Filosofia Medieval: Santo Agostinho e Tomás de Aquino

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Santo Agostinho

1.1. Contexto Histórico

Isto marca o declínio e a queda do Império Romano, dividido em Leste e Oeste. Os francos e os germanos invadiram a Gália, e ocorreram muitos ataques bárbaros. Houve uma crise econômica, e os visigodos saquearam Roma. O cristianismo foi declarado religião oficial e se espalhou rapidamente por todo o Império Romano, afetando principalmente os mais desfavorecidos.

1.2. Contexto Sociocultural

O Helenismo surge após a morte de Alexandre, o Grande, e a queda das Cidades-Estado (Polis). A sociedade torna-se cosmopolita. O homem busca segurança e felicidade, voltando-se para si mesmo. Como resultado, surgem as escolas moralistas: Estoicismo e Epicurismo, que emergem para responder ao sentido da vida. Poetas como Porfírio e Ausônio são notáveis. Entre os cristãos, destacam-se Agostinho, Ambrósio, Dâmaso e Anastácio. Os cristãos formaram a base da religião, estruturando a hierarquia de poder na qual a Igreja se sobrepôs ao Império. A Patrística floresceu. Houve muitas controvérsias sobre os dogmas cristãos e lutas contra as heresias. O império enfrentava uma crise política, espiritual e econômica.

1.3. Influências Filosóficas

As correntes e filósofos que mais o influenciaram foram:

  • Maniqueísmo: Doutrina segundo a qual duas divindades controlavam realidades opostas: o bem e o mal.
  • Neoplatonismo: Afirmava que a realidade provém de um princípio divino maior e único, do qual realidades inferiores e degradadas emanam. Assim, a realidade, mesmo que corrupta, possui uma origem divina.
  • Platão: Filósofo que introduziu o dualismo antropológico com o conceito negativo do corpo, as ideias platônicas, a reminiscência, a noção de que a alma é imortal e moral, e o intelectualismo platônico.

Tomás de Aquino

1.1. Contexto Histórico

O Império Romano tentou unir a Europa sob um poder político e a religião (cristianismo). Após a queda do Império Romano do Ocidente, a Europa foi fragmentada em vários reinos, marcando o início da Idade Média.

1.2. Contexto Sociocultural

A cultura helenística chegou ao fim. A Igreja passou a controlar a cultura e a economia. A perspectiva filosófica era dominada pela doutrina de Agostinho. Muitas universidades foram criadas como instituições pertencentes à Igreja, que possuíam sua própria legislação e frequentemente eram divididas em faculdades de Artes (técnica), Decretales (direito), Física (medicina) e Teologia (religião). A sociedade feudal era essencialmente rural, dividida em três estamentos.

1.3. Influências Filosóficas

Foi influenciado por muitos filósofos contemporâneos e do passado:

  • Platão: Desenvolveu sua teoria das Ideias.
  • Aristóteles: Apresentou sua teoria da realidade, do conhecimento, da política e da ética. Negou a dualidade antropológica e acreditava que Deus é a Causa Primeira, eficiente, final e o Motor Imóvel. Sua filosofia foi cristianizada e amplamente utilizada por filósofos e cristãos medievais.
  • Avicena: Argumentou que o mundo surge por emanação e que Deus é a Causa Necessária dos seres possíveis.
  • Anselmo de Cantuária: Concluiu que um ser superior deve incluir a existência (Deus). Sem recorrer à fé, revolucionou a sociedade ao demonstrar que, se os ateus acreditam na existência do conceito de Deus, então Deus deve existir.

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