Filosofia Helenística, Cristã e Medieval: Correntes e Pensadores

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Período Helenístico: Contexto e Foco Filosófico

O Período Helenístico é um momento da história em que os gregos foram dominados pelo Império Macedônico, de Alexandre, o Grande, encerrando a atividade política da democracia ateniense. Com o fim da prática da democracia em Atenas, o pensamento filosófico helenístico volta-se para preocupações da vida privada.

  • Política: vida pública
  • Felicidade: vida privada

Correntes do Pensamento Helenístico

Epicurismo

Epicuro, o fundador dessa corrente, acreditava que a vida pública trazia o conflito, a indisposição com o Império Macedônico e até mesmo o perigo da morte. Assim, o sujeito feliz deve voltar suas atenções para a busca por prazeres, o "culto". Para Epicuro, há dois tipos de prazeres:

  • O momentâneo
  • O duradouro

Estoicismo

Essa corrente defende a vida racional, sempre com os pensamentos sendo mais importantes que os sentimentos. Para eles, Deus foi quem deu origem aos valores que a sociedade julga como certo ou errado no dia a dia; e a morte é o fim de tudo. Portanto, a felicidade deve ser buscada agora, com a ajuda do racionalismo. Pensar, para eles, é ser livre.

Cinismo

Fundado por Diógenes, um tipo de mendigo, essa corrente pregava a falta de importância dada aos bens materiais. Para ele, ser feliz era viver independentemente de ser rico. Assim como Sócrates, Diógenes odiava os sofistas, mas brigava com eles e então foi chamado de "Sócrates demente".

Ceticismo

Essa corrente dizia que não existe verdade absoluta, nenhuma certeza, pois do mesmo jeito que você pode provar que uma coisa é verdadeira, você vai sempre conseguir provar que ela também é falsa. Assim, os filósofos não deveriam assumir uma posição a favor ou contra nada, e continuar sempre a se questionar.

Filosofia Cristã Primitiva

No começo, a filosofia cristã era bem simples: a fé justificava tudo. O cristianismo foi muito perseguido pelos romanos, e existiam muitos padres que procuravam fazer com que ele fosse reconhecido como religião, que morreram nas mãos dos opressores. Criou-se então uma instituição responsável pelo cristianismo: a Igreja (Ekklesia). O cristianismo foi oficializado como a religião de Roma.

Concílio de Niceia e a Patrística

O Concílio de Niceia foi uma reunião que colocou fim nas confusões internas do cristianismo, criando a ortodoxia (opinião certa) que caracterizou a fundação da Igreja Católica Apostólica Romana. Assim, surge a filosofia patrística, que dominou a primeira metade da filosofia medieval.

Filosofia Patrística: Santo Agostinho

Resgatando algumas ideias de Platão, Santo Agostinho diz que o Pai Eterno (que pode ser considerado Deus) criou todas as coisas, incluindo o tempo, então é eterno. Ele deu às pessoas o livre-arbítrio, um dom que possibilita as pessoas a se afastar do que é considerado o ideal (que seriam as ideias trazidas por Deus), indo assim para o mal (que seriam as ideias longe do que Deus dizia).

Filosofia Medieval: Teocentrismo e Controle

Quando os cristãos tomaram o poder, eles queriam ter certeza de que nenhuma outra filosofia atrapalharia os objetivos deles, fazendo com que as pessoas pensassem diferente do que eles achavam o certo. Então, eles tomaram total controle do conhecimento filosófico (queimaram livros, perseguiram os intelectuais). Assim, deram origem a uma filosofia teocentrista (em que Deus era a explicação para todas as perguntas), e os livros e os pensamentos passaram a ser produzidos pelos Santos Padres (padres famosos), criando assim o ensino religioso.

Corrente Escolástica: São Tomás de Aquino

São Tomás de Aquino dizia que não deveria acontecer a briga entre a razão e a fé (sendo que a fé é mais importante, mas o conhecimento também é fruto de Deus). Ele dizia que era possível provar a existência de Deus por cinco conceitos diferentes, encontrados na realidade, sendo eles:

  1. Movimento: Deus é o motor principal, aquele que move todos, mas não precisa ser movido por ninguém.
  2. Causa: Não tem nada que deu origem a Deus, mas ele é a origem de todas as outras coisas.
  3. Contingência: Deus precisa existir.
  4. Diversos Graus de Perfeição: Deus é perfeito de toda e qualquer maneira.
  5. Finalismo: Tudo que é criado tem um objetivo final, menos Deus.

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