Filosofia Moderna: Racionalismo, Empirismo e Criticismo

Enviado por Anônimo e classificado em Filosofia e Ética

Escrito em em português com um tamanho de 3,26 KB

A afirmação “Eu penso, logo existo” era tão sólida e tão correta que as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de lhe causar abalo. Julgou-se que podia considerá-la, sem escrúpulo algum, o primeiro princípio da filosofia que se procurava.

O Método Cartesiano e a Dúvida Hiperbólica

Os métodos de raciocínio propostos por Descartes compõem-se de quatro partes distintas:

Os Quatro Preceitos do Raciocínio de Descartes

  • 1. Receber escrupulosamente as informações: Examinar sua racionalidade e sua justificação.
  • 2. Análise ou divisão do assunto: Dividir em tantas partes quanto possível e necessário.
  • 3. Síntese ou elaboração progressiva: Partir de objetos mais simples e fáceis até os mais complexos e difíceis para conclusões abrangentes e ordenadas.
  • 4. Enumerar e revisar minuciosamente: Garantir que nada seja omitido e que a coerência geral exista.

Conceitos Relacionados ao Método

  • Indução: Consiste em captar realidades mínimas.
  • Dedução: Agrupar observações e inferir resultados.
  • Enumeração: Acompanhada da revisão e reelaboração de conceitos.

Estes preceitos são colocados em alegoria com a demolição de uma casa e a construção de um edifício seguro. A metáfora da construção pode ser encontrada na afirmação acerca da utilidade da dúvida hiperbólica (que não seria simplesmente o duvidar por duvidar).

O Empirismo e seus Representantes

O Empirismo opôs-se em muitos aspectos ao Racionalismo. Seus maiores representantes foram Thomas Hobbes, John Locke e David Hume. Esses filósofos questionaram a teoria das ideias inatas, defendendo a tese de que nossas ideias se formam com base na experiência.

David Hume e o Ceticismo

Hume foi considerado um filósofo cético, afirmando que o “eu” – consciência ou sujeito cognoscente – do Racionalismo não passava de um “feixe de percepções” associadas umas às outras. Segundo ele, o que havia era simplesmente um fluxo mental de percepções distintas. A mente seria como um teatro em que elas aparecem, misturam-se e esvaem-se a todo o momento.

Pontos em Comum entre Racionalistas e Empiristas

Racionalistas e empiristas possuíam pelo menos dois aspectos em comum:

  1. Acreditavam na possibilidade de se conhecer a realidade tal como ela era.
  2. Colocavam a realidade no centro do processo do conhecimento, cabendo à razão e à experiência a tarefa de desvendá-la.

O Criticismo de Immanuel Kant e o Iluminismo

Com a chegada do Iluminismo e da Revolução Industrial, a capacidade racional humana julgava-se possível conhecer e controlar a realidade em todas as suas manifestações: natureza, paixões e relações sociais, etc. Os intelectuais desenvolveram novas teorias científicas, éticas e políticas, fundamentadas no pleno alcance da razão. Por meio da razão e da ciência, os iluministas buscavam a emancipação do homem, a conquista da liberdade e da felicidade sociopolítica.

Entradas relacionadas: