Fisioterapia em Trauma de Tórax: Abordagem Completa
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Fisioterapia em Trauma de Tórax
Classificação:
- Traumas abertos (penetrantes)
- Traumas fechados (não penetrantes): 70% dos casos
O trauma de tórax é uma das principais causas de piora aguda e severa, dependendo do grau de acometimento da mecânica respiratória, podendo gerar desde graus leves de insuficiência respiratória até níveis de falência pulmonar suficientemente grandes para levar o paciente a ser submetido à intubação endotraqueal e ventilação mecânica.
Objetivo Geral da Fisioterapia:
A Fisioterapia para este tipo de paciente baseia-se principalmente na prevenção e na redução das complicações respiratórias, tentando manter o mais estável possível a função pulmonar do paciente.
Fraturas de Arcos Costais/Tórax Instável ou Flutuante:
Tipo mais comum de acometimento:
- As costelas são o primeiro ponto de colisão antes de afetar as estruturas internas do tórax
- Principais objetivos: alívio da dor, aumento da expansibilidade torácica.
Contraindicação:
Atenção: São contraindicadas manobras que provoquem compressão ou restrição manual do tórax, como compressão torácica, tapotagem, devido ao risco de aumento do processo doloroso e pela tendência de perfuração dos pulmões por espicula óssea que possa estar presente.
Fisioterapia: Fratura de Arcos Costais
Exercícios de expansão pulmonar: Inspirações em tempos, Expiração abreviada, Frenolabial, Exercício diafragmático, Soluços inspiratórios / SMI, Respiron.
Tosse com apoio do travesseiro no tórax
Ventilação mecânica no caso de instabilidade torácica.
Contusão Pulmonar:
Conceito: Dano pulmonar caracterizado por edema intersticial e hemorragia, podendo resultar em obliteração alveolar e gerar grandes áreas de consolidação, refletindo diretamente nas trocas gasosas.
Contraindicação:
Manobras compressivas e tapotagem.
Fisioterapia na Contusão Pulmonar:
O Fisioterapeuta deve estar atento para qualquer mudança no padrão respiratório, pois os pacientes tendem a apresentar sintomatologia tardia;
- Manobras de expansão pulmonar
- Manobras desobstrutivas
- Ventilação não-invasiva: insuficiência respiratória leve a moderada
- Ventilação invasiva: insuficiência respiratória grave
- PEEP: não utilizar valores altos, pois pode promover ruptura do tecido pulmonar
Pneumotórax:
Ocorre quando observamos ar na cavidade pleural.
- Pneumotórax que abranjam menos de 20% da área pulmonar, não há indicação de drenagem torácica.
- Pneumotórax com mais de 20% da área pulmonar total, indica-se drenagem torácica: ocasionando a diminuição da expansibilidade, hipoventilação, quadro de dor (devido ao dreno)
Fisioterapia no Pneumotórax
- Manobras de reexpansão pulmonar
- Pode ser realizado manobras de desobstrutivas, exceto em casos de fraturas de arcos costais. Se as fraturas são unilaterais, o outro lado pode ser explorado.
- Ventilação não-invasiva (é contraindicado em pneumotórax não drenado)
- Ventilação invasiva
Hemotórax
Presença de sangue na cavidade pleural
- Pode ser causado pela ruptura de grandes vasos dentro do tórax, ocasionando instabilidade hemodinâmica
- Pode levar a caso de atelectasias, podendo desenvolver insuficiência respiratória aguda, dependendo da intensidade e gravidade do hemotórax.
- Está indicado drenagem.
Fisioterapia no Hemotórax
- A fisioterapia se dá após a drenagem, que é emergencial.
- Devemos ter os cuidados citados anteriormente devido à presença de dreno
- Pode-se utilizar manobras reexpansivas
- Ventilação não-invasiva após drenagem
- Ventilação invasiva