Figuras Retóricas e Categorias Gramaticais

Classificado em Língua e literatura

Escrito em em português com um tamanho de 4,14 KB

Categorias Gramaticais

Uma categoria gramatical (também conhecida como parte do discurso) é uma antiga classificação de palavras de acordo com sua natureza. Na gramática espanhola, o termo foi introduzido por Nebrija. Atualmente, o termo categoria gramatical refere-se a uma variável linguística que pode assumir diferentes valores, determinando a forma morfológica específica de uma palavra de maneira muito mais ampla do que o uso tradicional do termo.

A gramática tradicional lista nove partes do discurso (oito em Nebrija, mais os determinantes):

  • Determinante
  • Substantivo
  • Pronome
  • Verbo
  • Adjetivo
  • Advérbio
  • Preposição
  • Conjunção
  • Interjeição

Figuras Literárias

  • Aliteração: é a repetição da consoante inicial de duas ou mais palavras consecutivas, ou levemente separadas.
  • Anadiplose: é a repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no final de um verso e no início do próximo.
  • Anáfora: é um tipo especial de aliteração, onde as palavras repetidas são as primeiras de um verso.
  • Concatenação: é o uso continuado da anadiplose.
  • Epanadiplose: é a repetição, no início e no final de uma oração (uma ou várias frases), das mesmas palavras, sejam uma ou mais.
  • Epífora: também conhecida como epístrofe ou conversão, é uma das figuras de repetição. Consiste na repetição de uma ou mais palavras no final de orações consecutivas (versos, frases, etc.).
  • Paralelismo: é, dentro dos recursos estilísticos, uma das figuras de repetição. Refere-se à semelhança entre a estrutura formal em diferentes sequências de texto.
  • Paronomásia: é um recurso fônico que consiste na utilização de palavras homófonas (palavras com sons semelhantes, mas significados diferentes). Foi amplamente utilizada pelos conceptistas em suas zombarias ou sátiras.
  • Tautologia: é uma expressão em que um ou mais termos parecem redundantes.
  • Polissíndeto: é uma figura retórica que consiste no uso de mais conjunções do que o necessário no uso normal da linguagem, associando palavras, sintagmas ou orações. Sua função é dar um efeito de calma, lentidão e reflexão.
  • Assíndeto: é um recurso literário que consiste em omitir as conjunções. Implica a eliminação das marcas de coordenação e, portanto, uma união entre os termos que normalmente as utilizariam. É comumente usado para dar fluidez ao texto.
  • Reticências: é uma figura retórica que consiste na remoção de qualquer termo da frase, que, embora necessário para a correção gramatical, é compreendido pelo contexto.
  • Alegoria: é um tema literário ou artístico que pretende representar uma ideia valendo-se de formas humanas, animais ou objetos do cotidiano.
  • Antítese: geralmente descreve uma contraproposta (negação) a uma proposição (tese).
  • Apóstrofe: é uma figura de diálogo que consiste em falar, em um discurso ou narração, com veemência na segunda pessoa, dirigindo-se a um grupo ou pessoas presentes, mortas ou ausentes, a abstrações ou objetos inanimados, ou a si mesmo.
  • Hipérbole: é uma figura de linguagem que consiste em um exagero deliberado, com o objetivo de capturar a atenção para uma ideia ou uma imagem difícil de esquecer. Os grandes mestres da história literária frequentemente fizeram uso dessa figura literária.
  • Metáfora: é o uso de uma expressão com um significado diferente, ou em um contexto diferente do habitual.
  • Metonímia: é um fenômeno de mudança semântica, pelo qual se designa uma coisa ou ideia com o nome de outra, valendo-se de uma relação semântica existente entre ambas.

Entradas relacionadas: