Filósofos e suas Éticas: Kant, Aristóteles, Sêneca e Agostinho
Classificado em Filosofia e Ética
Escrito em em português com um tamanho de 2,39 KB
Filósofos e suas Éticas
Immanuel Kant (1724 – 1804)
Período: Iluminismo. Conceito central: o homem pode ser autônomo, guiado pela razão, sem a necessidade de um rei.
Ética Kantiana:
- Subjetiva, mas determinada por um princípio racional universal, não por revelação divina.
- Ações: divididas entre a sensibilidade (sentidos, inclinações naturais) e a razão (apelos racionais).
- Boa Vontade: o bem supremo e condição para tudo o mais.
- Uma ação moral é praticada por dever (agir por dever é agir eticamente).
- Agir conforme o dever significa fazer o certo, mas por interesse próprio, não pela boa vontade.
- Uma ação moral é aquela que pode se tornar uma lei universal.
Aristóteles (384– 322 a.C)
A ética é um ramo da política, visando o bem-comum e o sumo bem.
Felicidade: o fim de todas as ações, derivada de ações virtuosas.
Ação Virtuosa: condicionada pela razão. A virtude é a atividade racional que encontra o meio-termo em todas as ações e sentimentos (ex: coragem entre covardia e temeridade).
Sêneca (4 a.C - 65 d.C)
Período: Helenístico, Império Romano. A ética se desvincula da política, voltando-se para o indivíduo.
Tipos de Prazeres: natural e necessário, natural e não necessário, não natural e não necessário.
Felicidade: alcançada pela tranquilidade da alma, através da avaliação racional do que é necessário, não pela satisfação de todos os desejos. A política não garante a felicidade.
É preciso aceitar o destino e contentar-se com o que a vida oferece, sem desejar o inatingível.
Santo Agostinho (354- 430 d.C)
Período: Cristianismo. A felicidade depende de Deus e só será plenamente atingida após a morte, mediante uma vida virtuosa e a evitação do mal.
Deus e o Mal: Deus não é autor do mal. O mal praticado origina-se da vontade humana; o mal recebido é punição divina.
Ação Moral: não motivada por paixões. Fundamentada na revelação divina, com a reflexão servindo aos dogmas cristãos.
O pecado advém da submissão aos desejos. A má ação é responsabilidade exclusiva do homem, dotado de livre-arbítrio.