A Filosofia de Rousseau: Do Estado de Natureza ao Contrato Social
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Resumo: A Transição Humana para o Contrato Social
O homem não pode permanecer em um estado onde existam obstáculos que ele, por si só, não pode ultrapassar. Por isso, ele precisa unir forças com os outros e chegar a um acordo sobre um contrato social para preservar sua liberdade e sua propriedade.
Análise da Filosofia de Jean-Jacques Rousseau
Neste texto, Rousseau aborda três estados fundamentais da existência humana:
O Estado de Natureza
O Estado de Civilização
O Estado do Contrato Social
O Estado de Natureza: Bondade e Inocência
No estado de natureza, o homem é bom, feliz e autêntico. É um estado no qual o homem não tem consciência do bem ou do mal. Contudo, como Rousseau aponta, neste estado, há obstáculos que o homem sozinho não pode vencer. Assim, ele precisa unir forças com os outros, o que o leva ao segundo estado.
O Estado de Civilização: Degeneração e Injustiça
O estado de civilização (ou união) é aquele em que o homem vive em uma sociedade "moderna". Idealmente, a relação entre o Estado e os cidadãos deveria ser harmoniosa e proveitosa para todos. No entanto, neste estado, prevalecem a injustiça, a opressão e a falta de liberdade. É um estado imoral no qual o homem se tornou mau, egoísta e ganancioso.
Rousseau argumenta que o mal não provém do homem em sua essência (o "bom selvagem"), e este estado tem uma solução.
O Contrato Social: A Busca por Liberdade e Justiça
A solução reside no pacto social, que culmina no terceiro estado: o estado do contrato social. Nesse estado, o homem cede parte de seus direitos individuais em troca de segurança e de uma liberdade civil.
Aqui, surge o "mito do homem novo", que busca uma liberdade civil e as características da convivência na sociedade. O homem renuncia a direitos individuais e ao estado de natureza.
Este pacto social consegue estabelecer:
- Um corpo moral coletivo
- Justiça social
- Liberdade civil
- A individualidade do cidadão
A Importância da Educação em Rousseau
Para Rousseau, o homem precisa de uma pedagogia teórica e prática para integrar-se a uma nova sociedade. Ele atribui grande importância à educação, que é necessária por duas razões:
- A razão, sem sentimentos ou paixões, é estéril e acadêmica.
- Os sentimentos e paixões, sem a razão, são uma desordem.
Religião e Tolerância: Duas Dimensões
No que diz respeito à religião, Rousseau respeita a forma individual de cada um seguir sua luz interior. Ele distingue duas dimensões:
A Dimensão Particular do Homem
Acredita em Deus e na imortalidade da alma.
A Dimensão Social do Cidadão
Baseia-se na sociabilidade e nas leis do contrato social, e deve tolerar as religiões que são tolerantes com as outras.