Filosofia Política Moderna: Maquiavel, Hobbes e Locke

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Maquiavel - Realismo Político

Fazer as coisas ruins de uma vez, bondade aos poucos. O príncipe tem que conquistar o poder e fazer de tudo para mantê-lo. Verdade Efetiva: Realidade como ela é, não como deveria ser. A política deveria ser de uma maneira, porém não é. Não existe ordem natural e eterna, contra a igreja (acredita que o rei é um enviado de Deus). Duas maneiras de ver Maquiavel: como um príncipe deve governar e a alertar a maneira que o príncipe governa. Ordem é para evitar a barbárie. Seres humanos são malvados, ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante o perigo, ávidos a lucro. A política serve para frear esses instintos, há traços da natureza imutáveis. Príncipe deve ter características animais, força do leão e esperteza da raposa. A história é cíclica, tudo se repete, não tem como domesticar o ser humano. O poder político nasce da malignidade do ser humano, caso o ser humano fosse bom, não teria política. Virtu e Fortuna: Fortuna, sorte para conseguir as coisas; Virtu, destreza, inteligência.

Hobbes - Contratualista

Ser humano faz um pacto para criar a sociedade. Estado de natureza --- contrato social --- sociedade estado. A origem do estado e/ou sociedade está em um contrato. Homem natural não é um selvagem, é o mesmo que vive em sociedade, a natureza do homem não muda. Homem estado de natureza: ninguém pode, a partir da força ou inteligência, dizer que algo é seu ou não, todos podem fazer o que quiser, o homem não é sociável por natureza. Direito da natureza: liberdade do homem de usar o seu próprio poder, fazer aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim. Estado de natureza: todos contra todos, o homem é o lobo do homem. O homem hobbesiano não almeja tanto os bens, mas sim a honra. O estado de natureza é uma condição de guerra, porque cada um se imagina (com razão ou sem) poderoso, perseguido, traído. Há necessidade de pacto para evitar essa guerra, pacto sem espada, não passa de palavras, tem que ter um poder suficientemente grande para nossa segurança, cada um confiará. Poder do estado tem que ser pleno e absoluto, apenas os súditos firmam contrato, o soberano não, ele não pode ser igual ao súdito, a igualdade é a fonte que leva à guerra de todos contra todos, tem que haver força para conter essa igualdade. Ao realizar o contrato social, o homem renuncia ao seu direito natural: deixa o direito de proteger a sua vida, quem protege é o soberano, caso o soberano falhe, o súdito não lhe deve mais nada, todas as terras e bens são controlados pelo soberano.

John Locke - Contratualista

Defensor da tolerância religiosa e da liberdade, pai do liberalismo. Poder-fonte-consentimento, vai consentir a existência de um governo que os governe. Mesmo que não seja um estado de guerra, há inconvenientes, por isso a necessidade de contrato, poder não é tradição nem força. Jusnaturalismo: mesmo que não tenha um estado de guerra, há inconveniências, por isso a necessidade de contrato. Estado de natureza: paz, mais perfeita igualdade e liberdade, homem - razão e propriedade. Contrato Social: pacto de consentimento, perde a liberdade natural (vida, bens e liberdade. Governo passa a cuidar). Governo perde a legitimidade se não proteger a propriedade. Governo: executivo (gestor, cuida do estado), legislativo (representa o povo, faz as leis, respeitar o princípio da maioria, não pode acabar com a minoria, pois uma hora a minoria pode se tornar a maioria), federativo (para não haver um maior que o outro). Tirania: poder para além das leis, do direito, povo - direito à resistência, rebelião.

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