Filosofia, História e Psiquiatria: A Mente e a Loucura

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Contexto Filosófico e Científico

Empirismo e Racionalismo

  • Locke: Empirista, favorece as ideias sobre as coisas. Diz que a mente é uma tela em branco, e que ao ver a sua raiva, o que aceitar e o que não.
  • Kant: Crítico racionalista da Razão Pura. Argumenta que, para uma mente passiva, deve haver conceitos a priori (ou seja, existem características diferentes que permeiam antes de procurar e encontrar), e em seguida vem o conhecimento a posteriori (após a aquisição do conhecimento).
  • Hume: Empirista e cético. Tudo o que a mente possui são percepções. Associa a realidade através de seus elementos concretos.

Positivismo e Evolucionismo

  • Século XIX - Comte: Defensor do monismo metodológico, uma forma de abordagem que usa a indução, sendo empírica e partindo do particular para o geral.
  • Darwin: Teoria da Seleção Natural, onde os mais fortes sobrevivem (herança, genética, DNA).
  • Galton: Eugenia, focada na melhoria das “raças”.

Ascensão da Psiquiatria e Transformações Sociais

Século XX: Novas Perspectivas

A Idade Moderna e o Século XX trouxeram várias posições na psicologia e psiquiatria, como a Gestalt, o Behaviorismo e o Humanismo. O boom da farmacologia incorporou grande parte da lógica social.

Este período foi marcado por influências e transformações socioculturais significativas, incluindo:

  • Globalização
  • Novas formas de economia
  • Feminismo
  • Desenvolvimento tecnológico
  • Mudanças nas famílias
  • Identidade cultural
  • Participação cívica
  • Mudança nos padrões de consumo

História da Loucura: Uma Perspectiva Evolutiva

Antiguidade e Idade Média

  • Antiga Grécia (Idade Arcaica): A loucura era atribuída ao trabalho dos deuses.
  • Grécia Clássica: Início da racionalização sobre a loucura.
  • Idade Média: A loucura era vista sob a ótica da teologia cristã, como posse de almas por espíritos demoníacos. Também existia a “loucura boa” ou “loucura da cruz”, com diferentes métodos para que ela acontecesse ou como um toque divino. Surgem os hospícios para purificação dos “loucos” pela caridade cristã.

Idade Moderna e o Século XIX

  • Época Clássica (Séculos XVII-XVIII): A loucura era considerada irracional e passou de uma responsabilidade doméstica para uma pública, onde entravam libertinos, prostitutas e mendigos, em contraste com a evolução da racionalidade. O “louco” era contido e tratado.
  • A Loucura como Doença Mental (Séculos XVIII-XIX): Vista como uma experiência natural, desprovida de sentimento. Com a crescente sofisticação de novos instrumentos, ilustra-se o otimismo: “asilos bem concebidos e geridos devolverão a sanidade à insanidade.”
  • Século XIX: Enorme crescimento dos hospitais psiquiátricos.
  • Pinel: Humanização do tratamento psiquiátrico e o desenvolvimento do tratamento moral da insanidade.

Perspectivas Contemporâneas na Psiquiatria

Pluralidade de Posições

A Idade Moderna e o período contemporâneo viram uma pluralidade de posições psiquiátricas, centradas na observação e no boom farmacológico.

O DSM-IV e o Diagnóstico Psiquiátrico

O DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) tornou-se o manual de diagnóstico oficial. Foi renomeado para esquizofrenia. O DSM-IV descreve os principais transtornos psiquiátricos, especificando:

  • A presença de transtornos de personalidade.
  • As condições médicas apresentadas pelo paciente.
  • As tensões da vida do paciente.
  • A avaliação do funcionamento global do paciente.

Crítica Social e Antipsiquiatria

A loucura também é usada como uma categoria para a crítica da sociedade. A etapa de observação para ouvir e o surgimento da Antipsiquiatria (anos 1960) trouxeram a oposição aos manicômios e, em 1995, a contraterapia.

Nessa perspectiva, a loucura passa a ter sua própria verdade e não deve ser reprimida farmacologicamente, buscando-se a tentativa de comunicação e compreensão.

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