corresponde às influências e aos contactos com outras línguas. O estudo saussuriano também faz referência à diacronia e à sincronia. A diacronia consiste em selecionar uma língua e observar as mutações que ela sofreu ao longo do tempo. Na visão sincrônica, o estudo é feito em um determinado tempo, delimitado no eixo das sucessões.

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