Filosofias Gregas: Pluralismo e Atomismo
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A Escola Pluralista
As especulações sobre o mundo físico, iniciadas pelos Jônios, foram continuadas no século V a.C. por Empédocles e Anaxágoras, que desenvolveram filosofias que substituíram a descrição Jônica de uma substância primária pela hipótese de uma pluralidade de substâncias. Empédocles afirmava que todas as coisas são compostas por quatro elementos irredutíveis: ar, água, terra e fogo, combinados ou separados por duas forças opostas, num processo de alternância: amor e ódio. Através deste processo, o mundo evolui do caos para a forma e de volta ao caos novamente, num ciclo repetido. Empédocles considerou o ciclo eterno como o verdadeiro objeto de culto religioso e criticou a crença popular em deuses pessoais, mas não conseguiu explicar como os objetos podem ser conhecidos pela experiência desenvolvida no isolamento de fatores que são completamente diferentes deles. Portanto, Anaxágoras sugeriu que todas as coisas são compostas de minúsculas partículas ou "sementes", que existem em infinita variedade. Para explicar como essas partículas se combinam para formar os objetos que constituem o mundo conhecido, Anaxágoras desenvolveu uma teoria da evolução cósmica. Ele afirmou que o ingrediente ativo neste processo evolutivo é uma mente universal que separa e combina as partículas, o nous. O conceito de partículas elementares levou ao desenvolvimento de uma teoria atômica da matéria.
A Escola Atomista
Foi um passo natural, que levou do pluralismo ao atomismo, a interpretação de que toda matéria é composta de minúsculas partículas indivisíveis que diferem apenas em simples propriedades físicas, como peso, tamanho e forma. Este passo foi dado no século IV a.C., por Leucipo e seu colaborador mais famoso, Demócrito de Abdera, que foi creditado com a primeira formulação sistemática de uma teoria atômica da matéria. Sua concepção da natureza era de um materialismo absoluto, explicando todos os fenômenos naturais em termos de número, forma e tamanho dos átomos. Reduziu qualidades sensoriais das coisas (como gosto de calor, frio e olfato) às diferenças quantitativas dos átomos. As formas superiores de existência, como a vida de plantas e animais e até seres humanos, foram explicadas por Demócrito em termos estritamente físicos. Ele aplicou sua teoria à fisiologia, psicologia, teoria do conhecimento (epistemologia), ética e política e, portanto, apresentou a primeira abordagem completa do materialismo determinista que afirma que todos os aspectos da existência são rigidamente determinados por lei física.